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Samy Adghirni

Um brasileiro no Irã

Perfil Samy Adghirni correspondente em Teerã.

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A pacata diáspora iraniana

Por Samy Adghirni
15/04/14 13:54

Numa recente folga, viajei até o interior da Alemanha para farrear com amigos de infância num conhecido festival de música. Ao fazer o check-in no hotel, reconheci imediatamente o sotaque do tiozinho na recepção. “Shomá iraní hastíd?” – o senhor é iraniano?

Era o dono do estabelecimento. Um senhor baixinho e falador, em seus 50 e muitos anos. Ao ouvir a conversa, uma simpática e elegante senhora, uma década mais moça, apareceu para saber com quem o marido estava papeando em farsi.

Moram na Alemanha há três décadas. Ela vai a Teerã uma vez por ano para visitar a mãe que, por um curioso acaso, mora perto da minha casa. Ele detesta ir ao Irã. Acha o regime pavoroso e não suporta a intromissão da religião na política. Mas cede à pressão da mulher para acompanhá-la de vez em quando. O casal possui dois hoteizinhos. Os filhos se formaram em boas universidades locais. Todo mundo tem cidadania alemã.

São um típico exemplo da diáspora iraniana que se espalha no mundo inteiro. Comunidade tranquila, trabalhadora e bem integrada.

Destoando de sua má imagem internacional, o Irã é um grande exportador de pessoas prósperas e instruídas. Muitas abandonaram o país por razões políticas e religiosas. Outras saíram em busca de melhores salários e condições de vida. O Irã é um dos recordistas mundiais em fuga de cérebros, o fenômeno pelo qual um país é desertado de seus melhores quadros, gerando graves consequências sociais e econômicas. Ao menos 150 mil iranianos com alta qualificação se mudam para o exterior a cada ano, segundo admitiu recentemente o ministro da Ciência e Tecnologia, Reza Faraji Dana. Um quarto dos iranianos com curso superior moram em países ricos.

Existem ao menos quatro milhões de iranianos residentes no exterior. Metade encontra-se na América do Norte. A maior comunidade vive nos EUA, mais precisamente em Los Angeles, apelidada de Tehrangeles.

Muitas famílias iranianas migraram para os EUA para fugir da Revolução Islâmica, em 1979, incluindo membros das minorias judaica e bahá’í. Neste grupo havia muitos médicos, engenheiros, professores e cientistas. Mas na época do xá também houve fuga de oposicionistas. O atual chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, foi morar na Califórnia quando adolescente para escapar da ditadura Pahlavi.

De geração em geração, a comunidade de descendência iraniana nos EUA se tornou uma das minorias mais bem sucedidas do país. O fundador do site e-Bay é o bilionário Pierre Omidyar. O número dois da Google foi Omid Kordestani. Salar Kamangar comandou o site Youtube. A Nasa está cheia de iranianos e descendentes, entre os quais o jovem prodígio Babak Ferdowsi, que comandou à distância a aterrissagem do jipe-robô em Marte, há dois anos. O economista Nouriel Roubini, famoso por ter antecipado a crise americana de 2008, é filho de judeus iranianos e fala farsi. A superestrela da CNN Christiane Amanpour é cidadã iraniana. O pai do ex-tenista André Agassi era boxeador da seleção olímpica iraniana. Os DJs da dupla Deep Dish são nascidos no Irã. O genro do secretário de Estado, John Kerry, é um respeitadíssimo neurocirurgião iraniano.

Na Europa, iranianos estão presentes nas melhores universidades, incluindo escolas politécnicas. Há muitas famílias do Irã morando nos distritos 15 e 16 de Paris, entre os mais caros da capital francesa. O estereótipo do iraniano parisiense é uma pessoa refinada e erudita. Na Alemanha, iranianos desfrutam de uma imagem melhor que a de turcos e árabes. Suécia, Holanda e Reino Unido também têm comunidades iranianas.

É raro ver imigrantes da república islâmica exercendo trabalho braçal. Casos como o dos dois rapazes que, numa aparente tentativa de migrar ilegalmente para a Europa usando passaporte falso, estavam a bordo do avião da Malaysia Airlines desaparecido não refletem o perfil dominante dos imigrantes iranianos.

Casamentos e laços sociais tendem a priorizar a comunidade, mas isso não impede iranianos de se adaptarem plenamente aos modos dos países onde se instalam. Se enturmam, trabalham e namoram locais com facilidade. Mesmos os mais religiosos tendem a viver sua fé de forma pacata, sem afã de sair por aí querendo converter todo mundo.

A diáspora reflete a diversidade étnico e religiosa do Irã. Há imigrantes persas, mas também curdos e turco-azeris. Muçulmanos são majoritários, mas Israel tem ao menos 135 mil cidadãos judeus de origem iraniana. Entre eles estão o ex-ministro da Defesa Shaul Mofaz e o ex-presidente Moshe Katzav, que trocou palavras em farsi com o então colega iraniano Mohammad Khatami durante o velório do papa João Paulo 2º, em 2005. O Brasil tem uma comunidade bahá’í ativa e altiva.

Apesar da quantidade significativa de iranianos que nunca mais voltaram após a revolução de 1979, a maior parte da diáspora mantem vínculos e visita o país. Voos em direção ao Irã vivem cheios de famílias com dupla cidadania.

Autoridades iranianas vêm tentando há anos atrair de volta os expatriados. A resposta foi modesta, mas é comum esbarrar em Teerã com iranianos que, após anos e até décadas no Ocidente, retornaram ao país para montar negócios.

About Samy Adghirni

Samy Adghirni, 34, é correspondente da Folha no Irã. Está no jornal desde o fim de 2007. Cobriu as revoltas árabes no Egito, na Tunísia, na Líbia e na Síria e fez reportagens no Iraque, Iêmen, Síria, Cisjordânia, faixa de Gaza, Turquia, Marrocos, República Dominicana, Equador, Argentina, EUA, Suécia, Bélgica e Finlândia, entre outros países. Formou-se em Jornalismo pela Universidade Stendhal de Grenoble (França) em 2001 e trabalhou em Paris para as rádios BFM e Radio France Internationale. Em Brasília, foi setorista de Itamaraty e colunista musical pelo "Correio Braziliense" e colaborador da agência France Presse.
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Comentários

  1. Mormai comentou em 17/04/14 at 22:30

    Mais um excelente trabalho.
    Esta negociação com o ocidente poderá fortalecer as mudanças do regime, ou tudo continuará como está?
    É possível que setores do regime executem ações com energia nuclear sem conhecimento do presidente?
    Pelo que você vê das ruas, uma assembleia constituinte eleita livremente, sem censura do conselho de guardiões, inclusive com a participação dos moradores do estrangeiro, o que faria?
    Iria manter o regime atual, faria um plesbisicto sobre o futuro, dando oportunidade da população escolher o regime atual, volta a monarquia, ou uma república democrática.
    Ou esta assembleia iria diretamente para uma república democrática liberal, nos moldes ocidentais?
    Vamos supor que as deliberações desta assembleia exigem dois terços de aprovação.

    • Samy Adghirni comentou em 18/04/14 at 3:23

      Mormai, o Estado teocrático está firmemente implantado, e não vejo vontade popular em mudá-lo – seja por Constituinte seja por nova revolução. Como já mencionei neste espaço, regime e sociedade aprenderam a lidar um com o outro. De todo modo, mesmo que as pessoas tenham oportunidade de palpitar sobre o sistema de governo, quase ninguém optaria pelo retorno à monarquia. Um acordo nuclear com as potências fortaleceria o regime, sem dúvida.

      • Mormai comentou em 21/04/14 at 11:48

        Samy, como já disse, sou um curioso pela Revolução Islâmica. Até mesmo por temer algo similar.
        Li muitas notícias da época, as disponíveis na internete.
        A conclusão a que chego: foi um movimento muito forte, não não majoritário na sociedade iraniana.
        Se uns dez por cento da população de um país vai às ruas para protestar, causa um abalo.
        Caso o país seja pacífico, como era o Irã, a surpresa será grande.
        Agora, se forem às ruas com disposição de morrer, sendo militantes fanáticos suicidas, daí fazem uma revolução.
        Khomeini, que vivia em Paris há um ano, exilado do Irã há doze anos, disse em entrevista na época que “TODOS IREMOS MORRER. ENTÃO, QUE MORRAMOS POR UMA CAUSA”, referindo-se aos mais de cinco mi mortos nos confrontos com o exército na época.
        Khomeni não rejeitava a democracia como uma ideia ocidental.
        Chegou para tomar o poder, e ditar as regras de postura do povo.
        NÃO VEIO PARA OUVIR O POVO.
        O poder foi assaltado.
        Os islâmicos chegaram ao poder no caminho da ética do exercito da monarquia em não mais querer confrontos.
        MAS ELES NÃO TIVERAM QUALQUER ÉTICA EM MASSACRAR OS SETORES DIVERGENTES PARA MANTER-SE NO PODER.
        Um exemplo é o Partido Comunista, algo pequeno no Irã na época.
        Mas fizeram ‘muito barulho’ e ajudaram a derrubar o Xá.
        Depois foram efetivamente massacrados.
        Tanto que não há pluripartidarismo no Irã.
        Khomenini passou o final dos anos sessenta e toda a década de setenta longe do Irã, quando ocorreram muitas transformações na sociedade.
        Ela já era estranho àquilo tudo.
        Somente não era estranho aos seus simpatizantes.
        Pessoas com idade até uns 25 anos, na época da Revolução Islâmica, em 1979, não tinham lembrança de Khomeini vivendo no Irã.
        Ele não amava seu país ou todo os iranianos.
        Amava seus fiéis e suas ideias.
        Uma demonstração disto foi primeira eleição presidencial, em 1980.
        Bani Sadr, que não era o candidato dos religiosos, teve uma vitória esmagadora nas urnas.
        QUAL A CONCLUSÃO: KHOMEINI NÃO ERA MAJORITÁRIO.
        Temido, com certeza, mas amado?
        Tanto que ele disse “se 35 milhões dizem sim, eu posso dizer que não.”
        A pergunta que faço é:
        “SE TODO O POVO FOSSE ÁS URNAS LIVREMENTE, O REGIME PERMANECERIA, OU SERIA IMPLANTADA UM ESTADO LAICO DEMOCRÁTICO, COMO NO OCIDENTE?”
        Sei que você não é vidente Samy, mas a consideração é feita para o debate.
        Ao que vi, os iranianos ainda não se mostraram quem são nas urnas.
        Nunca tiveram uma Constituição que efetivamente refletisse a população.
        Tudo foi imposto.
        Não fica no ar uma sensação de serem um povo exilado em se próprio país?

        • Samy Adghirni comentou em 21/04/14 at 12:49

          Mormai, como eu já destaquei, a situação do Irã é mais complexa do que parece. Além disso, o mundo não se divide entre ditaduras de um lado e “Estados laicos democrácticos” do outro. O Irã não é a França. Iranianos não são franceses. É justamente isso que o xá nunca entendeu.

  2. Heráclito comentou em 17/04/14 at 22:08

    Samy, se esta diáspora iraniana é tão qualificada, sendo ele fugitiva da revolução, então é filha do regime anterior.
    Isto quer dizer que as coisas antes não eram tão ruins?
    Por que você não faz uma matéria sobre o Irã, com o tópico “Ante e depois de 1979”.
    Ouvindo pessoas que viveram as duas épocas, ou buscando outras formas de comparações.
    Em um texto pequeno, a qualidade será conseguir selecionar os pontos principais a serem expostos.
    Outra sugestão é uma matéria sobre a Revolução: como começou, como ocorreu, onde chegou.
    Por pessoas que a vivenciaram: os que queriam, os que não queriam, os decepcionados, os satisfeitos, os que se surpreenderam, etc.

    • Samy Adghirni comentou em 18/04/14 at 3:30

      Heráclito, a coisa é mais complexa. Como eu disse no texto, a diáspora é muito anterior à revolução. E o movimento continua até hoje. Na verdade, o cenário vai na contramão do que você sugere. O ensino, o desenvolvimento tecnológico e a alfabetização hoje são muito mais avançados do que na época do xá. A revolução é uma fonte inesgotável de discussão, e é muito difícil fazer comparações. Primeiro, porque a maior parte dos iranianos não viveu ou era jovem demais para se lembrar do que foi. Segundo, toda avaliação está atrelada a interesses pessoais. Uns ganharam, outros perderam.
      Caso esteja interessado em aprofundar seu conhecimento a respeito, recomendo a leitura de dois excelentes livros lançados há pouco. “Days of God: The Revolution in Iran and Its Consequences. By James Buchan. Simon and Schuster, 2013”; “Revolutionary Iran. By Michael Axworthy. Oxford University Press, 2013”.

      • Safira Rosa comentou em 19/04/14 at 0:43

        Esta situação divulgada no Brasil tem reflexos no Irã?

        http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/04/1442533-artistas-iranianos-se-mobilizam-para-salva-mulher-condenada-a-forca.shtml

        • Samy Adghirni comentou em 20/04/14 at 9:54

          Safira, o assunto está tendo destaque na mídia iraniana, sim.

  3. Mohsen comentou em 17/04/14 at 9:18

    Bom dia Samy… amei ter noticias dos meus compatriotas… sou iraniano e moro aqui no Brasil há 27 anos… fico feliz alguém mostrar para o mundo que o Irã não é apenas este pais fanático que é apresentado pelos jornais. precisar de qualquer coisa, estou a disposição
    Abraço

  4. Rafael Cesar comentou em 15/04/14 at 19:06

    quem costuma fazer da sua fé motivo pra converter todo mundo são os cristãos. é fundamento da religião, aliás. acho que sequer há esse imaginário sobre o muçulmano (embora haja o do fervor, decerto).

  5. Junior comentou em 15/04/14 at 18:57

    Boa tarde Samy!
    Já vi notícias sobre a comunidade iraniana nos EUA, em Los Angeles, e sempre fui curioso.
    Vendo sua matéria, busquei TEHRANGELES e encontrei esta postagem, com texto e fotos.
    Usando o tradutor google.
    Se permitir colaborar, achei muito interessante.
    O que fazem aí neste período de Páscoa no Brasil?

    http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://brownbook.me/welcome-to-tehrangeles/&prev=/search%3Fq%3DTehrangeles%26client%3Dfirefox-a%26hs%3DZhC%26sa%3DX%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26biw%3D1600%26bih%3D796

    • Samy Adghirni comentou em 16/04/14 at 3:10

      Interessante, Junior, o link merece mesmo uma conferida. Obrigado pela colaboração. A Páscoa não consta no calendário islâmico e, portanto, só é festejada pela minoria cristã. Somente o Natal é comemorado aqui, não pela dimensão religiosa, mas pela alegria de dar e receber presentes. Muitos comércios montam árvores de Natal e contratam papai noel.

  6. Gil comentou em 15/04/14 at 18:51

    “Tiozinho”? “Senhor… …em seus 50 e muitos anos…”??? Cara, 50 é o meio da curva! Bebê. 😀

    Pra não ficar só na brincadeira, quantos anos em média vive um iraniano atualmente? No Irã, decerto. Há controle de natalidade?

    • Samy Adghirni comentou em 16/04/14 at 3:17

      Gil, a expectativa de vida no Irã é de 73 anos. O controle de natalidade foi tão forte a partir dos anos 1990 que o Irã passou à estratégia inversa e agora incentiva famílias a ter mais filhos. Escrevi a respeito em 2012.
      http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/58834-ira-reve-sua-politica-de-natalidade-e-pede-que-casais-tenham-mais-filhos.shtml

  7. sandro gomide comentou em 15/04/14 at 18:37

    Os djs Dip Dish sao muito famosos?

    • Samy Adghirni comentou em 16/04/14 at 2:57

      Sim, a dupla Ali Dubfire e Sharam é bastante conhecida no circuito da música eletrônica.

  8. Abderrahman Belhaddad comentou em 15/04/14 at 17:57

    Quando um árabe demonstre ser de fácil integração num pais ocidental que o acolheu e quando exerce um papel importante neste país, todos (inclusive o país da diáspora) vinculam este árabe ao país europeu onde ele vive e atribuem seu sucesso a este país, e em algumas vezes vinculam-no, disfarçadamente, a seu país de origem (Marrocos, Argélia, Tunísia, Síria, Líbano…) sem levar em consideração que ele é árabe de algum modo ou em todos os modos. Em contrapartida, quando um nacional de um destes países árabes comete crime (que são cometidos por indivíduos de todas as nacionalidades do mundo) este árabe é vinculado, discriminadamente, a sua raça, a sua cultura e a sua origem. Dependendo do ângulo que usamos, podemos tirar conclusões que procuramos encontrar, antes mesmo de começar a nossa pesquisa. A gente aprende com tuas excelentes coberturas, meu amigo Samy, muita coisa, mas quero registrar que há uma posição iraniana majoritária enganadora e de ódio contra árabes por motivos históricos, entre eles o fato de a língua persa não conseguiu, ainda, livrar-se da caligrafia e do vocabulário árabes (algo que acho normal e que é uma realidade de todas as línguas, mas que a maioria de iranianos não consegue admitir ou aceitar isso, preferindo identificar-se, em quase todos os aspectos, com os povos hindu-europeus).
    Por outro lado, acho que as potencias, obviamente, nunca tiveram interesse de estragar a imagem do povo iraniano, como o fizeram contra seu regime com a intenção de levar o povo iraniano da diáspora e do Irão a derrubar o regime iraniano. Sendo assim, torna-se fácil entender a razão por trás desta campanha Americano-europeia contra os árabes. O Brasil, como todos nos sabemos, é exemplo da boa integração e colaboração de árabes… Resta apenas dizer que os países ocidentais, tendo o objetivo acima citado e, também, por outras razoes, facilitam a integração de iranianos se comparados com os árabes, ate os nascidos destes últimos num país europeu. Obrigado, Samy. por possibilitar a leitura de tuas boas coberturas.

  9. Iradj Eghrari comentou em 15/04/14 at 17:45

    Excelente artigo Sami! como filho de iranianos que para o Brasil imigraram na década de 1950, mas nascido no Brasil, me sinto bem contemplado por tudo o que vc relata! Tashakor mikonam !

  10. estevao comentou em 15/04/14 at 16:54

    É isso aí, uma moeda sempre tem duas faces. O Pahlavi, com a sua Savak, “capacitada” pelo FBI, prendia,torturava e matava, porém com o aval de EUA, Reino Unido e outros bichos.A 1ª ministra alemã, dias atrás, triturou o Irã,mas ao saber q estava sendo espionada pelo EUA, ficou feliz e foi tomar coca-cola. Gente boa, vamos puxar o freio de mão da hipocrisía ?

  11. Carlos Bulhões comentou em 15/04/14 at 16:46

    Artigo interessante

  12. Pedro de Castro comentou em 15/04/14 at 16:36

    Prezado Samy: Peguei um taxi em Washington em setembro de 2011. O motorista era iraniano e o carro estava todo decorado com motivos persas. Ele falava ao celular e demonstrava ódio aos EEUU. Pensei em perguntar por que ele não voltava para sua terra, mas me contive.

    • Rafael comentou em 15/04/14 at 21:11

      “E.E.U.U”?
      Você é cubano, por acaso?
      Escreva “EUA”!Ou tens vergonha do português?

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