Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Samy Adghirni

Um brasileiro no Irã

Perfil Samy Adghirni correspondente em Teerã.

Perfil completo

Os persas e seus nomes poéticos

Por Samy Adghirni
01/03/12 12:24

Poesia é coisa séria no Irã. Quase todo mundo sabe de cor um monte de versos, rodas de amigos adoram debater autores e um dos principais ícones nacionais é o poeta Hafez (1310-1390), cujo túmulo em Shiraz atrai romaria do país inteiro. Hafez, aliás, era crente e capaz de recitar o Corão inteiro, mas celebrou em sua obra a embriaguez e o amor.

O gosto pela poesia parece ser um traço milenar da cultura persa, e até hoje pais dão aos filhos nomes, ou prenomes para ser mais exato, que são pura metáfora. Uns são bucólicos, outros românticos. Há também os metafísicos. É exemplo pra todo lado.

Tenho uma amiga que se chama Yeganeh (única no mundo). A irmã dela é Taraneh (canção). A chefe da agência Reuters no Irã leva o prenome de Parisa (aquela que é como uma fada). O da iraniana mais famosa do planeta, a ativista de direitos humanos e Nobel da Paz Shirin Ebadi, significa “doce”. Não confundir com “açúcar”, ou Paníz, em farsi, como é chamada minha assistente. Simin, personagem principal do badalado e premiado filme “A Separação”, quer dizer “aquela que brilha como prata”.

Homens também levam prenomes na mesma linha. Meu cabeleireiro é Behrooz (dia feliz), e o recepcionista do hotel onde fiquei ao chegar, Navid (boa notícia). Um tempo atrás entrevistei um cantor que se chama Omid (esperança). Conheço um sujeito que é Payam (mensageiro).

Ouvi vários outros nomes poéticos. Meus preferidos são Kohinoor (montanha de luz), Shahin (falcão peregrino) e Parastoo (andorinha).

Mas já repararam que os nomes dos governantes iranianos geralmente não seguem esse padrão? O presidente é Mahmoud [Ahmadinejad]. O líder supremo chama-se Ali [Khamenei], assim como o chanceler [Akbar Salehi] e o poderoso chefe do Parlamento [Larijani]. O Ministro da Defesa chama-se Ahmad [Vahidi] e o primeiro vice-presidente, Mohammad [Reza Rahimi].

Esses são nomes muçulmanos de origem árabe, comuns em famílias mais religiosas e, portanto, mais propensas a endossar o regime teocrático. Afinal, a influência árabe na Pérsia veio com a disseminação do islã, surgido onde é hoje a Arábia Saudita, lá pelos séculos 7, 8 e 9. Antes disso os persas eram essencialmente zoroastras, judeus e cristãos _hoje minorias.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Publicidade ou provocação?

Por Samy Adghirni
27/02/12 09:23

Um comercial israelense divulgado recentemente no Youtube (link abaixo) enfureceu o governo iraniano. O anúncio é da HOT, uma empresa de TV a cabo, mas quem quase pagou o pato foi a Samsung, que escapou por pouco de ser banida do Irã, um de seus principais mercados.

O vídeo narra em tom de paródia a seguinte historinha: quatro agentes do Mossad, o temido serviço secreto de Israel, recebem a ordem de ir a Isfahan, cidade iraniana que abriga uma importante central nuclear. Ao chegarem, disfarçados de mulher com véu, encontram o chefe espião, que se instalara no Irã com antecedência para preparar a missão. Após breves cumprimentos, o patrão conta que os espera em Isfahan há dois meses. “Um inferno de tédio”, queixa-se. Ele diz só ter conseguido matar o tempo graças ao tablet Samsung, equipado com aplicativo graças ao qual não perdeu nenhum capítulo de um famoso seriado israelense. O chefe enumera outros recursos do tablet para assistir aos programas da HOT quando um dos subordinados, impressionado, mexe na tela do objeto e, sem querer, detona uma enorme explosão na central nuclear. O agente trapalhão rebate o olhar de reprovação dos colegas dizendo: “mais uma explosão misteriosa no Irã” _referência explícita a atos inexplicados que nos últimos meses têm causado mortes e destruição em complexos industriais iranianos. Muitos analistas dizem que são atos de sabotagem orquestrados pelo Mossad para minar o programa nuclear do Irã.

O vídeo é engraçado, mas tem mesmo tudo para desagradar os iranianos.

Primeiro, o Irã é retratado no comercial como um lugar sujo, inóspito e subdesenvolvido.

Segundo, o anúncio faz piada com as tais explosões misteriosas amplamente atribuídas ao Mossad, que já mataram ao menos 20 iranianos. Até os militantes antirregime de Teerã rejeitam ataques externos, vistos como terrorismo de Estado.

A terceira razão talvez seja a mais ofensiva. Na cena final do anúncio, um dos agentes mata com um tapa um inseto que pousara na sua nuca. Após esmagar o bicho, o espião se exclama: “Khomeini” _um trocadilho entre o apelido de um besouro em hebraico e o nome do fundador da República Islâmica, aiatolá Ruhollah Khomeini, tido como santo pelo xiismo iraniano. Com santidade não se brinca, muito menos em países muçulmanos.

Um internauta comentou no Youtube que o nome do inseto em hebraico é khumeni, não Khomeini. A palavra seria um derivado do termo “khum”, que significa marrom, e não haveria portanto nenhuma intenção jocosa. Difícil de engolir…

Difícil acreditar também que a Samsung, cujo logo e nome aparecem em destaque várias vezes no vídeo, não teve nenhuma participação. Mas a marca sul-coreana jura ter sido pega de surpresa. Mesmo assim, teve que pedir desculpas oficialmente para tentar acalmar as autoridades de Teerã. O Parlamento iraniano chegou a preparar uma lei para expulsar a Samsung do país, o que seria um desastre para o fabricante de eletrônicos, líder no mercado iraniano. Por coincidência, o publicitário responsável pela conta da marca no Irã integra meu grupo de novos amigos em Teerã. Ele conta que os esforços dos sul-coreanos funcionaram, e a poeira baixou. A Samsung continuará no Irã.

O comercial, legendado em inglês, com introdução para ajudar a entender as piadas:


Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Nos tempos do xá

Por Samy Adghirni
23/02/12 21:23

Nas ladeiras ao extremo norte de Teerã, onde a montanha se desgarra da cidade, fica um lugar que conserva a alma dos tempos em que o Irã era uma monarquia secular pró-Ocidente. O palácio de Saadat Abad, um dos museus mais interessantes no país, é uma relíquia intacta do glamour hedonista que marcou a dinastia Pahlevi, varrida do poder pela Revolução Islâmica de 1979.

Mais exposta ao frescor da altitude e distante do barulhento centro, Saadat Abad foi residência dos dois últimos monarcas do Irã: Reza Pahlevi, um golpista que derrubou o reino dos Qajar e inventou a dinastia Pahlevi; e seu filho e sucessor Mohamed Reza Pahlevi, cuja vida nababesca fascinava o mundo.

Logo na entrada do museu há uma tenda que abriga a espetacular coleção de carrões da família Pahlevi, enfileirados em paralelo. De um lado, modelos Rolls Royce de todos os tipos _cupê, esporte, limusine, conversível… Do outro, Mercedes-Benz no estilo dos anos 70 em várias cores e tamanhos. Nas colunas de metal que sustentam a lona da tenda estão penduradas fotos de família. Imagens em preto e branco mostram Mohamed Reza Pahlevi em uniforme militar de gala ou conversando com o então presidente americano, John Fitzgerald Kennedy. Também há fotos das duas últimas esposas do xá, tidas como algumas das mulheres mais elegantes de sua época: Soraya Esfandiary-Bakhtiari, abandonada por não poder engravidar, e Farah Diba, que deu quatro filhos ao monarca e possuía uma das maiores coleções de arte moderna no Oriente Médio.

O xá Mohamed Reza Pahlavi e sua segunda mulher, a princesa Soraya Esfandiary-Bakhtiari em Teerã, em 1953 (France Presse)

O museu se estende ao longo de vários prédios espalhados por um parque branco de neve no inverno, como agora, e verdejante e florido a partir de abril. O edifício mais interessante é o que servia de residência para convidados estrangeiros. A decoração é um luxo _móveis e prataria francesa, quadros ingleses, porcelana russa. No banheiro predomina um mármore branco trazido da Itália. Nos aposentos que serviam de quarto de dormir, uma placa lista os hóspedes que passaram por ali, entre eles os presidentes Jimmy Carter, dos EUA, e Anuar Sadat, do Egito.

O mais impressionante é como tudo permaneceu intacto, sobrevivendo a semanas de convulsão social que redefiniram a geopolítica mundial. O povo ergueu-se contra um regime sanguinário, ditatorial e de gastos surreais num país até então paupérrimo. Mas não houve saques em massa do patrimônio do xá nem destruição de seus símbolos, hoje visitados por famílias e estudantes. Na revolução tunisiana do ano passado, o povo entrou no palácio do ditador e levou tudo que pôde. Mesma coisa na Líbia de Muammar Gaddafi.

Um jornalista que trabalha aqui há anos acha que o passado é mal resolvido: “o atual governo diz que o xá é responsável por todos os males do Irã, mas olhe o que fizeram neste museu. Na verdade parecem estar glorificando o xá!”.

Eu não iria tão longe. Mas manter tão vivos e presentes ícones de uma era execrada é, no mínimo, um sinal de civilidade.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

O superprefeito de Teerã

Por Samy Adghirni
21/02/12 08:04

Como todos os povos do Oriente Médio, iranianos adoram debater política. Ao menos em Teerã, é surpreendente notar como ninguém tem medo de falar abertamente mal do regime e seus dirigentes. O único político que costuma sair ileso das conversas é o prefeito da capital, o conservador e pragmático Mohamed Qalibaf. É comum ouvir a seu respeito frases como “este trabalha duro” ou “ele está determinado em melhorar a cidade”.

Na visão dominante, o mérito de Qalibaf é conseguir tornar a vida um pouco menos dura numa metrópole de 12 milhões que ninguém ousaria chamar de boa para morar. Contra o trânsito sufocante e sem lei, que faz parecer São Paulo um mar de civilidade, o prefeito implementou rodízio e está construindo uma malha de viadutos e túneis para aliviar as artérias principais, impraticáveis após às 17h. Qalibaf também inovou ao criar corredores de ônibus. O transporte público, aliás, é bom e baratíssimo. Uma passagem custa em média US$ 0,15. Os ônibus, onde a parte traseira é exclusiva para mulheres, são silenciosos e espaçosos. O metrô, também separado em vagões para cada gênero, é moderno e tem estações limpas. Ruim mesmo é a híperlotação durante a maior parte do dia, ônibus e metrô. Nos horários de pico, fica difícil até respirar com tanta gente espremida.

Qalibaf, 50, também recebe elogios por ter enfeitado a sisuda Teerã. Mandou instalar painéis de azulejo colorido em viadutos e muros pela cidade, destoando do cinza/marrom predominante. Os parques são bem cuidados e floridos. Há obras por toda parte para melhorar a rede de água potável e esgoto.

O prefeito goza de uma imagem de eficiência, honestidade e dedicação que lhe rende elogios tanto dos ricos moderninhos do norte de Teerã como dos comerciantes e religiosos do centro e do sul da capital. Em 2008, foi finalista do prêmio de melhor prefeito do mundo.

Mesmo visto como um líder que flutua acima das disputas partidárias, Qalibaf é um puro produto do regime teocrático em vigor desde a Revolução Islâmica de 1979. Quando jovem, integrou as forças armadas e o basij, a milícia de voluntários a serviço do líder supremo. Com apenas 19 anos, comandou um batalhão importante na guerra contra o Iraque de Saddam Hussein (1980-1988). No fim dos anos 90, deixou as fileiras militares para tornar-se chefão da polícia nacional. Já adulto, resolveu aprender a pilotar jatos comerciais. Até hoje leva passageiros ao menos uma vez por mês, geralmente com destino à Europa. Ele alega que precisa manter horas de voo suficientes para não perder a licença de piloto.

O prefeito da capital é nomeado por um conselho municipal supervisionado pelo governo nacional. Qalibaf foi apontado para o cargo em 2005, após perder a eleição presidencial para o então prefeito de Teerã, um certo Mahmoud Ahmadinejad. Hoje os dois homens se detestam e é dado como certo que Qalibaf está de olho na Presidência, que Ahmadinejad será obrigado a deixar para trás no ano que vem após dois mandatos.

Os fãs de Qalibaf esperam que ele, a exemplo de Ahmadinejad, se beneficiará do período na prefeitura como um trampolim para a Presidência.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Etiqueta iraniana

Por Samy Adghirni
17/02/12 21:45

Após meia hora num taxi ziguezagueando pelo caótico trânsito de Teerã, chego ao meu destino. Como não existem taxímetros por aqui, uso meu mísero farsi para perguntar ao motorista quanto devo pela corrida. “Seja meu convidado”, responde o sorridente velhinho. Finjo que não entendi. “Não precisa pagar”, insiste o senhor. Eu poderia ter dito “muito bem, obrigado” e descido do carro. Mas já havia sido alertado sobre os exageros pró-forma dos bons modos iranianos. Quando deixo claro que tenho pressa e quero pagar logo, outra surpresa. O tiozinho agora quer 10 tománs, o dobro do que eu já paguei pelo mesmo trajeto. Tento dizer que o preço é absurdo, mas meu farsi é insuficiente. Repito em voz cada vez mais alta a única frase que sei dizer numa situação como esta: “khub nist, khêili bad”, algo como “isto não é legal, isto é muito mal”. Consigo baixar para 8 tománs, que arranco da minha carteira e jogo em cima do painel, mas saio do táxi possuído de raiva. Como alguém é capaz de passar da gentileza à patifaria em segundos?

Malandragens à parte, é preciso tempo e paciência para decifrar os códigos sociais no Irã. Todas as condutas interpessoais, na rua, entre amigos ou no escritório, são norteadas pelo taaruf, a etiqueta da hospitalidade e amabilidade. Às vezes, é só conversinha. Noutras, generosidade sincera. O difícil é identificar cada caso. O taaruf determina que um comerciante recusará várias vezes o pagamento da mercadoria antes de aceitá-lo. É um acordo implícito entendido por todos: “eu digo que não precisa pagar até você me forçar a aceitar o dinheiro”. No restaurante japonês mais badalado de Teerã, o garçom também disse que o jantar era por conta da casa.

O taaruf geralmente vem com uma carga de poesia que soa estranho para qualquer ouvido ocidental. Ao recusar o dinheiro, o dono da loja dirá coisas como “sou pequeno diante de sua presença” ou “você está me honrando”. Mas vai ter que pagar. No trabalho é comum um funcionário novato trabalhar sem receber por semanas antes de tratar de salário com o patrão. E se eu elogio o novo relógio de um amigo iraniano, ele provavelmente o tirará do pulso para oferecê-lo. É evidente que não posso aceitar.

Isso dito, existe aqui uma verdadeira cultura de hospitalidade e delicadeza no trato. Ao saber que eu hospedava visitas do Brasil, a proprietária do apartamento onde moro apareceu com um delicioso prato de arroz e frango com açafrão que ela mesmo, médica atarefada, cozinhou por horas. Nos meus primeiros dias em Teerã, me perdi na rua quando ia a um compromisso. Só me achei graças a um iraniano que, sem cobrar um centavo, ligou do próprio celular para a pessoa que me esperava para conferir o endereço. Nas famílias mais humildes, é comum o anfitrião dormir na sala para ceder o próprio quarto ao convidado. Não se chega na casa de alguém de mãos vazias.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Muito além do programa nuclear

Por Samy Adghirni
15/02/12 15:38

Poucos países aparecem tanto no noticiário internacional como o Irã. Mas a novela dos temas iranianos que desfilam a cada dia em jornais, sites, TVs e rádios do mundo inteiro tem sempre o mesmo roteiro e os mesmos personagens. Hoje o assunto é a discussão sobre se Teerã está ou não fazendo a bomba atômica. No capítulo de ontem dizia-se que o Irã exporta terrorismo. Amanhã ou depois se falará sobre sanções, ameaças militares e repressão moral e política. Na prática, o Irã acaba quase sempre retratado através de seu governo e instituições. E muitas vezes, quem fala sobre o país jamais pôs os pés aqui.

A Folha faz parte de um restrito grupo de veículos estrangeiros autorizados a ter correspondente no Irã. Inaugurei o posto em dezembro do ano passado, me tornando o primeiro jornalista latino-americano contratado com permissão para trabalhar no país. Da minha base no bairro de Jordán, norte de Teerã, tento levar até você, caro leitor, uma visão original, isenta e didática sobre o que acontece em terras iranianas.

Pouco ou nada se sabe no Brasil sobre esse lado de cá do mundo. Muita gente pensa que o Irã é árabe (é persa!) ou que ser xiita significa defender ideias radicais (o terrorismo islâmico é essencialmente orquestrado por grupos sunitas). Quase ninguém imagina que o Irã é o segundo país do Oriente Médio com a maior comunidade judaica depois de Israel. Aqui, judeus e cristãos, salvo atritos isolados, praticam sua fé sem ser incomodados. Mulheres dirigem, estudam e trabalham sem tutela. Meus amigos e parentes brasileiros também ficam pasmos quando conto que há estações de esqui em Teerã (uma delas a 20 minutos da minha casa) ou que o país também tem florestas, praias e deserto. A culinária é rica e sofisticada. As visitas que já recebi por aqui ficaram impressionadas com a delicadeza e hospitalidade dos iranianos.

Dificuldades existem, sim, mas há muito mais a contar sobre o Irã do que o programa nuclear. Esta é a razão de ser do blog que tenho o prazer de inaugurar hoje.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Posts seguintes
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailsamy.adghirni@grupofolha.com.br

Buscar

Busca
  • Recent posts Samy Adghirni
  1. 1

    Um adeus e um livro

  2. 2

    Googoosh, a diva do pop persa

  3. 3

    "Essa gente" no poder

  4. 4

    O caos eficiente do transporte urbano em Teerã

  5. 5

    Algo de podre no ambiente pré-copa

SEE PREVIOUS POSTS
Blog dos Correspondentes

Tags

adghirni Airbus A300 Ano Novo persa Arash Hejazi Bandar Abbas Christian Science Monitor Estreito de Ormuz F14 Tomcat Feira do Livro de Teerã George Bush Império persa Iran Air 655 irã Irã; EUA; Samy Adghirni; Scott Peterson Irã; Mulher: Apedrejamento; Revolução Islâmica; Samy Adghirni; Ruhollah Khomeini: Savak; Xá Mohamed Reza Pahlevi Irã; Teerã; Samy Adghirni isfahan israel khomeini mossad Neda Agha Soltan Nowruz nuclear Pasárgada Paulo Coelho Persépolis Piquenique; parque Mellat Polícia moral Press TV rituais samsung Samy Adghirni Sexualidade no islã; Corão; Bíblia Shiraz sincretismo Teerã Torá; Turismo no Irã USS Vincennes Valiasr Vanak William C. Rogers zoroastrismo
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).