Preconceito à iraniana
03/09/13 09:04O site do “Washington Post” repercutiu um tempo atrás um estudo apontando as populações supostamente mais e menos racistas no mundo (http://www.washingtonpost.com/blogs/worldviews/wp/2013/05/15/a-fascinating-map-of-the-worlds-most-and-least-racially-tolerant-countries/). A pesquisa foi feita por dois suecos em 80 países com base na seguinte pergunta: que tipo de gente você não gostaria de ter como vizinho? A quantidade de gente respondendo “pessoas de outra raça” determinava o índice médio de intolerância racial de cada país. O estudo está repleto de falhas e lacunas, o que causou ceticismo em meios científicos. Mesmo assim, não é totalmente desprovido de pertinência.
O primeiro país que fui checar no mapa é o Irã. Como eu imaginava, apresenta alto índice de racismo. A república islâmica não está no topo do ranking racista, liderado por Índia e Jordânia, mas no grupo logo abaixo, de lugares onde a pesquisa registrou entre 30% e 39,9% de entrevistados que não querem vizinhos de raça diferente.
O racismo no Irã às vezes é chocante de tão sincero. Me dei conta disso logo nos meus primeiros dias no país, quando uma moça desconhecida me abordou no meio da rua querendo bater papo ao ver que eu era gringo, prática muito comum por aqui. “Adoro conversar com estrangeiros, ainda mais com alguém como você, que não é negro”. Fiquei estarrecido. Tempos depois, o garçom de um restaurante cheio de pompa perguntou minha nacionalidade, num inglês meia boca. Ao ouvir a resposta, emendou: “há muitos negros no Brasil, não é? Sorte a sua ter nascido branco”.
Na mesma época, tentei ressuscitar meu árabe para puxar papo com um taxista, na esperança de que ele fosse um desses raros iranianos a entender o idioma (no Irã fala-se farsi). O sujeito enfureceu-se. “No arabic! No arabic!”, gritou, apontando para a porta do passageiro, como que ameaçando me mandar descer se eu dissesse mais uma palavra em árabe. “No arabic here”, repetiu. Meses depois, quando eu visitava as fabulosas ruínas de Persépolis, a capital dos reis persas da Antiguidade, tive que ouvir da guia turística a seguinte frase: “Olhe isso, veja como somos um povo grande e refinado, ao contrário dos árabes, que não têm cultura nem história”.
Para além do fervor nacionalista, há uma espécie de orgulho étnico na mentalidade iraniana. A palavra IRAN significa “terra dos arianos” [nobres] no antigo idioma sânscrito. Segundo alguns estudos, o berço histórico dos arianos é uma área situada a nordeste do território iraniano. Arianos, como se sabe, formavam o arquétipo da pureza racial que a diabólica cabeça de Adolf Hitler queria instaurar na Alemanha nazista. Para além das considerações étnicas, vejo uma tendência das civilizações mais antigas do mundo, como chineses e egípcios, além dos iranianos, em se acharem melhores que os outros.
A tese de que a xenofobia é alimentada, como na Europa, pelo medo de uma maciça população imigrante com biotipo, cultura e modos diferentes não se aplica ao Irã, onde existem poucos estrangeiros.
Praticamente não há negros. Os únicos que conheço são diplomatas estrangeiros. Árabes de Estados vizinhos também são raros. Quem mais sofre na pele o preconceito são os cerca de dois milhões de afegãos, metade ilegais, que saíram de seu país em busca de uma vida melhor e mais segura no desenvolvido e rico vizinho persa. Não bastasse o salário de miséria para exercer trabalhos braçais em construção e limpeza urbana, os afegãos vivem sob constante hostilidade. “Volta para o teu país”, é uma frase que ouvem com frequência. A eles se atribui a suposta alta de criminalidade em Teerã. Uma pessoa iraniana que trabalha para a imprensa estrangeira, esclarecida e de boa família, certa vez me disse, com a maior naturalidade: “afegãos são desonestos e estupradores”.
Tudo isso é ainda mais revoltante se comparado com o carinho com que a maioria dos iranianos trata estrangeiros brancos de países vistos como nobres _América do Norte, Europa ocidental, Austrália e alguns outros. Quase todos os gringos _com cara de gringo_ acham que a grande maioria da população do Irã é acolhedora e amigável. Arrisco dizer que os visitantes e expatriados mais bem acolhidos são os de países hostis ao governo iraniano. Americanos e franceses são tratados a pão de ló por onde passam. Já africanos relatam experiências sociais nada agradáveis. Eu, tupiniquim com pinta de Oriente Médio, fico num meio termo. Não sou destratado nem tenho direito aos mimos e privilégios reservados a estrangeiros de biotipo caucasiano.
Samy, achei extremamente interessante estas informações que você apresentou, além do seu blog que acompanho há muito tempo. Eu sou negro, de pele escura e vivo na Europa com meu namorado iraniano. Ele está aqui desde os 5 anos de idade, mas cresceu sempre ligado ao Irã, passando 3 meses ao ano no Sul do país, em Ahvaz.
Surpreendentemente, a família e amigos iranianos dele, todos, nunca nos criticaram ou disseram nada negativo sobre mim ou sobre a nossa relação. O núcleo familiar iraniano não-religioso (pelo menos estes que vivem na Europa) é muito parecido com o Brasil, com pequenas diferenças. Os iranianos são super tradicionais mas ao mesmo tempo são liberais, enquanto os brasileiros não são tradicionais, mas são muito conservadores. Eu praticamente moro na casa da família e temos nosso próprio quarto. A impressão que tenho dos iranianos é extremamente positiva. O senso de hospitalidade e respeito ao próximo é assustador e totalmente diferente do que a mídia expõe.
Em suma, ele quer muito que eu vá visitar o Irã e viajar pelo país inteiro com ele ainda este ano. Eu gostaria de saber se há alguma informação ou cuidados extras que você poderia me informar, exceto os mais óbvios, claro, mas há algo que eu deveria ser cuidadoso e que seja incomum de se imaginar? Já viajei para vários países do mundo e racismo não é incomum, mas há algo extra a ser cuidadoso ao viajar ao Irã?
Fiquei surpreso com o seu relato, até porque os iranianos que conheci me disseram que não há este tipo de racismo (contra negros) no país. Essa sua percepção foi sentida sobretudo em Teerã ou você acredita que seja espalhada por todo o país?
Iago, repare que meu relato traz situações de um preconceito desprovido de violência ou hostilidade. Não há militância nem racismo organizado. Além disso, o texto cita alguns casos e menciona algumas tendências ocasionais, corroboradas pelo estudo do “Washington Post” que menciono (com link). Mas em hipótese alguma eu disse que o racismo era a norma.
Acho que a coisa resulta em grande parte da ignorância. Mas não se preocupe, os iranianos não somente são nada agressivos como também são extremamente acolhedores e gentis. O que pode acontecer durante sua visita é algo semelhante ao que vivi com um casal de amigos negros brasileiros no ano passado. Ao visitarmos um monumento em Teerã, o casal se tornou centro das atenções. Crianças seguiam o casal, curiosos por nunca ter visto negros. Os pais olhavam de longe, rindo, meio sem jeito. E foi só isso.
Não me surpreende que os iranianos na sua volta estranhem essa percepção, mas os que viajam geralmente são pessoas instruídas e de classe média (que se adaptam bem no Ocidente). Esse preconceito me parece mais comum em meios menos esclarecidos. Venha despreocupado.
Samy,
Acho que seu blog é além de qualificadissimo, fundamental nesse momento.
Porque suas postagens demoram tanto?. Seria esse problema relacionado a politica editorial do jornal?
Lamento
Izabel, a prioridade eh escrever para a versao impressa da Folha, sou antes de mais nada correspondente do jornal, e o blog eh uma atividade secundaria. O jornal nao interfere no teor dos textos que escrevo. Tenho total liberdade para escrever. Perdao pela falta de acentos.
Samy, como tem o povo e o governo iraniano reagido à possível intervenção ocidental na Síria?
Aos comentaristas que insistem em discordar do Samy, ele tem razão no que descreve aqui.
Não da pra comparar o racismo no Brasil com a versão iraniana. Quem não conhece a cultura de intolerância vigente nem entende como os iranianos se relacionam entre si deveria estudar um pouco mais ou viver lá antes de se manifestar. O Brasil tem seus problemas mas é um Paraiso comparado com o pais persa nesse sentido.
Samy, Nota 10 pelo seu artigo. Só assim mesmo se consegue conhecer o que é realmente o povo iraniano em relação a estrangeiros.
Preconceitos existem em todos os paises, mas esse tipo que vc relatou para mim foi uma supresa.
Sei que muita gente – até mesmo da imprensa – inclui o Iran como país árabe. Isso é um grande erro e com razão os persas não aceitam esse rótulo.
Estou curioso como o Iran vai se posicionar frente a um iminente ataque dos pretensos “donos do mundo” à Siria.
Senti uma certa decepção ao ver que os iranianos são assim tão racistas. Samy, sempre que um iraniano discriminar um árabe diga-lhe que Maomé é de Meca, árabe-saudita, portanto… Pelo que vejo está faltando aulas de genética nas escolas iranianas… a ideia de que existem diferentes raças humanas é um conceito morto e enterrado pela ciência há pelo 50 anos.
Grande abraço nordestino
Samir, eu sou negro no Irã?
Que tipo de tratamento reservam a ti?
Há algum diferencial por ser jornalista e correspondente internacional?
Como os iranianos enxergam as mulheres estrangeiras?
Belo relato, aliás.
Salve, Freddy. Sim, no Irã você é negro.
Já eu, como explico no fim do texto, sou bem tratado por ser estrangeiro (mais para branco), mas não tenho direito aos mimos de americanos e europeus. Mulheres estrangeiras tendem a ser mais protegidas deste preconceito.
Oi Sammy,
Parabéns pelo trabalho no blog e no jornal. Sigo regularmente o blog. É muito bom poder conhecer os sentimentos e pensamentos de povos tão distantes e aprender a ler o mundo por outros ângulos. É muito enriquecedor. Obrigada pela oportunidade.
Admiro muito as culturas iraniana e árabe; e a sabedoria de ambas. Gostaria de saber se há preconceito com relação aos brasileiros (principalmente mulheres), devido a imagem do Brasil no exterior (terra do carnaval, costumes muito liberais em relação a vestimentas, comportamento)? Aproveito a oportunidade para trocar uma ideia: em 2015 irá ocorrer simpósio referente minha área de trabalho no Irã (Kermanshah). Pretendo participar (já tive oportunidade de participar de eventos científicos em países do oriente médio). Como sempre vou sozinha, gostaria de saber se, no caso do Irã, é tranquilo ou seria recomendado contratar algum tipo de serviço específico durante translado (apoio de operadora local)?
Obrigada,
Ana
Oi, Ana, me escreva por email detalhando a informação que você precisa.
O brasileiro, embora nem de longe mostre o racismo que você descreve, também pensa no estrangeiro dos países “bons”, ou ricos, de uma forma completamente diferente dos estrangeiros de países mais pobres.
Ou seja, os Iranianos são como qualquer povo do Mundo. Racismo e preconceito existem em todas as partes e todos os lugares, nada tem a ver com sociedade ou o Pais, trata-se de algo intrínseco do ser humano. Infelizmente.
Nada há “intrínseco do ser humano”…. Somos construções sociais e culturais, André.
Nao eh de se espantar, um povo atrasado como o Iraniano soh poderia ser racista. Tem uma ligacao muito proxima entre o racism e o atraso cultural de um povo. O Iran nao tem nada de bom a oferecer ao mundo.
Paulo, alguns europeus, cidadãos de países híperdesenvolvidos, são extremamente racistas. Não se esqueça de que o nazismo surgiu na próspera e desenvolvida Alemanha. E um dos maiores ataques racistas dos últimos anos foi cometido por um noruguês.
Enha!!!! Samy, uma vez fui a trabalho em uma grande cidade brasileira, que prefiro omitir o nome mas ocorreu que um funcionário de uma empresa foi me buscar no aeroporto. No trajeto até a filial da empresa o motoria foi me contando umas historias, sobre os funcionários dai ele me falou assim: “eu não tenho nada contra negros, só não gosto de me relacionar com eles” repetiu “nada contra, só não gosto deles, considero eles limitados”, eu achei um absurdo oque ouvia mas fiquei quieto sem opnar. E continuamos a viagem de carro.
Renato, isso que você descreveu é o que o Florestan Fernandes define como “preconceito em ter preconceito”. O brasileiro reconhece que a democracia racial é um mito, mas, individualmente, nega que seja racista. Recomendo fortemente a leitura (que é rápida) de um texto da Lilia Moritz Scharcz no livro “Agenda Brasileira”
Concordo com o Paulo, esta é apenas mais uma faceta dos iranianos que os coloca como um povo atrasado e iguinorante. E se (ainda) existe racismo na Europa, com certeza não há radicais religiosos, tratamento de cidadão de 2a. categoria para as mulheres ou Estado fundamentalista. Não dá para comparar o atual estágio de desenvolvimento das sociedades européias com a do Irã.
Calfer, seu exemplo é muito infeliz. O machismo existe em todas as sociedades. Não é coisa de iraniano, não. Lembre-se que o comentário machista que deu início à marcha das vadias foi feito por um policial canadense.
Aliás, me senti mais respeitada no Irã do que aqui no Brasil, onde supostamente não somos cidadãs de segunda classe, mas temos que suportar cantadas inoportunas nas ruas, comentários machistas etc.
E não julgue um povo pelo seu governo.
PS. Até a Revolução Islâmica, o Irã era o país mais avançado no tratamento dado às mulheres. A sociedade continua relativamente liberal e só passou a ser massacrada porque é inimiga dos EUA
Oi, Samy!
Então, tive uma professora de história que afirmava colocarmos Hitler num local do “pódio” que nunca pertenceu somente a ele.
Uma espécie de bode expiatório da cultura de todo um povo em prol da raça caucasiana / ariana.
Realmente, dá o que se pensar…
Abraços.
Preconceito e racismo existem em todos as partes, mas so um “povo” muito ignorante e atrasado expressa isso de maneira geral e sem pudor. Me fala uma coisa boa vinda do Iran? se nao fosse o petroleo, nem saberiamos que este pais existe.
Oi? Paulo, você está muito enganado. A Austrália, por exemplo, é um país extremamente preconceituoso, expressa isso sem o menor pudor e nem por isso você o chamaria de ignorante ou atrasado. Os japoneses, idem. Não se esqueça que foram os alemães que cometeram uma das maiores atrocidades de que se tem notícia.
Se você conhecer a França a fundo, verá que eles detestam os portugueses: “são todos porteiros ou empregada”
A visão que você coloca é completamente estereotipada e ignorante. Se, pra você, o Irã só tem coisas ruins e é insignificante, o que dizer do Brasil?
Todos os países sempre têm coisas boas e coisas ruins. Tudo depende da lente que você quer usar.
Acho admirável a sinceridade dos Iranianos que se expressam negativamente contra os poucos estrangeiros que conhecem ou veem em seu país. Ela é bem diferente da hipocrisia-jeitinho-atitude brasileira em relação aos negros e índios que lá vivem.
Há muita imprecisão no texto. O uso do termo “raça”, por exemplo, é obsoleto. Não há raças humanas, de acordo com a pesquisa genética atual, após o mapeamento do genoma humano. Lembrem-se: em cada uma dos três trilhoes de células do corpo humano há um código genérico, genoma, organizados em 23 pares cromossómicos. Em cada cromossoma há o código básico da vida (ADN – ácido desoxirribonucléico) dos seres humanos. Ali não se encontra nenhuma informação quanto “vizinhos de raças diferentes”! Pelo contrário, há uma única espécie humana oriunda da África. Ainda, a diferença genética entre seres humanos e gorilas é de 2%!
Bem, quanto ao tratar “brancos e loiros” à pão de ló, isso é normal em países com experiência de dominação estrangeira, com passado colonial. No Brasil, brancos europeus de olhos azuis ou norte-americanos sempre foram considerados “superiores” e tratados “à pão de ló.” Olha lá o debate sobre a imigração estrangeira para substituir a mao-de-obra escrava nos cafezais de São Paulo!
O racismo brasileiro é um dos piores do mundo, pois é cínico, camuflado, profundamente interiorizado nas “elites” e em qualquer um que se acha “superior” ao resto sub-humano (negros e índios etc).
Naturalmente que há exceções, gente bem informada e culta que não valoriza diferenças de pigmentação cutânea, tanto aí quanto na Pérsia, pois cor de pele é sinal de adaptação climática, segundo a genética moderna.
É perigoso atirar pedras no telhado do vizinho, quando se tem um telhado de vidro, de vidro muitíssimo fino!
Marcus, o fascínio por povos brancos de olhos claros não é comum a todos os povos que viveram sob colonialismo. No Paquistão e no Iêmen, por exemplo, o sentimento anti-Ocidente é muito forte, ao ponto de às vezes representar amaeça a visitantes ocidentais.
Claro que não, pois ambos tiveram experiências históricas de agressão colonialista diferentes dos países latino-americanos. Ali conta a questão ideológico-religiosa, a herança das Cruzadas (Iêmen), onde o inimigo era , em geral, loiro de olhos azuis (ingleses, franceses) e infiel!
O fascínio por povos brancos de olhos azuis é comum aos latino-americanos, em especial no Brasil. O profundo racismo contra negros, índios etc (skinheads en Sao Paulo!) é normal no Brasil, mas por hipocrisia camuflado, o famoso jeitinho, o evitar ser direto e claro. Entendes o meu ponto de vista?
De qualquer forma, não se pode generalizar, sou brasileiro e não tenho fascínio nenhum por estrangeiro branco de olhos azuis, assim como não tenho aversão a negros e africanos ou asiáticos e indígenas. Me inclino mais a gostar de sociedades asiáticas e africanas do que Europeias e Americanas , tenho muito interesse em conhecer a Asia Central e a Africa, mas nenhum gosto de ir aos Estados Unidos ou a Europa, prefiro a Turquia, Omã, Sibéria, Mongólia, Coreia, Nigéria, Etiópia, Namíbia etc..
O que é isso, meu senhor? “hipocrisia-jeitinho-atitude brasileira em relação aos negros e índios”… Não sei de onde de onde você tirou essa avaliação negativa, sem nexo e sem verdade. Você não deve viver no Brasil e deve ler coisas “de ouvir falar” que escrevem sobre nós. Convivo com pessoas de todas as raças, origens e misturas étnico-raciais e afirmo com todas as letras que no geral precisamos melhorar na questão da convivência social, entretanto nada e nem ninguém por aqui se assemelha a esse “jeitinho de lidar com hipocrisia e camuflagem de sentimentos” que você parece conhecer bem.
caro Marcus Tullius, o racismo não deve ser entendido como um aspecto simplesmente genético e sim sócio econômico cultural, eu entendo que o racista é aquele que segrega as pessoas fora do seu meio, por exemplo já vi na rua um Afro descendente com uma camiseta com os dizeres; “100% negro” imagine se um branco usasse uma camiseta semelhante. Uma amiga minha, caucasiana, namorou em Salvador um Afro descendente sendo segregada pelos amigos(as) do meio social do namorado por ser branca. agora aqui temos médicos falando que médicas cubanas tem cara de empregada domestica. Eu defino o racismo como falta de cultura e respeito a condição social, econômica e cultural do próximo ou será que o branco que mora na favela não sofre a mesma discriminação dos “geneticamente diferentes”???
Marcus, com todo o respeito, não viaja. Cruzadas no Iêmen? No Iêmen?! As cruzadas foram realizadas onde se localizam hoje Israel, Líbano, Síria, Jordânia, Turquia e Egito. Portanto, bem longe do Iêmen. E tinham por objetivo principal a retomada do controle dos lugares sacrados para a Cristandade.