Como anda a negociação nuclear?
03/06/14 18:33Nunca se chegou tão perto de um acordo nuclear entre o Irã e as grandes potências (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha).
Se tudo der certo, e ainda pode dar, o domingo 20 de julho entrará para a história como o dia em que as partes resolveram assumir por escrito os sacrifícios necessários para pôr fim a mais de uma década de impasse.
O problema é que estar perto não garante final feliz. O fracasso das conversas, um cenário apocalíptico que interessa a uma influente turma do contra no tabuleiro geopolítico, continua sendo possibilidade real. Mas tudo indica que o Irã e as potências entendem a urgência de aproveitar a oportunidade extraordinária criada pela concomitância das presidências de Hasan Rowhani, no Irã, e Barack Obama, nos EUA.
O dia 20 de julho sela o fim do prazo definido pelos negociadores para redigir um acordo que visa conciliar duas ideias potencialmente antagônicas – a continuação do programa nuclear iraniano; e garantias de que este mesmo programa não irá gerar uma bomba atômica.
Nesta data expira a validade de um acordo preliminar, em vigor desde janeiro, que vem servindo como teste de intenções mútuas.
O teste de confiança até agora funcionou direitinho.
Cumprindo sua parte, o Irã reduziu seu programa de enriquecimento urânio, um procedimento para lá de técnico que pode servir tanto para fins pacíficos como militares. Teerã diminui não só o número das centrífugas operacionais como também o grau de pureza do urânio enriquecido. Antes da atual rodada de negociações, os iranianos enriqueciam urânio a 20%, nível que supõe a superação das maiores dificuldades no caminho rumo aos 90% necessários à bomba. Agora, Teerã mantem um patamar de enriquecimento bem abaixo.
O Irã também anda cooperando de forma mais transparente com os inspetores nucleares da ONU que visitam regularmente centrais iranianas.
Os ocidentais, verdadeiros protagonistas pelo lado das potências, também mostraram boa fé. Levantaram sanções à aviação civil iraniana e restrições a transações comerciais em ouro com a república islâmica. Americanos e europeus também permitiram que Teerã recupere alguns bilhões de dólares confiscados no exterior. Dinheiro vivo, fruto das exportações de petróleo, que os iranianos sonhavam em poder usar para aliviar o aperto causado pelo isolamento ocidental.
Apesar de eventuais resmungos, todo mundo parece satisfeito com o cumprimento do acordo preliminar. Mas as questões de fundo continuam em aberto, à espera do tal documento que precisa estar pronto até 20 de julho.
As dificuldades giram em torno de dois pontos: o tamanho do programa nuclear que o Irã poderá conservar após um entendimento final e o futuro das sanções financeiras e petroleiras, as mais duras contra Teerã.
Rompendo com uma série de reuniões amplamente vistas como positivas, nas quais todo mundo concordou com temas, modalidades e prazos a seguir, o último encontro entre Irã e potências terminou num clima de irritação. É que a rodada, mês passado, em Viena, deveria ter servido para o início formal dos trabalhos para redigir o tal acordo. Três dias de conversas intensas não foram suficientes para chegar um denominador comum sobre o que escrever.
Na hora H, não há boa vontade que resista a divergências profundas e fundamentais. E essas divergências são numerosas.
A primeira envolve diferenças sobre a capacidade do Irã de enriquecer urânio após um acordo final. O Irã diz precisar de 100 mil centrífugas para transformar urânio em combustível para abastecer um reator nuclear em Teerã que produz isótopos usados para fins medicinais. O país, que nega planos de ter a bomba atômica, possui atualmente 19 mil centrífugas, metade das quais em operação. Os EUA, que dão o tom dominante pelo lado das potências, querem limitar o número de centrífugas iranianas a alguns milhares.
Outro fator de discórdia é um reator de água pesada que o Irã está construído no sul do país. Quando completado, dará aos iranianos a capacidade técnica de produzir plutônio, material usado para um tipo alternativo de bomba atômica. Os iranianos dizem que o equipamento visa substituir o reator de Teerã, uma velharia só. O Irã admite fazer ajustes, mas descarta interromper a obra, como querem diplomatas ocidentais.
Por fim, Teerã exige que sanções mais severas, contra sua indústria petroleira e seus bancos, sejam suspensas rapidamente, ideia que os americanos rejeitam.
No dia 16 de junho haverá nova rodada de conversas. A partir daí ficará mais claro avaliar as chances de um acordo até 20 de julho. Se o pacto não sair, as partes têm a opção de prolongar o entendimento preliminar por mais umas semanas, mas não muito mais do que isso.
Em novembro, Obama e seus aliados democratas correm risco de perder o Senado para a oposição republicana nas eleições parlamentares, o que aumentaria ainda mais a resistência do Legislativo americano a um acordo com o inimigo. O apoio a Israel é quase incondicional entre deputados e senadores em Washington, que também são próximos da Arábia Saudita, inimiga número um do Irã entre países de maioria islâmica.
Em 2016, Obama deixa a Presidência. Entre os cotados para substitui-lo há dois notórios anti-Irã: Hillary Clinton e Jeb Bush, irmão do famigerado George Walker.
O Irã também tem seus radicais. Em Teerã, clérigos, militares e deputados formam uma frente ultraconservadora que, por se beneficiar economicamente do regime de sanções ou por pura convicção ideológica, rejeita concessões nucleares. O presidente Rowhani está sob ataque constante de rivais internos cada vez mais agressivos. O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, deixou claro que apoia as negociações, mas não se sabe por quanto tempo ele está disposto a segurar a fúria dos linha dura.
Irã e potências precisam de um acordo. Teerã sofreu demais com as sanções, que travam até a modernização da indústria petroleira. Além disso, a república islâmica já conseguiu o que queria: dominar a tecnologia nuclear de A a Z, deixando em aberto a opção de fazer a bomba, caso queira. Espiões americanos e israelenses concordam em que esta decisão não foi tomada.
Para os ocidentais, apaziguar tensões com o Irã permitiria reorientar atenções em direção a problemas potencialmente mais complicados, como a relação com Rússia e China. Os mais otimistas acham que um acordo daria ao Irã razões para se agarrar com menos vigor à Síria de Bashar Al-Assad. Sem falar nas imensas possibilidades de negócios num país de 77 de milhões, com população razoavelmente educada e gastona.
A crise nuclear começou em 2002, quando dissidentes iranianos ligados a um grupo terrorista revelaram a existência de instalações nucleares iranianas não comunicadas à ONU. No ano seguinte, o Irã ofereceu ao EUA uma proposta que ficou conhecida como a Grande Barganha. O plano previa o fim do apoio ao Hamas e ao Hizbollah e até mesmo o reconhecimento de Israel, em troca de um pacto de não agressão com os americanos. George W. Bush deu de ombros. Desde então, a tensão só aumentou.
Israel, única potência nuclear do Oriente Médio, ameaça se encarregar de resolver sozinho o impasse – bombardeando as centrais iranianas. Obama não quer atacar, mas também não descarta o uso da força. Teerã diz: “pode vir”. E muita gente acha que uma guerra fortaleceria o regime, como aconteceu nos anos 1980, quando Saddam Hussein invadiu o Irã. O acordo em discussão é provavelmente a melhor chance de evitar mais um conflito no Oriente Médio.
Outra questão.
Sobre HOVEIDA, o que dizem dele, verbalmente por aí?
Mereceu ser fuzilado em julgamento sumário?
Os livros de história oficiais, o que dizem dele?
Hoveyda é uma figura pouco lembrada.
Samy, vamos continuar com a revolução!
Na Folha de SP de domingo você falou sobre Khomeini.
Disse que alguns o acham um santo.
Mas que falar mal dele pode dar prisão.
Esta situação não torna a admiração por ele artificial?
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Ele não seria odiado por boa parte dos iranianos?
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O plebiscito que ele fez em 1979, acho que em dezembro, foi após o terror iniciado em fevereiro.
Como foi este plebiscito?
Os lados pró e contra puderam expor suas posições?
O voto foi secreto?
Os iranianos tinha consciência do que seria o Estado teocrático, onde o poder não se vincula ao voto?
Mormai, muita gente não gosta do Khomeini, sem dúvida. Ainda assim, ele é respeitado e, em alguns casos, sinceramente admirado por seu carisma, força e liderança. Apesar do ambiente difícil nos anos 1980, acirrado pela guerra para repelir as tropas iraquianas invasoras, Khomeini parecia mais próximo dos iranianos do que o atual líder supremo. O resultado da votação foi amplamente vista como limpa, ou seja que as pessoas votaram mesmo em massa pelo “sim”. Dito isso, é claro que houve forte pressão do novo regime. Além disso, as pessoas estavam preocupadas em enterrar a monarquia e sabiam que aquele plesbiscito era, àquela altura, a única opção viável. Pouca gente imaginava o que viria depois.
Então, se as pessoas não esperam o que viria, foram surpreendidas por algo obscuro.
Isto não é o mesmo que traição?
A população tem uma sensação de ter sido traída por Khomenini?
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Li
Então, se as pessoas não esperam o que viria, foram surpreendidas por algo obscuro.
Isto não é o mesmo que traição?
A população tem uma sensação de ter sido traída por Khomenini?
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Li que a votação foi aberta, e não secreta.
As cédulas eram entregues por soldados, com a prévia manifestação do eleitor sobre como iria votar.
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Houve campanha previa, com debates e manifestações dos lados contrários e prós ao regime islâmico?
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Khomeini se recusou a nomear o Irã como República Democrática, como queria Medi Bazargan.
Ele dizia que democracia era um conceito ocidental.
Então, apostaria que na maioria dos corações iranianos a figura de Khomeini não aparece ‘bem na foto’.
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Fica uma sugestão: faça uma matéria exclusiva sobre este referendo/ plebiscito.
(Notícia ao final)
As mulheres do Irã não gostam de esportes?
Antes da revolução de 1979, as mulheres praticavam esportes e frequentavam estádios e ginásios?
Você recentemente entrevistou na Folha SP uma pessoa que participou ativamente da revolução.
Faltou perguntar coisas como esta era reivindação deles?
E também se a revolução que eles foram atrás era o que conseguiram.
!!!!!!!!
Samy, você fez uma matéria referencial de bom jornalismo, sobre as mulheres hoje no Irã.
Por que não faz uma sobre a Revolução de 1979.
Entrevistando pessoas com idades de 50 anos para mais.
Tipo ANTES E DEPOIS.
O que desejavam, e o que alcançaram.
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/06/fora-da-viagem-ao-ira-por-ser-mulher-auxiliar-sofre-lei-deveria-ter-excecao.html
Indignado, iranianos e iranianas adoram praticar esportese. A lei veta mixidade de gêneros em estádios, por isso o público dos jogos de futebol e volei é exclusivamente masculino. Mulheres praticam esportes em áreas reservadas, incluindo piscinas, academias e pistas de atletetismo.
“Troll detected”. (Rsss) Samy, muito boa sua análise. Sempre me pergunto por que Israel não é forçado a aderir ao tratado de não proliferação de armas atômicas. Seria bom para toda a região e traria credibilidade para o próprio país. Acredito que o Irã, detendo forte armamento convencional, seria um adversário muito forte para um conflito que ninguém normal no mundo, em Israel e no Irã gostaria que acontecesse.
Samy, falando em vídeo, quando terminei de ver Happy, havia outros indicando Teerã.
Fui ver, e fiquei surpreso.
Aqui diz que são iranianos.
Mas, está correto?
As mulheres sem véu, as bebidas alcoólicas, a sensualidade feminina?
Parece mais Europa!
Sim, a música é daí do Irã?
Faz sucesso?
http://www.youtube.com/watch?v=SU3quz8Tt5g
São iranianos de Teerã, claro. Aquilo é muito mais comum do que você imagina. Para você ver como é importante quebrar estereótipos.
O que eu vi ali são ocidentais, vamos dizer assim.
Eles não são importantes para o regime?
Não são cidadãos iranianos?
Então, porque empurra-los para a marginalidade?
No interior também é assim?
Max, não entendo seu espanto. São iranianos, sim. Iranianos estão entre os povos mais ocidentalizados do Oriente Médio. A vida em Teerã, apesar das inúmeras restrições impostas pelo regime, é mais próxima do que se vê em Paris do que no Qatar ou no interior da Turquia. A coisa é mais visível nas grandes cidades, mas no interior não é muito diferente.
Vale destacar que todos eles foram presos e foram obrigados a dar entrevistas na tv estatal q erraram e foram enganados e eee…
O curioso é q o diretor de clipe é a mesma pessoa q foi assessor publicitário de atual presidente!!!
Samy, no Irã existe direito do consumidor?
Os produtos têm prazos de validade?
Há o conceito legal de relação de consumo?
Existem serviços de atendimento ao consumidor nas grandes empresas e prestadores de serviço público?
Os call center no Brasil são via correios, e-mail e telefone.
Os serviços públicos possuem centrais de atendimento, para reclamações, elogios e sugestões?
Ulisses, existem, sim, mecanismos legais de defesa ao consumidor, e quase todas as empresas de grande público têm call center e serviços online, alguns até com atendimento em inglês, como a Irancell. Sim, os produtos vêm com prazos de validade e informações úteis, inclusive telefone para reclamações. O Irã é um grande país industrial com vasto mercado interno disputado por empresas competitivas, estatais e privadas. Uma curiosidade: minha mãe, que está passando uns dias comigo aqui em Teerã, anda impressionada com a qualidade de alguns produtos básicos do dia, iogurtes, sabão líquido, leite, material de construção, tudo muito superior ao padrão brasileiro.
É possível que o Presidente, que assina o acordo, não tenha conhecimento de atividades nucleares executadas no Irã por setores ligados à liderança suprema?
A pergunta é válida, Marcelo. Mas Rowhani surgiu das entranhas da república islâmica, ele é um puro produto do sistema. Ele já ocupou alguns dos cargos mais sensíveis do país, como chefe da agência de segurança nacional e principal negociador nuclear. Um insider do regime, com sua experiência, acesso a informação e rede de contatos provavelmente sabe ou, ao menos, tem noção de tudo que se passa nos bastidores.
Você fala portugues? Mora no Irã ou no Brasil?
Eu sou destinatário desta pergunta? A resposta está embutida no título da coluna: “Um brasileiro no Irã.” Sou brasileiro, falo português (por que a dúvida?) e moro no Irã na condição de correspondente fixo da Folha de S.Paulo
Não Samy, me expressei mal.
O destinatário é a pessoa com o nome escrito em árabe ou farsi, que tece críticas ao seu trabalho.
Parece ser do sexo feminino.
O nome dela é عمه خانم
O nome é totalmente iraniano. Mas deixo a ela o cuidado de responder, se quiser.
OI Max fico feliz por ter chamado a sua atenção, pelo menos uma pessoa reparou em alguém zangado tentando dar o conhecimento algo q pouca gente vê!
Não sei porq para vc não é evidente q eu falo português mas it’s ok! sim eu falo português porém nasci no Irã, não vivo no Irã há bastante tempo e nunca conheci o
véu!
A questão não é usar ou não usar véu a questão é o direito da escolha, de vc estar livre para fazer as escolhas da sua vida, de vc poder falar a verdade o q vc pensa sobre as coisas sem ter medo de ser preso, chicotada ou até ser enforcado sob desculpas de trafico ou terrorismo ou outras desculpas sem fundamentos!
este é a página de #آزادییواشکی
#mystealthyfreedom, no Facebook q tem quase meio milhão de curtidas está tudo escrito em farsi e inglês pode ver e indagar por si mesmo o mundo real da mulher iraniana:
oh atenção o facebook é filtrado no Irã menos para sr presidente e os seus amigos, até Khamenei tem Facebook mas o povo não tem autorização para acessar e se for pego q é aleatório leva penas pesadas
https://www.facebook.com/StealthyFreedom?fref=photo
Eu não moro no Irã, nem conheço.
Sou brasileiro.
Curioso pelo Irã.
Para melhorar o debate.
Você é uma mulher iraniana?
Mora ou morou no Brasil?
Como fala o português?
Diz que há saiu do Irã e nunca usou o véu.
Então, deve ser anterior a 1979.
Tem retornado lá deste então?
Qual sua faixa etária?
Isto é importante para sabermos se as suas memórias são mais originais ou mais derivadas.
Ao final, fico triste com as notícias que vejo do Irã.
Acho um exemplo negativo, de governo que impõe sua vontade ao povo, e não o contrario.
Qual o programa da TV oficial do Irã que possui maior audiência, na sua opinião?
Difícil saber, mas talvez seja o programa do Adel Ferdowsipour, jovem e irreverente astro do jornalismo esportivo.
Samy, quando você escreve “famigerado George Walker” a aparência de isenção da sua reportagem fica comprometida. Não é bom misturar reportagem com editoriais. Talvez renda Ibope com a audiência que o jornal busca, mas desperdiça a confiabilidade acumulada pelas suas reportagens de qualidade.
F Pait, agradeço o comentário. Mas “Um Brasileiro no Irã” é uma coluna, não um espaço de reportagem factual. Colunas são, por definição, mais autorais e pessoais do que reportagens.
Quem sou eu para querer debater com vc uma q vc tem amigos diplomatas q te dão bastante informação e fizeram vc acreditar q véu é uma cultura iraniana! estes seus amigos já mudaram a história de Irã e de antiga pérsia nos livros escolares mas é bom indagasse por si próprio sobre história de Irã mas antes coloco este video ou ainda vai pensar q personagens duvidosos gravaram fora do Irão e fizeram montagem:
http://www.youtube.com/watch?v=4OWYCgGOSMA
Mais uma vez, você não entendeu do que se trata. O amigo diplomata nunca disse que o véu é parte da cultura iraniana. Ele disse que o véu é um símbolo e uma demonstração de força permanente do regime. Além disso, você está desatualizada, pois este vídeo já foi tema de uma coluna minha há apenas duas semanas. Quem sabe da próxima vez você dá uma checada na internet antes de lançar ataques vazios?
http://samyadghirni.blogfolha.uol.com.br/2014/05/13/iranianos-tambem-sao-felizes/
Eu entendi muito bem o q o seu amigo disse e ao contrario do q vc pensa estou bem atualizada!
Quanto ao video e o seu post ñ tinha conseguido abrir a 2 semanas atrás porém este é um outro ; vc chegou a assistir?!
Bom o q eu tento falar para vc é ñ confundir as regras e imposições do Islã e dos mullas com o povo e com a cultura iraniana!
Ñ misturar as atitudes e as decisões do governo com as vontades do povo principalmente a nova geração;
Q vc se preocupe mais com direitos humanos no Irã e falar mais sobre assunto q fazer elogios sem fundamento e pensar q morando no Irã te atualiza e te dá o direito de opinar sobre coisas q vc vê só de fora e ñ tem conhecimento profundo!
Infelizmente o povo mudou muito durante estes 30 e alguns anos e adquiriu muitos maus hábitos mas eu ñ o condeno porq o sistema os obriga a fazer coisas para sobreviver e ñ acabar nas prisões negras do regime dos ayatollahs.
Juro que não entendo de onde você tira que eu confundo islã e cultura persa. Estou há dois anos e meio usando este espaço para explicar porque o Irã é um país tão atípico. Dois anos e meio que eu disserto a cada post sobre a subversividade dos iranianos em meio a tantas regras impostas. Acho que você está tão ofuscada por opiniões próprias que não consegue sequer ler e entender o que escrevo.
talvez vc tenha razão acontece q eu ñ consigo acreditar na sua sinceridade! ñ sei porq?!
Ou talvez estou esperando demais de um estrangeiro sentir o q nós sentimos!!!
Mas, por que não são exibidos, não têm público? O não interessa o gosto do público… Não deveria ser o interesse do público o fator preponderante na escolha das exibições?
O regime iraniano é profundamente ideológico, e ideologia é a antítese do pragmatismo. Filmes americanos são vetados por ser considerados imorais, corruptos e contrários aos valores revolucionários. A indústria cinematográfica se sustenta muito bem sem Hollywood. E quem quiser assistir ao Hulk só precisa ir até o camelô da esquina. Ou seja, todo mundo se acomodou com as restrições.
Samy, sou assíduo leitor da sua coluna, porem este é meu primeiro post.
Tenho muito interesse sobre a politica internacional, o jogo de poder e a disputa pelo protagonismo no cenário internacional. Tua coluna trata sobre todos temas, mas em época de copa do mundo aqui no Brasil seria interessante comentar um pouco sobre como o povo iraniano vive a copa. Ontem a seleção iraniana desembarcou aqui em São Paulo.
David, já escrevi a respeito reiteradas vezes, neste espaço e na versão impressa da Folha.
http://samyadghirni.blogfolha.uol.com.br/2014/05/27/turistas-iranianos-a-caminho-da-copa/
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2014/06/1463871-federacao-do-ira-anula-evento-e-constrange-embaixada-do-brasil.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2014/02/1413269-sancoes-ao-ira-prejudicam-futebol-do-pais-diz-treinador.shtml
http://samyadghirni.blogfolha.uol.com.br/2013/12/13/o-ira-entra-em-clima-de-copa-do-mundo/
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2013/06/1297361-iranianos-vao-as-ruas-para-celebrar-a-classificacao-do-pais-para-a-copa-2014.shtml
Obrigado pela resposta Samy e desculpe-me pela falta de atenção. Verei as reportagens. Abraços!
Samy, falando em cinema, aí no Irã são exibidos seriados com OS SIMPSONS, e filmes como “Homem Aranha” e “Titanic”. São apenas ilustrações para pergunta.
São raríssimos os filmes americanos exibidos nos cinemas. Em dois anos e meio no Irã, só vi “Onde os Fracos Não Têm Vez”, dos irmãos Cohen. Dito isso, camelôs vendem em plena luz do dia DVDs piratas de filmes americanos, incluindo alguns eróticos.
Samy, em seu outro post você fala de cinema iraniano de massa, qual seria?
Eu conheço o cinema cult, da linha do Abbas Kiarostami e do Jafar Panahi, mas duvido muito que isso seja o cinema popular do Irã
Você poderia indicar algo ?
Carlos, os recordes de bilheteria no Irã ficam com superproduções de ação, como Gashte Ershad ou os filmes de Masoud Dehnamaki (http://en.wikipedia.org/wiki/Masoud_Dehnamaki). Boa parte dos filmes comerciais de grande sucesso são bancados com fartos subsídios oficiais e têm viés prorregime.
A Arábia Saudita é um câncer, se dizem muçulmanos, defensores da fé, mas abrem as pernas e bases militares para os EUA e quem pagar mais…
São aliados incondicionais de Israel e eternos baba ovos dos EUA e da Europa,pregam e disseminam um ódio doentio ao Irã, chega a ser engraçado a HIPOCRISIA desses vermes.
Para quem entender árabe:
https://www.youtube.com/watch?v=udgTwiESXtI