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Samy Adghirni

Um brasileiro no Irã

Perfil Samy Adghirni correspondente em Teerã.

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Os melhores restaurantes de Teerã

Por Samy Adghirni
04/03/14 13:33

As atrações mais legais para turistas no Irã estão localizadas fora de Teerã. O diferencial de qualquer visita à república islâmica encontra-se em passeios na magnífica Isfahan, na curiosa Yazd ou na pacata Shiraz. Mas a capital é imbatível num quesito: comida.

Tarado por uma boa mesa que sou, faço questão de conduzir por um tour gastronômico amigos e parentes que passam por aqui. Modéstia às favas, montei ao longo destes quase dois anos e meio no Irã um roteiro para ninguém botar defeito. Podem perguntar aos meus sogros.

A primeira parada costuma ser o Gilaneh, no bairro onde moro. O lugar é especializado em comida do norte do Irã, incluindo peixes do mar Cáspio e iogurtes. Eu costumo pedir kebab (espeto) de carne ou frango marinado no molho de romã. O acompanhamento _básico e incontornável em qualquer restaurante iraniano_ é arroz. O do Gilaneh é branco e soltinho. Outra grande vantagem é o ambiente agradável, com mobília tradicional e sem música (piano ao vivo ou melodias lounge, tanto faz, enquanto como, detesto).

Ao lado do Gilaneh fica o Shandiz, opção incontornável para quem curte carne. O lugar, imenso salão amarelado sem janelas, incomoda de tão feio. Mas lá é servido o melhor mahichê (ovelha cozida no osso durante horas) de Teerã. Acompanha baghalí polô, arroz com favas e ervas verdes.

Ainda no quesito carne, já levei visitantes ao SPU, onde se come dentro de cabines de vidro de tamanhos variáveis (pequenas para casais, maiores para grupos de até oito) que ficam cravadas nas primeiras alturas das montanhas Alborz, ao norte de Teerã. O forte é a costela de carneiro, chamada de shish lik.

O recordista em opções é o Hani, perto do centro. Trata-se de um enorme self-service num abafado subsolo que fervilha de gente. Limpíssimo, mas desagradável. O bandejão tem todo tipo de comida persa – arroz de açafrão com frango, saladas, iogurtes, kebabs, cogumelos etc. Eu sempre vou na língua de boi, apesar da previsível cara de nojo dos meus acompanhantes. Tudo é fresquinho e feito na hora. Qualidade irretocável, com exceção das sobremesas, uma fartura de gelatinas fluorescentes e pudins com gosto de gesso. Aliás, no quesito doces os iranianos decepcionam. Esta é uma arte em que turcos, sírios e libaneses detêm a máxima maestria na região.

No centrão de Teerã encontra-se o Dizí Sara, onde a especialidade é um prato que se saboreia em duas etapas: uma sopa vermelha chamada áb-gusht (literalmente, água de carne) na qual se molham pedaços de pão; e uma maçaroca feita a partir de gordura de carneiro, feijão e tomate, entre outros ingredientes naturais. É uma das poucas comidas iranianas mais pesadas. Meu prato predileto em terras persas.

Meus visitantes sem frescura têm o privilégio de ser levados a um lugar especial, dica de um amigo local, cantinho que a maioria dos moradores de Teerã desconhece. No coração do velho bazar de Tajrish fica um pé sujo apertado e com aparência repulsiva, no qual você divide as parcas mesas com desconhecidos – geralmente pessoas que trabalham nas redondezas. A comida é espetacular, principalmente o kebab e os ensopados (de ervas verdes e de berinjela com lentilha). Apesar da higiene duvidosa, não conheço ninguém que tenha adoecido.

Teerã tem várias outras opções, inclusive restaurantes com cardápio internacional, mas aí já não é tão interessante para quem está só de passagem. Além disso, costumam ser pretensiosos e ruins, com honrosas exceções, como o Fellini (italiano) e o Monsoon (asiático fusion).

Preços dos restaurantes aqui listados vão de US$ 5 (pé sujo cujo nome admito não saber) até US$ 24 (super bandejão Hani) por pessoa.

Comer fora no Irã tem algumas chatices. Primeiro, o serviço não é lá essas coisas. Está certo que a gentileza às vezes compensa trapalhadas. Mas é imperdoável a constante pressão dos garçons para que se termine rápido para ceder lugar aos próximos clientes. Iranianos comem à velocidade da luz e não se incomodam. Eu, sim.

Outro problema para muitos ocidentais é a proibição de bebidas alcóolicas. “Que comida maravilhosa, pena que não se possa tomar um bom vinho para acompanhar”, costumam lamentar os visitantes.

About Samy Adghirni

Samy Adghirni, 34, é correspondente da Folha no Irã. Está no jornal desde o fim de 2007. Cobriu as revoltas árabes no Egito, na Tunísia, na Líbia e na Síria e fez reportagens no Iraque, Iêmen, Síria, Cisjordânia, faixa de Gaza, Turquia, Marrocos, República Dominicana, Equador, Argentina, EUA, Suécia, Bélgica e Finlândia, entre outros países. Formou-se em Jornalismo pela Universidade Stendhal de Grenoble (França) em 2001 e trabalhou em Paris para as rádios BFM e Radio France Internationale. Em Brasília, foi setorista de Itamaraty e colunista musical pelo "Correio Braziliense" e colaborador da agência France Presse.
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Comentários

  1. Pablo comentou em 12/03/14 at 18:45

    Sami, já pensou em escrever um livro para a série “Folha explica” chamado irã? Acho que tem tudo para ser muito interessante e ir além do breve espaço de um post. Abs

  2. Junior comentou em 11/03/14 at 10:35

    Cinema.
    O cinema é permitido no Irã?
    Vi notícia de Festival de Cinema em Teerã.
    As imagens mostram mulheres sem o véu, ou não são destes festival?

    • Samy Adghirni comentou em 11/03/14 at 11:24

      Junior, o cinema é permitido no Irã – se fosse diferente, como você acha que o Irã teria uma indústria cinematográfica tão respeitada? Mulheres sem véu são vetadas em locais públicos, mas em filmes estrangeiros (na TV estatal ou em salas de cinema), nenhuma objeção.

      • Junior comentou em 11/03/14 at 12:00

        Realmente eu conheço filmes do Irã. Por isto a pergunta.
        Cite alguns filmes e seriados conhecidos no Brasil, que passam por aí, dublados na língua local (farsi?).
        Crepúsculo? Simpsons? Tropa de Elite? Harry Potter?
        Homem de Ferro 3? Doze anos de Escravidão? Etc.
        Dentre muitos outros.
        Será muito interessante para sentirmos como é a vida no Irã.

  3. Marcelo comentou em 10/03/14 at 10:40

    Bom dia, vi na internet esta postagem. Um texto sobre a mudança de vida para as mulheres do Irã após a Revolução de 1979.
    Um texto parece que de Portugal.
    Fiquei chocado, foi assim mesmo?

    http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0CCgQFjAA&url=http%3A%2F%2Fpassapalavra.info%2F2010%2F09%2F29030&ei=Lg0dU6GqB6Wc2AXThIGoAQ&usg=AFQjCNE7qBMnvLOlDlPsXsbZIpdQtRGc7A&bvm=bv.62578216%2Cd.b2I

    • Samy Adghirni comentou em 10/03/14 at 13:47

      Marcelo, a situação é cheia de nuances, houve grandes retrocessos, mas também avanços inegáveis em termos de acesso a educação, condições básicas de saúde e protagonismo feminino em alguns setores. O tema será tratado em detalhe nos próximos dias ou semanas na versão impressa da Folha.

      • Celso Andreti Farias comentou em 10/03/14 at 23:47

        Fica uma dúvida, que não teremos resposta.
        A revolução islâmica completou 35 anos.
        Se não tivesse ocorrido, e o país seguisse nos mesmos trilhos, será que não haveria o mesmo estado social que hoje?
        Ou até melhor, já que não teria a ruptura e o isolamento?
        Parece até que a Revolução surgiu para disciplinar a mulher iraniana…
        De que adianta ter estudo, se não é possível usar a roupa que deseja, não pode conversar com um homem na rua, não pode ir a praia, nem praticar esportes.
        É como prender alguém, dar boa comida a ele, e depois falar que o ajudou…

  4. Mormai comentou em 08/03/14 at 16:14

    Algo mais: muito iranianos saíram do país ‘fugidos’ da Revolução Islâmica.
    Desde o início até o momento.
    O regime perdoa, ou quem saiu não volta mais?

    • Samy Adghirni comentou em 09/03/14 at 13:54

      Há milhões de iranianos vivendo no exterior e a grande maioria vai e volta livremente. Só estão sujeitos a retaliação pessoas ou organizações envolvidas com dissidência clandestina, como militantes monarquistas e simpatizantes do MKO, um grupo responsável por vários ataques terroristas.

  5. Mormai comentou em 08/03/14 at 16:13

    Samy, boa tarde!
    Aqui no Brasil, 15 horas. E aí?
    Neste dia da mulher, um nome muito conhecido feminino no Irã é a da ex imperatriz Farah Diba.
    Ela ainda tem boa imagem no país?
    Poderiam falar bem dela impunemente no Irã?
    Uma entrevista dela seria divulgada integralmente no Irã?
    Caso ela, em idade avançada, quisesse passar o final da vida na terra natal, os que se dizem religiosos no poder no Irã fariam esta caridade?

    • Samy Adghirni comentou em 09/03/14 at 13:44

      Mormai, Farah Diba é vista como inimiga mortal pelo regime devido ao seu modo de vida de luxo e ostentação e aversão à tradição religiosa. Ela não tem voz no país, e ninguém se atreveria a publicar entrevista com ela nem ela, me parece, tem interesse em voltar ao Irã. O fuso horário nesta época do ano é de + 6h30 em relação ao Brasil.

      • Mormai comentou em 09/03/14 at 21:10

        Mas, amada ou odiada, a ex-imperatriz não é uma fonte de história viva? Não teria algo a dizer de útil ao debate? Que mal teria uma entrevista dela publicada na íntegra no Irã. Está longe uma época em que entrevistas dela, e de outros dissidentes serão publicadas normalmente no Irã?

  6. Ricardo comentou em 08/03/14 at 12:18

    Samy, hoje há comemoração sobre o Dia Internacional da Mulher no Irã?
    Elas têm o que comemorar aí, quero dizer, houve alguma conquista no último ano que mereça comemoração?

    • Samy Adghirni comentou em 08/03/14 at 14:43

      Ricardo, já escrevi a respeito nesta mesma coluna, em 2012.
      http://samyadghirni.blogfolha.uol.com.br/2012/03/08/o-dia-da-mulher-no-ira/
      Para um relato mais completo e atualizado, fique atento à edição impressa da Folha nos próximos dias ou semanas.

  7. Salomão comentou em 07/03/14 at 18:59

    Samy, vi esta notícia de que o governo do atual presidente do Irã quer facilitar o uso da internet.
    Não é novidade, e deve ser o desejo de todos, menos dos que mandam.
    Mas, nesta notícia consta uma crítica do ministro da cultura aos setores religiosos.
    Transcrevo dois trechos:

    (…) Para Janati, as atuais restrições a mídias são muito semelhantes às regras impostas ao país logo após a Revolução de 1979, quando foram proibidos aparelhos de fax e aparelhos de vídeo. “Se olharmos para trás, veremos que muitas das medidas que tomamos após a revolução eram ridículas.” (…)

    (…) “Os seis ministros que fazem parte do comitê de filtragem já afirmaram claramente que não podemos continuar nos isolando do mundo”, revelou Janati. “Contudo, esta é uma daquelas questões que levam tempo para ser solucionadas – mas ela será resolvida.” (…)

    Pergunto:

    1. Estas críticas são verdadeira, ou trata-se de um erro de tradução?
    2. Caso verídicas, são divulgadas no Irã?
    3. Estes debates estão sendo permitidos publicamente no Irã?

    http://www.dw.de/ir%C3%A3-pretende-derrubar-restri%C3%A7%C3%B5es-de-acesso-%C3%A0-internet-diz-ministro/a-17468482

    • Samy Adghirni comentou em 08/03/14 at 5:34

      Salomão, as críticas são verdadeiras e repercutiram dentro do Irã, claro. A imprensa tem restrições, mas ela reflete a diversidade e as profundas divergências ideológicas entre correntes rivais no país. A mídia é palco de constante e intenso debate, inclusive sobre internet. Não tenho dúvidas de que Rowhani e seus ministros, como Jannati, são sinceros na vontade de abertura interna, mas eles esbarram na resistência dos ultraconservadores -não eleitos- que detêm as chaves do Judiciário (leia-se censura) e do aparato de segurança. O sistema de governo iraniano é muito mais complexo e fragmento do que se imagina no Ocidente. De todo modo, o alívio do cerco à internet é uma questão importante e uma promessa de campanha. Mas a prioridade da população continua sendo reverter a deterioração abrupta da economia nos últimos anos. Ao contrário da Índia ou do Egito, onde há miséria em larga escala, o Irã é um país de classe média, no qual a maior parte da população acostumou-se a viver em condições relativamente dignas até que a situação ficou muito mais difícil por causa das sanções e do amadorismo do governo Ahmadinejad.

      • Salomão comentou em 08/03/14 at 12:21

        Fui dar uma olhada em um trabalho seu, sobre a Síria. Você esteve lá, indicou aqui em um comentário.
        Pelo que li das suas palavras, então Assad, não é o ‘vilão’ da estória?
        Caso os insurgentes ganhem, ali será mais uma república islâmica?

        • Samy Adghirni comentou em 08/03/14 at 14:39

          Sim, estive na Síria cobrindo a guerra. Caro Salomão, eu nunca disse que Assad não é vilão, apenas ressaltei que se trata de uma guerra na qual ambos os lados cometem atrocidades sem fim. Em caso de improvável vitória militar dos insurgentes islamitas radicais, seu governo não terá nada de república, pois seu sonho é criar um emirado ultraconservador – república tem, por definição, instituições republicanas, como Parlamento, Judiciário, eleições, leis etc; enquanto um emirado é um projeto que vida reproduzir ao pé da letra a realidade dos tempos do Califado de Maomé.

          • Salomão comentou em 08/03/14 at 16:09

            Samy, eu não tenho a impressão que Assad seja vilão. Tenho contato com pessoas da Síria e todos falam bem dele.
            Para o ocidente, não é melhor com ele?
            Não compreendo esta rivalidade que surgiu contra ele na Turquia e Estados Unidos

          • Samy Adghirni comentou em 09/03/14 at 13:49

            É inegável que Bashar Al Assad tem apoio de amplos segmentos da população, e é provavelmente uma das razões pelas quais ele vem resistindo a tanta pressão contrária. Mas isso não o impede de ser um ditador disposto a cometer atrocidades, fartamente documentadas, para manter-se no poder. Eu estive na Síria pela primeira vez em 2007, muito antes da revolta, e eu havia ficado impressionado com o medo constante que as pessoas tinham do governo, muito maior do que em qualquer país que eu já tenha visitado – e olha que sou rodado. Além disso, boa parte de sua base de apoio vem das minorias (cristãos, drusos, alauítas, xiitas) que temem ser perseguidos em caso de vitória por parte de rebeldes predominantemente sunitas.

  8. mylton comentou em 07/03/14 at 15:57

    pParabéns pela matéria, realmente mostra o ritual gastronômico daí, aliás excelente, somente aviso aos turistas para estarem preparados para o café da manhã nos hotéis.
    Nas duas semanas que visitei o Irã, viajando de Shiras a Teerã, o café da manhã era, LITERALMENTE um festival de ABOBRINHAS, como aqui no ocidente o pão é o nosso prato principal de manhã, lá é a abobrinha, com tudo que você possa imaginar.
    Os hotéis são excelentes, atendimento cortês, nas cidades em que estive sempre aparecia alguém que apresentava fluência no inglês, inclusive nos paravam na rua para conversarem conosco com o objetivo de “praticarem” a língua.

  9. Luiz Alberto Vieira comentou em 07/03/14 at 10:21

    Bom dia!
    A língua farsi somente é escrita no alfabeto próprio, ou também no alfabeto ocidental? Porque, saber o nome dos pratos, mas se for escrito em outro alfabeto fica difícil.
    São vendidos guias turísticos no próprio Irã? Tem serviços turísticos? Em inglês também?

    • Samy Adghirni comentou em 07/03/14 at 11:37

      Luiz Alberto, o farsi é escrito no alfabeto árabe, mas não é difícil encontrar cardápios em inglês. Sim, guias turísticos são vendidos aqui, mas o ideal é comprar o Lonely Planet especial Irã, é fantástico. Agências de turismo especializadas em atender ocidentais existem às dezenas, centenas talvez. Há guias falando todo tipo de idioma. De maneira geral, as pessoas aqui no Irã falam mais inglês do que no Brasil.

      • Luiz Alberto Vieira comentou em 07/03/14 at 12:12

        Então quer dizer que há muita atividade turística por aí, como atividade econômica? Existe algo como Ministério do Turismo? Talvez eu irei para a Turquia e quem sabe dê um pulo a Teerã. O que seria a comida ‘arroz com feijão’, que é servida em todo local e logicamente estará sempre fresca?

        • Samy Adghirni comentou em 07/03/14 at 13:26

          Sim, claro, existe turismo no Irã. Também existe uma autoridade do governo responsável por essa atividade econômica. Fiz um caderno especial de turismo no Irã, eis o link para o texto principal com chamadas para outras matérias do caderno.
          http://www1.folha.uol.com.br/turismo/1094581-turismo-no-ira-encontra-fe-cultura-e-historia.shtml

          O prato típico do Irã é arroz branco com kebab (espeto de carne), sem temperos fortes, fácil de gostar.

    • fernando comentou em 07/03/14 at 12:39

      Ola Samy, se voce ja fui ao restorantes de Estrada(DJADEH ) Chalus,Muitos restaourantes de variedades de comida ficam nesta Estrada. comentam esta Estrada e um dos 5 estradas mais bonitas do mundo, (embora eu nao acho todo isso).tem bons restaurant perto do rio e com natureza linda de mountanhas de alborz.falando isso pode entrar em contato comigo pelo email sami?

  10. Houti comentou em 07/03/14 at 10:01

    Samy, sempre leio seu blog, muito legal saber de uma cultura tão diferente da nossa, mas queria saber se você fará um post para noticiar como a imprensa iraniana e o governo iraniano estão vendo a crise na Ucrânia e a guerra sem fim na Síria, que agora está no estágio de estagnação, caso você não faça um post, se possível, gostaria de saber como anda a visão iraniana destes conflitos, um abraço!

    • Samy Adghirni comentou em 07/03/14 at 13:28

      Bruno, já escrevi bastante a respeito da crise síria vista do Irã.

      http://samyadghirni.blogfolha.uol.com.br/2012/12/04/a-amizade-forcada-entre-ira-e-siria/

      http://samyadghirni.blogfolha.uol.com.br/2013/09/18/o-video-bomba-da-guarda-revolucionaria-na-siria/

  11. Júnior comentou em 06/03/14 at 11:57

    Pensando rápido, algumas diversões casuais dos brasileiros surgem em minha mente.
    Jogar basquete, volei, xadrez, pôquer e outros carteados, ir a cinema, teatro, shopping, caminhar, correr, ir a bosques e parques, cuidar de animais, ir a parques de diversões.
    Não temos neve, mas aí tem, então coloco esquiar.
    Ante eeste contexto, quais destas, ou outras, diversões que se pode desfrutar no Irã?
    Dançar e música não enumerei, pois sei que não pode.
    O que é proibido, mas amplamente feito na clandestinidade?
    E, na sua opinião, o que é proibido, e que tem muita demanda reprimida?

  12. Iara Viana comentou em 05/03/14 at 15:34

    OlÁ Samy! Estou com viagem marcada para o Irã em setembro e estou acompanhando o seu blog constantemente, tem sido de grande utilidade, obrigada. Mas neste seu post me acometeu uma dúvida, como identificar esses pratos no cardápio? Estou tentando aprender algumas palavras em farsi, mas acho que não serão mais sofisticadas do que “frango”, “cordeiro” ou “boi”, rs.

    • Samy Adghirni comentou em 05/03/14 at 15:39

      Iara, você há de reparar que o texto traz alguns nomes de pratos em farsi. Além disso, imagino que estará acompanhada de um guia anglófono capaz de ajudar. Por fim, não é raro encontrar algum garçom ou funcionário que fale algo de inglês.

      • Iara Viana comentou em 05/03/14 at 17:10

        Não teremos guia o tempo todo, mas ficarei atenta aos textos em farsi e torcendo por encontrar pessoas que falem um pouco de inglês. Adoro a cozinha persa, quero conseguir boas experiências culinárias. Obrigada pelas ótimas dicas, estão anotadíssimas!

        • José Henrique dos Santos comentou em 06/03/14 at 13:21

          Iara, foi a viagem mais fascinante que fiz na minha vida. As cervejas, mesmo sem álcool, eu achei deliciosas, com sabor sutil de frutas. Aproveite bastante. Com guias é melhor. Tente arranjar no hotel, pois a gente se sente analfabeto em farsi. Acho que você vai adorar. Estou pensando em ir de novo, para ver outras cidades, Tabriz, Busher, as capitais antigas, Hamadã e Susa, Maschad etc.

      • Heitor comentou em 08/03/14 at 13:34

        Samy pretendo viajar para o Irã, minha esposa é paki, aliás o Irã é 10x mais bonito e mais tranquilo, será que tem problema?

        Se virem ela falando Urdu ou o sotaque…

        • Samy Adghirni comentou em 08/03/14 at 14:41

          Nenhum problema, Heitor. Até porque ninguém saberia reconhecer o idioma Urdu. É uma realidade muito distante, o Irã tem poucos laços com o Paquistão. E mesmo que reconhecessem, não haveria problema nenhum. Quem está do lado de fora tem dificuldade de acreditar que o Irã é um dos países mais seguros e com pessoas mais acolhedoras que se possa imaginar.

  13. Júnior comentou em 05/03/14 at 10:29

    Conhecendo o Irã!
    Somente quem mora aí, e com um certo tempo, pode mostrar.
    Excelente opção da Folha de São Paulo este trabalho.
    Sair para almoçar ou jantar a noite em restaurantes, é uma opção de lazer regular para o iranianos?
    Digo isto, pela afirmação de que eles comem correndo, e os garçons fazem pressão para esvaziar logo a mesa.
    Há cursos e incentivos ao aprimoramento do profissional do turismo, como os cursos de SENAC e SEBRAE brasileiros?
    Há horários para encerrar o expediente a noite, ou os restaurante não têm hora para fechar?
    Deu fome de madrugada em Teerã! Existem locais como lojas de conveniência, que abrem 24 horas?

    • Samy Adghirni comentou em 05/03/14 at 13:02

      Junior, comer fora é uma das poucas opções de lazer em público no Irã, já que não há bares nem discotecas e estádios são vetados para mulher. Sim, existem cursos especializados. A maioria dos restaurantes fecham tarde, por volta de meia noite. Há muitas lojas de conveniência, algumas bem modernas, mas não conheço nenhuma que abra 24 horas por dia.

  14. teresa cristina machado comentou em 05/03/14 at 0:00

    Estes comentários de hoje vão botar Teerã no radar de muita gente. Tá ótima, Samy!

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