O vídeo-bomba da Guarda Revolucionária na Síria
18/09/13 19:15O vídeo abaixo prova o que todos já sabiam: a Guarda Revolucionária do Irã, força máxima da república islâmica, tem militares em solo sírio para ajudar forças leais a Bashar Al Assad.
As imagens, que vazaram há cerca de dez dias, mostram o dia a dia de uma unidade da guarda iraniana nos arredores de Aleppo, noroeste da Síria. O vídeo, legendado em inglês, parece ter sido filmado para fins de documentário ou para consumo interno do regime de Teerã. Mas o cinegrafista, também iraniano, morreu num ataque dos rebeldes, que capturaram a gravação e a transmitiram a um jornalista da TV holandesa. Os sites iranianos Mashregh News e Raja News confirmaram a veracidade da gravação. Alguns veículos estatais lamentaram o vazamento.
O material é um verdadeiro tesouro para qualquer pessoa interessada no conflito pois mostra aspectos da guerra até agora pouco documentados, como a interação às vezes descompassada entre instrutores iranianos e forças sírias, a tranquilidade da guarda em área de conflito e o humor jocoso dos comandantes persas em relação aos árabes.
O personagem central foi identificado pela mídia iraniana como Haj Ismail Heydari, um comandante da Guarda Revolucionária que morreu pouco depois da filmagem e cujo funeral foi acompanhado por membros do regime em Teerã (http://www.mashreghnews.ir/fa/news/243271/تصاویرتشیع-پیکر-شهید-اسماعیل-حیدری).
Em depoimento à câmera, fica clara sua missão de orientar e supervisionar uma milícia local pró-Assad. Heydari se queixa da brutalidade com que comandantes sírios tratam soldados rasos e afirma que a escola militar iraniana vai na contramão disso ao privilegiar o respeito para com os subordinados, não a força. Heydari também critica forças de Assad por não ser gentis com os moradores da área.
A dimensão sectária do conflito é confirmada quando o comandante afirma sem rodeios que está ali para defender o “bem” (os xiitas Assad, Hizbullah e Irã, com a benção do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, considerado representante de Deus na terra pelo xiismo iraniano) contra o “mal” (países ocidentais, Israel e monarquias do golfo Pérsico, que Heydari chama de “infiéis” por ser sunitas).
Apesar da aliança vital, os militares iranianos têm dificuldade de comunicação com os sírios. Primeiro, por causa da língua. Iranianos, cujo idioma é o farsi, se esforçam para falar árabe, mas a conversa parece sair truncada, conforme o que resta do meu árabe.
Os militares iranianos às vezes agem com condescendência e desprezo com os sírios. Ao dirigir uma picape por um vilarejo, Heydari mostra moradores caminhando por uma rua e explica ao cinegrafista que a retirada dos rebeldes do setor permitiu à população voltar ao local. “Não havia mais nenhum ser humano por aqui”, diz o comandante, imediatamente interrompido por um colega iraniano. “Continua não havendo humanos, são apenas árabes”.
O comentário em holandês tem algumas forçações de barra e imprecisões, como quando o narrador insinua que a unidade da guarda poderá ser castigada em Teerã por cantar música pop. Besteira. Música pop há muitos anos deixou de ser motivo de problema para o regime.
O vídeo termina com cenas da vida doméstica dos homens da Guarda Revolucionária. Aparecem cozinhando, lavando louça e dando gargalhadas na escola que lhes serve de base.
Questionada sobre o vídeo durante sua coletiva semanal, a porta-voz da chancelaria, Marzieh Afgham, disse que o “Irã não tem nenhuma presença militar oficial na Síria”. Um jornalista iraniano quis saber se isso significa que Teerã tem presença “não oficial”. Afgham não respondeu.
Mohammad Ali Jaafari, chefe máximo da Guarda Revolucionária, já admitiu que seus homens estão na Síria como “assessores”, mas não em “missão militar.”
Aqui, mais imagens dos iranianos na Síria, incluindo em cenas de combate contra rebeldes.
http://www.youtube.com/watch?v=TIbIYtIiS4Y&list=PLPC0Udeof3T4sIyyP9pqhkVP1P4PswlmO
Sr Samy,
Sinceramente é comovente sua forma de lidar com tantos desafios e demonstrar tanta dedicação a um publico, que tanto te absorve em suas sabatinas que são segundinas..enfim, somos todos nós, egocentristas e esquecemos que vc não decide as coisas.
Imagine se ai tivesse os i(e)mbargos infringentes? Explica aí para os iranianos porque e o que significa.
Valeu pessoal?
Olá Samy, sou um leitor assíduo de suas matérias para a folha e do blog. Gostaria de perguntar-lhe as razões da antipatia muito conhecida que o aiatolá Ali Khamenei tinha pelo ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad. No âmbito da vida pública iraniana esse ex-presidente não foi bastante conservador?
Matheus, Ahmadinejad, com seu estilo simples e devoto, já foi queridinho do líder supremo e do establisment militar e de inteligência. Mas isso foi até 2010, quando Ahmadinejad iniciou uma era contestação à autoridade de Khamenei, inclusive acerca da escolha de altos cargos no governo. Outro atrito foi provocado pela ojeriza de Khamenei pelo braço direito e confidente íntimo de Ahmadinejad, Esfandiar Rahim Mashaee, um nacionalista persa que preferia a identidade do Irã milenar à herança islâmica, vista como imposição dos inimigos árabes. Aos poucos, Ahmadinejad e Mashaee se tornaram cada vez mais liberais (ao menos, na retórica), promovendo direitos para mulheres e maiores liberdades. O objetivo era enfraquecer os clérigos, envelhecidos e desconectados de boa parte da sociedade. A dupla também defendia negociações diretas com os EUA, enquanto Khamenei dizia não. Foi assim que Ahmadinejad caiu em desgraça, escapando por pouco de sofrer impeachment.
Muito obrigado pelos esclarecimentos, mesmo! Outra dúvida me acomete sobre o Irã: o programa nuclear. Já li em vários lugares que ele é visto com desconfiança pela população em geral; no entanto neste vídeo (http://globotv.globo.com/globonews/entre-aspas/t/todos-os-videos/v/convidados-debatem-espionagem-e-desafios-diplomaticos-no-governo-obama/2846064/), um professor da FGV afirma que ele é encarado como um projeto de desenvolvimento tecnológico e orgulho nacional. Qual versão se aproxima mais da opinião da maioria? Novamente grato.
Não tenha dúvidas de que a maioria dos iranianos apoia o programa nuclear, não para fazer a bomba, mas como símbolo da tecnologia e soberania nacional. Iranianos, mesmos os mais ferozes oposicionistas, são muito nacionalistas, e enxergam como uma injustiça o fato de haver tanta pressão ocidental sobre o Irã, que não tem a bomba, e vista grossa para Israel, Índia e Paquistão. Dito isso, é claro que muita gente também é contra, não tanto pelo programa nuclear em si, mas pelo custo diplomático e econômico que gerou.
Samy, é verdade que os terroristas sírios sequestraram sacerdores cristãos na Síria e comeram os corações de seus adversários? Se isso for verdade, é melhor mesmo ficar com Bashar Al Asad. Li também que negros na Líbia têm sido mortos pelos grupos tribais que tomaram o poder. Essas “primaveras árabes” foram muito ruins para os cristãos e para o povo em geral.
José Henrique, há imagens, autenticadas por jornalistas, que mostram rebeldes sírios comendo o coração de inimigos. Não sei se as vítimas eram sacerdotes cristãos. Comprovado é o sequestro e morte de um dos principais sacerdotes de Damasco no ano passado. Aparentemente, ele foi degolado. Já negros na Líbia são amplamente vistos como simpatizantes de Gaddafi que, de fato, tinha políticas generosas com africanos subsaarianos e, por isso, não teve dificuldade em conseguir muitos cidadãos de Níger, Chade e outros países para combater ao seu lado durante a guerra. Por isso até hoje muitos líbios acham que ser negro significa apoiar Gaddafi, o que é uma grande bobagem, evidentemente. Dito isso, acho cedo para cravar um balanço negativo das revoltas. A França viveu um século de caos e violência após a revolução de 1789. Depois disso, virou potência global.
Samy, muito obrigado pelos esclarecimentos. Pelo visto, Bashar Al Assad é a opção menos ruim para os sírios. Li também que ele é popular até entre os sunitas, porque os rebeldes seriam mercenários fundamentalistas e ligados à Al Qaeda!!!
Cometarios preconceituosos de iranianos em relação a arabes, na minha opinião tem a ver com o dominio arabe sobre o planalto iraniano e por conseguinte a influência que exerceu sobre o Irã ao longo do tempo , O Irã perdeu parte da identidade e incorporou a religião e o alfabeto dos arabes considerados inferiores por eles . A bem verdade é que mesmo os arabes não tendo um grande civilização antes do islã , a força desse povo o levou a submeter diversos povos , incluindo a grande civilização iraniana que foi facilmente subjugada, daí o rancor do povo iraniano em relação aos arabes.
Vídeo-bomba??????
Vídeo-bomba são aqueles que os terroristas patrocinados pelo USA<DA divulgam por aí fazendo todo tipo de barbárie.
Espero que pululem muitos outros vídeos como esse mostrando o apoio militar não somente do Irã mas de todos os países contrário a presença de mercenários oriundos de grande parte do planeta.Nada mais justo.
Provavelmente – quando xiitas, sunitas, alauitas, salafitas, irmandades muçulmanas etc, todas baseadas no islamismo, tiverem exaurido seus ódios – eles começarão a construir uma paz no Oriente Médio (OM). A Comunidade Econômica Europeia existe porque os países que costumavam inventar uma guerra a cada geração perceberam que a sobrevivência da espécie começava a ser ameaçada pelos ódios recíprocos desenvolvidos entre os países beligerantes e que o sofrimento causado pelas guerras era grande demais. Alias, a seguinte frase famosa é atribuida a Einstein, quando lher perguntaram como seria a próxima guerra mundial. Ele respondeu: “eu não sei como será a terceira guera mundial, mas sei como será a quarta: será com paus e pedras”. Ou seja, os países do OM tem que passar por uma sequência de guerras que culminariam com guerras genelalizadas que seriam chamadas de “primeira guerra do OM”, “segunda guerra do OM”, etc, para se convencer que não é mais possível fazer guerras porque a destruição e o sofrimento causado por cada uma são grandes demais. Nessas guerras generalizadas, países como Iran e Arábia Saúdita sofreriam também as consequencias de sua participação. Por enquanto, continuaremos a presenciar as barbaridades que as facções em guerra proporcionam para a gente.
Prezado Samy, sou um leitor assíduo do seu blog. Os seus artigos permitem-me tomar contacto com uma realidade diferente da que a mídia internacional “intoxoca-nos” todos os dias, isso obviamente em relação ao Irã. Sem querer fazer “futurologias”, tenho uma questão que me intriga: Caso os rebeldes tomem o poder as minorias religosas/ étnicas (Cristãos, Xiitas Alauitas, etc) gozarão das mesma liberdade e respeito que agora possuem? Corre-se o risco de vermos implementada a sharia numa nova Síria?
Dilson, o regime de Assad se baseou na predominância das minorias. Bashar, ele mesmo da pequena seita alauíta, aliou-se a cristãos, xiitas e drusos, minoria diante de um país predominantemente sunita. É inegável que a Síria era, até antes da guerra, o lugar mais acolhedor para cristãos no Oriente Médio. O regime sírio não somente garantia plena liberdade religiosa, como também permitia uma sociedade aberta e liberal. Rebeldes são hoje dominados por forças jihadistas ultraviolentas, que não somente detestam não muçulmanos como também podem se vingar do apoio dos cristãos a Assad caso o regime caia. Sim, Assad protege as minorias, mas ele também as manipula. E não se esqueça de que, se houve uma imensa revolta popular contra ele, é porque muita gente estava insatisfeita com seu regime ditatorial e corrupto.
Caro Samy,que tão bem nos enriquece com informações sobre o Irã mas com relação a Síria peca assim como outros blogueiros da folha e estadão em diferentes graus.
Vejo uma série de incongruências em suas observações:
1-” Assad protege as minorias, mas ele também as manipula”????Como assim???
Sabe quem está protegendo a minoria na Síria contra a barbárie?Os sunitas.
-70% do exército sírio é sunita.
-Grande parte do governo e ministério sírio são sunitas e formado inclusive por opositores políticos.
-A autoridade de maior confiança de Bashar é sunita.
Em suma,se vc for a Síria e perguntar se eles são cristãos,alauítas,etc. eles te responderam:NÓS SOMOS SÌRIOS.
2- “houve uma imensa revolta popular contra ele, é porque muita gente estava insatisfeita com seu regime ditatorial e corrupto.”Mais uma vez,como assim imensa revolta popular???
Repito o que já disse em um outro post,houve manifestações legítimas que foram prontamente atendidas pelo governo sem violência até que a insatisfação dos poderes que querem só destruir o governo por não terem conseguido a tal revolução(sic) acionaram grupos armados operando no subsolo das manifestações públicas sem interesse em qualquer tipo de reforma e começaram a atirar em civis e policiais a fim de culpar o governo.Depois disso que o conflito começou.
Mas,pra não deixar passar em branco concordo 100% com a corrupção(que não é diferente de nenhum lugar do mundo) e que tem sido combatida duramente pelo governo.Pois que, autoridades e analistas sírios reconhecem que a única maneira de terem construido depósitos enormes de armas embaixo de hotéis erguidos com dinheiro do golfo antes do conflito só por meio de corrupção.Acho que isso explica um pouco toda a história.
A quem interessar conhecer um pouco mais do LIBERAL,PROGRESSISTA e DEMOCRÁTICO presidente Bashar(sei que soará estranho para aqueles acostumados com as retóricas que falam por aí) recomendo a longa entrevista dada recentemente pra Fox News em:
http://sana.sy/eng/21/2013/09/19/503275.htm
My best regards
Moisés, já estive na Síria, a última vez há apenas alguns meses. Cobri o conflito dos dois lados. Assad protege as minorias, mas os sunitas tendem a detestá-lo. O Exército tem maioria de sunitas por falta de opção. Precisa de gente e o que mais tem são sunitas. Mas eu mesmo pude comprovar que soldados sunitas são carne de canhão, ficam expostos em check points e não têm missões de alta responsabilidade. O comando sírio não confia neles. A cúpula militar é alauita, drusa e cristã. Há exceções, como um punhado de sunitas milionários próximos de Assad. Mas a maioria dos sunitas têm pavor do regime. E se todos respondem “somos sírios” quando perguntas sobre sua filiação étnico-religiosa, é por puro pavor dos serviços de segurança, entre os mais cruéis que já vi. Eu mesmo já vi como pessoas mudam de resposta em função da proximidade ou não de algum policial ou informante. Informe-se sobre o que fazem milícias Shabiha pró-Assad (sim, os jihadistas são tão sanguinários quanto). E por mais que hoje seja válida a questão moral de manter Assad ou não no poder, diante da barbárie cometida por facções rebeldes, é inegável que os protestos começaram de forma pacífica, no rastro das revoltas populares contra regimes árabes corruptos, violentos e incompetentes. O que inspirou tunisianos ou iemenitas a se levantarem é muito semelhante ao que despertou a revolta síria: insatisfação e frustração profunda. Dito isso, revoluções só são bem sucedidas quando conseguem respaldo generalizado. Assad se mantem no poder no poder não somente graças ao apoio russo e iraniano, mas também pelo fato de ainda ter apoio de vários segmentos no país.
Samy,os sunitas da irmandade muçulmana(sendo a minoria da população) que foram usados como bucha de canhão neste conflito eles não somente tendem como detestam Bashar não pelo que dizem dele mas sim por ser um opositor implacável a instalação de um governo religioso infestado de conceitos radicais e retrógrado(vide Egito)e mesmo reconhecendo certas arbitrariedades cometidas pela Shabiha(que foi muito pior no tempo do pai) surgiu no sentido de coibir atentados e golpes contra o povo e o Estado laico que foram tentados em várias ocasiões pela IM principalmente contra a vida do pai do Bashar.
Imputar o orgulho do cidadão sírio em assumir-se como tal pelo medo,vai me desculpar, mas é negar as conquistas inegáveis sociais e de cidadania do povo ao longo de quase 50 anos de laicidade da Síria, é corroborar com as retóricas de Estado primitivo,sectário e tribal dos tempos Otomano como gostam de falar os opositores desavisados.Sendo assim,o governo laico mais do que protegeu,acabou inserindo a minoria no tecido social de uma identidade única síria.Um exemplo de testemunho dentre muitos que eu poderia citar desta guerra e de antes também: Um grupo da IM invadiram igrejas cristãs em uma cidade próxima a damasco vandalizando-as e a população sunita da cidade foi em socorro expulsando-os de lá.
Por ter uma ligação direta com a Síria digo com convicção de que se as reivindicações ficassem apenas no campo legítimo da democracia o assunto teria sido encerrado logo.Sendo assim,sem a consideração de uma conspiração sim(sem teoria) exposto acima fica impossível o entendimento de fato do que ocorre na Síria.
Apesar de haver muito o que fazer a Síria vinha num processo de modernização e democratização que é um dos pontos que fazem o governo e as suas instituições continuarem tendo amplo apoio(como vc mesmo mencionou) e arrisco a dizer até mais do que antes da guerra,da sociedade síria mesmo com o país destroçado.Não faz sentido um governo se sustentar por tanto tempo sendo o demônio que pintam dele pois teria caído no primeiro mês ou o povo pedido intervenção externa que é tudo que não querem.
A leitura mais precisa que conheço sobre a origem do conflito se encontra em http://www.newyorker.com/reporting/2007/03/05/070305fa_fact_hersh do jornalista SEYMOUR M. HERSH
Me perdoe se fui prolixo mas pelo respeito que tenho pelo profissional que é e pelas divergências oportunas colocadas por vc me permiti ir um pouco além.Abs.
Samy, fugindo um pouquinho do tema do seu post, li na Folha que o governo iraniano mandou soltar alguns prisioneiros políticos. Me chamou a atenção que 2 destes tinham sido presos por serem acusados de terem se convertido ao cristianismo e a reportagem dizia que casos como estes podem levar à pena de morte. Essa informação procede?
Grande abraço
Fernando
Fernando, repare que eu mesmo escrevi a matéria da Folha. Lembre-se que sou antes de mais nada correspondente do jornal. O blog é uma atividade secundária. Sim, o crime de apostasia (abandonar o islã em favor de outra religião) é, em tese, passível de execução. Mas a pena nunca foi aplicada.
Obrigado Samy pela resposta. Só esclarecendo que a reportagem da Folha em questão não estava assinada. Imaginei que fosse você, mas não quis afirmar a autoria já que o texto não apresentava autor. Sim, antes de mais nada lembro, claro, que você é um jornalista da Folha. Aliás, foi através da Folha que tomei conhecimento do seu blog. Também sei que sua atividade principal é ser jornalista da Folha e que o Blog é uma atividade voluntária que você escreve quando quer e pode. Além de ler e assinar a Folha, eu leio o seu blog por que ali há mais espaço físico para escrever e colocar suas ideias numa linguagem mais direto com leitor, sem compromisso com temas estritamente políticos. Espero que o blog tenha vida longa!
Abraço
Fernando
Obrigado pela força, Fernando!
Independente de ser uma missão “oficial” ou não, que o Irã e Bashar Assad não esmoreçam na luta contra os rebeldes que iniciaram esta maldita guerra civil, financiados pela Al-Qaeda e a Arábia Saudita, a grande patrocinadora do fundamentalismo islâmico terrorista no mundo todo. Estes rebeldes são capazes de atrocidades muito piores que Assad, e planejam simplesmente transformar a Síria em um novo Afeganistão. É só ver na net as notícias das perseguições brutais que estes rebeldes estão empreendendo contra os cristãos sírios, procurando exterminar a fé cristã deste país, enquanto Assad sempre respeitou a Igreja Cristã na Síria.
Este vídeo é interessantíssimo, não só pelo que ele mostra explicitamente mas também pelo que ele mostra implicitamente, ou seja, a cara de pau das autoridades iranianas, que não conseguem dizer a verdade nunca.
A Mentira faz parte da realidade deles, seja ajudando o Ditador sírio, seja arrasando aom a oposição interna, seja atacando homossexuais ou mulheres.
Mais uma vez a máscara caiu.
Dá para acreditar em gente assim quanto à questão nuclear?
Só sendo muito, muito ,muito inocente!
OK, é verdade, mas acho que não dá para ser inocente com as palavras oficiais de nenhum Estado. Lembra que os EUA e o Reino Unido disseram que havia armas químicas para justificar a invasão do Iraque? Achar que só o Irã mente que é inocência…