A polícia moral iraniana em ação
16/05/12 11:47Hoje vi pela primeira vez a polícia moral iraniana em ação contra uma mulher com aparência imprópria para os padrões legais da República Islâmica. Já havia me acostumado a ver os agentes de uniforme militar verde escuro atentos nas principais esquinas de Teerã, mas nunca tinha presenciado uma abordagem.
A cena ocorreu quando eu voltava a pé para casa no fim da tarde, sob um sol intenso de véspera de verão, após uma entrevista num café. Subia a rua Valiasr, tema de um texto postado em março neste mesmo blog, até enxergar uma pequena e aparentemente tensa aglomeração poucos metros à minha frente na calçada.
Compreendi rapidamente o que estava acontecendo ao ver um policial moral e uma mulher usando chador preto, o véu integral, cercando outra mulher, com visual pra lá de ocidental, numa barraquinha de suco de frutas. Não restou dúvida: a senhora coberta era uma policial feminina prestes a efetuar uma prisão sob supervisão do agente masculino. Afinal, o regime proíbe qualquer contato físico entre sexos opostos em locais públicos.
Para observar a cena sem chamar a atenção, parei do lado da barraquinha, peguei meu celular e fingi estar mandando um SMS. Passo facilmente por iraniano, nessas horas isso ajuda um monte.
A mulher abordada tinha todos os “vícios” da típica infratora: maquiagem berrante, roupa colorida, casaco que bate na coxa em vez do joelho e, principalmente, um véu cobrindo apenas a parte de trás da cabeça, deixando à mostra cabelos tingidos de loira. A moça, entre seus 25 e 30 anos, pediu aos policiais que ao menos a deixassem pagar o suco consumido.
Em seguida, a mulher de chador a acompanhou até a van da polícia moral, estacionada na frente da barraquinha. O veículo, facilmente reconhecível pelas laterais verdes, estava atrapalhando o trânsito.
Na frente da van estava um dos reluzentes sedã Mercedes usados pelos policiais masculinos _armados_ para dar apoio aos agentes de abordagem, quase todos mulheres. Alguém um dia me explicou que o carro de reforço foi implementado pelo regime porque a turma da van às vezes não dava conta de enfrentar sozinha eventuais ataques por parte de cidadãos indignados que queriam livrar as mulheres de ser embarcadas.
A moça levada na van estava acompanhada de uma amiga, que não foi incomodada pela polícia. Assim que a van partiu, a amiga pegou o celular e ligou, presumo, para algum conhecido para relatar o ocorrido.
A cena ocorreu em meio à indiferença geral. Fiquei com a impressão de que as únicas pessoas que acompanharam a abordagem eram funcionários das lojas vizinhas.
Por mais chocante que possa parecer para um ocidental, a história não leva a nenhum desfecho trágico. Embora eu jamais tenha presenciado cena semelhante, conheço muitas meninas que passaram pela mesma situação. O roteiro é clássico. As infratoras batem boca com as policiais ou choram no caminho até a delegacia. Ao chegarem, ouvem um sermão do delegado e em seguida algum parente ou amigo é convidado a levar uma roupa mais apropriada para que a moça possa sair de lá sem problema. Peças inapropriadas são confiscadas ali mesmo. A maquiagem, obviamente, precisa ser retirada. Por fim, as moças assinam antes de ser liberadas um termo se comprometendo a ter mais cuidado com a própria aparência.
Reincidentes às vezes enfrentam a Promotoria, mas o caso geralmente é resolvido com uma multa.
Os relatos do que acontece nas delegacias enquanto as moças esperam que alguém venha buscá-las são surreais. Há policiais que paqueram as infratoras. Alguns agentes pedem desculpas, alegando estar apenas fazendo o que a lei manda. A namorada de um amigo que já passou horas na delegacia conta que uma policial lhe confidenciou existirem cotas de mulheres a serem abordadas por dia.
A polícia moral foi criada logo após a Revolução Islâmica de 1979, com o objetivo de caçar o “vício social” e a “corrupção moral”. Homens também são visados. Short e bermuda, nem pensar. É curioso ver marmanjos usando calça para jogar futebol na rua. Camisetas baby look ou com motivos impróprios também são caçadas. Já ouvi que um jovem com uma camiseta do Michael Jackson foi obrigado a entregá-la à polícia, que a rasgou na frente dele. Os agentes entregaram ao rapaz outra peça, surrada e suja, para que não ficasse com metade do corpo à mostra.
Casais de namorados são outro alvo preferencial. Ai de quem for pego num carro com sexo oposto que não seja parente. Os agentes também não hesitam em invadir as casas de quem estiver fazendo festança com música ocidental e bebida.
Isso dito, a chance de ter problema com a polícia moral existe, mas não há um clima de paranoia como se poderia esperar. Conheço moças que andam por aí enfeitadas como se estivessem na balada e com véu quase na nuca e nunca foram levadas à delegacia.
Engana-se quem pensa que o país inteiro é contra a polícia moral. No bairro onde moro, área de classe média alta ao norte de Teerã, é provável mesmo que quase todo mundo odeie esse rigor. Mas, pelo que pude ver e sentir em seis meses no país, minha impressão é de que a sociedade _religiosa, rural, agrícola_ é muito conservadora. Numa avaliação impressionista, eu diria que metade dos iranianos, ou quase isso, apoiam a rigidez moral do regime.
Estrangeiros geralmente não são incomodados. No máximo, uma advertência verbal para lembrar às gringas a maneira adequada de se vestir no Irã.
Todo mundo sabe que há períodos mais repressores e outros, mais liberais. No início dos anos 2000, sob governo do presidente reformista Mohammad Khatami, o ambiente era bem mais permissivo. Casais paqueravam em público e eram raros os casos de abordagem por roupa imprópria.
Eleito em 2005, o conservador Mahmoud Ahmadinejad apertou o cerco. Mas desde então ele se revoltou contra os excessos da polícia moral. Por incrível que pareça, Ahmadinejad é hoje o mais liberal na cúpula do regime. Ele inclusive chegou a defender que as mulheres pudessem frequentar estádios. Até hoje ele critica a obsessão da polícia moral com o vestuário feminino. Mas quem manda mesmo no país é o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.
Encerro este post com um trecho de uma entrevista que me foi dada em fevereiro, em meio à celebração do 33º aniversário da Revolução Islâmica, por Mohammad Bagher Khoramshad, diretor-geral do todo poderoso Ministério da Cultura e da Orientação Islâmica.
KHORAMSHAD: “Na época de Khatami [1997-2005], as mulheres podiam usar roupa colorida e vestuário mais livre. As famílias estavam tranquilas em relação a isso. Mas, no final do governo de Khatami, havia mulheres que chegavam a extremos, e essas mesmas famílias já não achavam isso tão legal. Muita gente queria que algo fosse feito, e essa necessidade de voltar aos princípios necessários da Revolução Islâmica é uma das razões que levaram à eleição de Ahmadinejad. Havia uma demanda das pessoas por mais espiritualidade e para deixar de lado essa liberdade exagerada. Isso dito, se houver excessos no governo atual em relação ao ambiente mais fechado, então poderemos voltar a regras mais moderadas.”
I am concerned about the predicament in Syria!
É um absurdo. Toda esta ignorância, intolerância, abuso de poder e arbítrio! É o Estado ditando normas da vida privada do cidadão. Pobres iranianos…quanto as iranianas, estas sequer podem ser consideradas cidadãs.
Não sei qual o espanto.
Acham que aqui no Brasil um homem não seria pego pela Polícia se andasse na Oscar Freire, por exemplo? Os padrões de pudor são parte de qualquer sociedade de acordo com sua vontade. Eu tenho certeza absoluta de que vários nudistas acham absurdo serem presos apenas porque gostam de ficar sem roupa e não entendem porque as pessoas tem pudor. Afinal, como disseram acima, “todos nasceram nus”.
Fantástica Matéria e Foto! Exemplo de jornalismo bem feito.
Taercio, a gente entende isso, mas também entende que já se passaram milhares de ano desde que o Corão, em que se baseia a conduta do Islã, foi escrito. Assim como a Bíblia. Se os cristãos fossem seguir rigidamente a Bíblia estariam seguindo, ainda, a lei do olho por olho, dente por dente. Ou seja, estaríamos todos cegos e desdentados.
O ser humano não pode confundir preceito religioso com fundamentalismo. Evolução implica esse detalhe.
Saudações amistosas.
Totalmente de acordo com Isa. Não podemos regredir a leis criadas para um tempo e sociedade que não existem mais. Lendo o post do José Henrique acima, a esperança é grande de que à medida que a metade libertária da sociedade iraniana acabe convencendo a outra metade atrasada, conservadora e clerical, que o país deve progredir em direção a um regime democrático, de livre participação política, religiosa.
Os Evangelhos fazem parte da Bíblia, certo…eles não pregam a lei de talião! Os Livros Sagrados possuem vários níveis de leitura! Rsrs!
A pena de morte ainda é praticada pelos EUA – alguns estados – e alguém aqui está protestando…é muito engraçado!
A falta de crença também é crença, meus caros!
Prefiro crer em Deus sem incomodar ninguém – e sendo incomodado! – do que acreditar numa ciência capenga!
Faça-me o favor! Educar crianças – e adultos – com ‘ciência’ somente não dá boa coisa!
Isa não se passaram milhares de anos desde a revelação do Alcorão – na verdade são cerca de 1.400 anos! Ué, Eduardo, não vai criticar o texto dela! Ah, ela concorda contigo!
O que é fundamentalismo, mesmo…!
Salaam!
O que alguns aqui precisam entender (o que é diferente de concordar) é que o islã é um código completo de conduta. Civil,militar,religioso até em suas jurisprudências, antes de criticarmos precisamos entender.
E obviamente muito adequado a qualquer um tomar o poder e tomar conta de uma sociedade, usando e abusando e se lambuzando com tantas sandices.
Qualquer crença é o fim do mundo, só sandices.
Por isso mesmo, o Islã é um retrocesso, quando analisamos seu lado político. Nós já nos livramos desse tipo de conceito de governo teocrático. A Revolução Francesa acabou com essa besteira de que um rei ou governante tal mandava em nós pela graça de Deus. Voltar a esse tipo de conceito político atrasado e obscuro, resulta no endeusamento de certas pessoas – coisa aliás que alguns adoram fazer, vide o endeusamento do nosso caudilho metalúrgico. Vamos então pensar para a frente, evoluir e não regredir politicamente. Democracia, eleições livres, não importa qual sua religião ou se você é ateu, hetero, homo ou o que seja. Essa é a beleza do que vivemos no Brasil. Estamos anos luz à frente desse tipo de governo medieval que hoje infelizmente oprime a população iraniana, que quer se libertar disso.
Caro Samy, estou em Esfahan. O Ira e fabuloso, o povo acolhedor, as criancas simplesmente adoraveis. Ontem, me convidaram para sentar num picnic familiar, e os maridos nao haviam chegado ainda! Como sempre, falam do nosso futebol. Ainda nao sabem pronunciar o nome “Neymar”. (Risos) Oferecem os quitutes, sao gentis e sorridentes
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Hoje, na Mesquita das Mulheres (acessivel a homens e mulheres), uma crianca de oito anos entrou com os pais… andando de bicicleta e correndo pelo setor de oracoes. O banheiro com a placa de masculino estava em obras, funcionando em frente e, ao fundo o das mulheres, mais dificil de enxergar. Quando fui ao banheiro em frente do masculino, que nao tinha placas, havia mulheres de chador e fiquei pensando em ir em outro lugar, mas logo as mulheres (de chador!) me disseram que poderia entrar, porque na verdade aquele tambem era masculino. Para mim, que sou ocidental, era algo fantastico: um verdadeiro banheiro misto, com homens, mulheres e criancas circulando e usando aqueles banheiros turcos (logicamente com a porta fechada e sem escandalos; banheiros na China sao a mesma coisa). Como eu gostaria de ter fotografado aquela cena.
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Ontem, almocando perto das belissimas pontes do rio da cidade, havia duas mulheres jovens, com o nijab (lenco) azul transparente. E no almoco de hoje, uma guria penteava o cabelo quase sem veu. Acho que a nova geracao vai modificar o regime por dentro.
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As eleicoes de 2013 serao muito importantes, encerrando o mandato de Ahmadinejad. A unica hipotese de essa tendencia se reverter, na minha opiniao, seria alguma irresponsavel agressao estrangeira, que fortaleceria a cupula do governo.
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Por fim, devo dizer que, conhecendo mais de 30 paises, poucas vezes vi pessoas tao atenciosas nas ruas, como em Esfahan e Shiraz, e nao apenas com os turistas. Uma grata surpresa, tambem tem sido para os varios grupos de turistas que tenho encotrado (Australia, Espanha, Alemanha, Portugal etc.). Vamos ver como e em Teeran. Abraco.
Olá José Henrique, que bom que está pondo em prática seu sonho-objetivo de conhecer o belo Irã. Desejo que tudo passe bem e poste sempre suas experiências. Abraços.
Parabéns Samy, acho que essa foi a melhor matéria de todas que eu já li aqui!!!
Samy, em primeiro lugar, que gostosura ler matéria assim!
Bem, em outras épocas já fui de pensar que nosso legislativo deveria legislar sobre o vestuário feminino e masculino também – “afinal, homens de terno e gravata e mulheres vestidas com recato seria muito mais belo de se ver”. Depois, a ficha cai e se percebe que o experimento do que chamamos liberdade significa conviver com diferenças e exageros que nos levam a difíceis recomposições interiores, mas cria oportunidades incríveis de crescimento contínuo e visualização de horizontes cada vez mais amplos.
Valeu Samy!
Prezado Samy:
Por mais que respeitemos outras culturas, não há relativismo cultural que nos faça aceitar situações como esta descrita. A propósito, a Wiikipeadia em português sobre o Aiatolá Khomeini – http://pt.wikipedia.org/wiki/Ruhollah_Khomeini – traz algumas da suas pretensas lições morais, as quais incluem inclusive normas de higiene como esta, por exemplo: “Por ocasião do coito, se o pênis penetrar na vagina da mulher ou no ânus do homem completamente, ou até o anel da circuncisão, as duas pessoas ficarão impuras, mesmo sendo impúberes, e deverão fazer as suas abluções.” Pergunto-lhe se ele escreveu isto mesmo? Se o for e com base nas suas outras lições, arriscaria dizer que o Aiatolá possuía traços manifestos de uma personalidade psicótica, dada a sua fixação por dejetos humanos, sexo e zoofilia.
O Talmud dos judeus também é cheio de bizarrices.
o pentateuco também tem pérolas do tipo não comer a bundinha do goiaba
Maurício: o Samy não pode responder ao seu post, afinal ele está num país onde consideram Khomeini um santo ou similar. Qualquer comentário contra esse senhor ou santos similares dos muçulmanos xiitas, pode gerar perseguição, e mesmo morte. Vejam o caso do escritor indiano Shalman Rushdie (Versos Satânicos) e esta semana do cantor rapper iraniano Shahin Najafi. Ele compôs um rap no qual critica a sociedade iraniana e mencionou o imã xiita Hadi. O aiatolá Safi Golpayegani decretou pena de morte contra o rapper, que vive na Alemanha. Em seguida, um “filantropo” que vive num dos países do Golfo Árabe teria oferecido uma recompensa de US$100 mil pela morte do cantor, que agora está escondido e protegido pela polícia alemã. Por isso o Samy não pode se arriscar também e comentar seu post. Dentro dessa situação medieval atrasada onde um religioso decreta penas de morte que atingem pessoas até em outros países, por causa que essas pessoas se tornaram apóstatas (mudaram para outra religião, renegaram a própria religião, negaram a existência de algum santo ou deus, ou decidiram ser atéias) ou ressalto a postura do rapper Shahin Najafi. Entrevistado, ele declarou: “Eu gostaria que todo esse foco da mídia estivesse voltado para os prisioneiros políticos do Irã, e não voltado para mim. Minha vida não vale nada. Eu me preocupo com os meus concidadãos que estão na prisão, eles sim é que merecem essa atenção”. No clip desse rap no Youtube, vemos uma imagem da bandeira gay no topo de uma mesquita. Supremo crime não? Temos que matar um cantor por que fez isso? Claro que não. Nos livramos desses conceitos religiosos medievais e da Inquisição há séculos atrás. Vamos progredir e não regredir. Que o Irã um dia alcance o nível de liberdade que nós já conquistamos no Brasil. Viva a liberdade, viva Shahin Najafi, gente corajosa que bota o dedo na ferida dos fascistas http: // http://www.youtube.com/watch?v=4rDXhjIN030
Já achei que a liberdade individual deveria ser irrestrita, mas nos últimos anos o que tenho visto no Brasil me fez reavaliar isto. Uma sociedade que não vigia seus próprios valores terminará se esfacelando sem nenhum. Ressalvando ser contra exageros, mas precisaríamos de um pouco dessa polícia por aqui, ou breve veremos casais se atracando em ato sexual no meio da rua. O Irã pode exagerar na restrição, nós exageramos na libertinagem.
Creio que se poderia colocar de outra maneira. Não é que o Brasil tem liberdades individuais em excesso. É que o povo brasileiro é deseducado desde pequeno a agir de modo extremo. Vemos crianças de 6, 7 anos de idade querendo se maquiar. Todo dia expomos nossos filhos às novelas, que sabemos não são padrões de comportamento corriqueiro no país. Essa lavagem cerebral, nos é imposta desde pequenos e quando nos tornamos adultos, agimos de acordo com o que fomos programados. A solução não é polícia. É formação. Quando digo “formação” não quero dizer “educação”. Tirar diploma nunca foi certificado de que teremos comportamento ético e moral adequado. “Formação” significa nós assumirmos nosso papel de pais, evitar expor nossos filhos ao lixo que nos é imposto na televisão, mostrar que não é em todos países que crianças são expostas a isso, protestar ativamente perante o governo e emissoras de TV contra essa lavagem cerebral. Estamos fazendo isso? Não estamos. A grande maioria dos brasileiros, não age como personagem de novela, não trai seus conjuges a cada 30 minutos, não acha graça em malandragem, e muitos de nós acreditamos no trabalho e em agir corretamente perante nossa família, filhos, colegas de trabalho e vizinhos. Não precisa de policia. Precisamos é de vergonha na cara para assumir que somos passivos, uns bundas-moles que deixamos tudo isso acontecer sem tomar atitude alguma e ainda elegemos gente como essa que está nos roubo-governando agora.
“Quando a moral se baseia na teologia, quando o direito depende da autoridade divina, as coisas mais imorais e injustas podem ser justificadas e impostas” (Ludwig Feuerbach) dito em 1841, e não podemos relatar que no Irã é o unico lugar no mundo que encontramos este ato de fanatismo, afinal o fanático em qualquer lugar da terra reconhece somente o que lhe é imposto, seja pela religião, doutrina ou sistema, é um ser escravo de princípios “únicos e verdadeiros”.
Ok Samy, realmente me confundi. Obrigado pelo esclarecimento.
Bela matéria, Samy!
Me causa indignação esta situação descrita. Isso se chama abuso de autoridade. A pobre moça está toda vestida(nota se pela imagem), não havia necessidade de abordagem e remoção. É uma arbritariedade o que ocorre em algumas situações. As autoridades deveriam se preocupar mais com o problema dos traficantes e usuários de drogas que tem no irã um de seus piores exemplos. Um dos paises com maior número de viciados em opio do mundo se procupa mais em deter uma mulher maquiada do que caçar seus traficantes.
Andre, só para registrar que a moça da foto não é a mesma do relato. São casos diferentes.
E pensar que toda essa estupidez humana foi inventada pelos judeus, hoje inimigos ferrenhos dos islamicos…
“E pensar que toda essa estupidez humana foi inventada pelos judeus, hoje inimigos ferrenhos dos islamicos…”
Alberto, estou aguardando sua explanação sobre essa acusação no mínimo polêmica. Apreciaria apresentação de provas e o mais que tiver para defender tão grave afirmação.
Acho que ele (Alberto) não quis ofender os judeus nesse post, apenas se expressou mal. O islã seria uma espécie de conjugação de alguns princípios do judaísmo e do catolicismo, sendo que o judaísmo foi a primeira religião de todas a surgir.
Quando alguém fala que não gosta de muçulmano porque eles não respeitam as mulheres, gosto sempre de lembrar que em todas as religiões (cristãs ou não), há ortodoxos. Evangélicas usam saias e cabelos compridos, muçulmanas véus e judias perucas ou lenços, mas há também aqueles que professam a fé de forma mais “light”.
Dessa forma, é ignorante afirmar que judeus são isso, ou muçulmanos, aquilo e cristãos, aquilo outro. Há multiplicidade de fés dentro da mesma religião.
Isso dito, acho que ele deve ter se expressado mal e apenas dito que o início da obrigatoriedade das mulheres se cobrirem veio do judaísmo, continuou no cristianismo e chegou no islã.
O maior problema não é o uso do véu em si, mas o seu uso obrigatório porque o Irã não é laico.
Sr. Benny, provar e demonstrar o quê, se não há como? Nem os Judeus e nem povo algum criou o mal, a maldade ou a “estupidez humana” como pareceu expressar o nobre cidadão, Sr. Alberto. O mal e o bem, o mau e o bom, a estupidez e a sabedoria são todas faces de uma mesma moeda, sentimentos inerentes à natureza humana, não importa a etnia, origem ou religião e o distinto leitor sabe disso. Portanto, não acredito que tenha usado de má fé e se referido ao elemento judeu como um ser essencialmente mau e criador da “estupidez humana” expressada na prática de opressão ao gênero feminino.
Não estamos em uma corte! Nós muçulmanos também cometemos más ações! Uma parte da comunidade, digo!
Não ficaria ofendido por isso! Pessoas podem ser boas ou ruins ao longo de horas, dias, semanas, meses e até anos!
A estupidez humana existe com os muçulmanos, cristãos, hindus, budistas! Somos seres humanos! Que bom que podemos errar e pedir perdão! Que bom que posso errar, pois então vejo que posso melhorar no dia seguinte!
Salaam!
Alberto: um post desses só pode se originar de duas fontes (a) desconhecimento ou (b) má-fé. Desconhecimento, quando não se tem informações sobre a natureza humana, muito bem descrito pelo sr. Laurent Reuven Majer. Má-fé, quando se tem o conhecimento mas se insiste em propagar afirmações incorretas. Eu acredito que no seu caso, tal afirmação é causada por desconhecimento. Penso que o sr. se refere à chamada Lei Mosaica, que consta também no Antigo Testamento dos cristãos e cujos princípios são em parte também incorporados no Alcorão muçulmano. Coisas como olho por olho, dente por dente, esse tipo de lei antecede aos judeus, muçulmanos, etc. Isso provém da mais remota antiguidade. O primeiro registro escrito de tais leis, também chamadas Lei de Talião, vem do Código de Hamurabi – um rei mesopotâmico que viveu alguns milhares de anos antes que a Lei Mosaica fosse escrita.
Estamos precisando da polícia moral por aqui. Aqui existe a liberdade exagerada.
Parabéns ao governo iraniano por sua ações evitando que a situação se degringole.
Liberdade nunca é exagerada. O que precisamos não é de polícia com poderes para invadir nossas casas, nossas festas domésticas e churrascadas. Precisamos sim de educação nas escolas para que nossos filhos ao atingir a idade adulta se comportem adequadamente.
Eduardo
Educação é de berço. Não tente jogar nas costas dos professores a educação dos seus filhos. É sua obrigação torná-los cidadãos decentes.
André: Não mencionei seus filhos e nem quero saber se foi ou não competente em formá-los, isso é assunto pessoal seu. Portanto, peço com educação que não misture meus filhos em seus posts. Obrigado. Voltando ao que interessa para os leitores: existe educação e formação. E estou de acordo com o André, que muitos pais põem os filhos nas escolas e esquecem de formá-los em casa. Educação: ensino de matérias. Formação: ensinar o comportamento adequado na vida e trabalho. São dois pontos importantes. Temos hoje educação nas escolas? Temos, com variados graus de qualidade. Temos hoje “formação” de um ser humano nas escolas e em casa? Não temos. Hoje, somos uma sociedade capenga, isso em todos os lugares do mundo. Privilegiamos a educação. Ficamos orgulhosos que nossos filhos se formaram na universidade. Otrous conseguiram um MBA! Isso é ótimo. Mas e como são nossos filhos enquanto humanos que convivem na sociedade? Ensinamos-lhes a ética? Ensinamos-lhes como se comportar adequadamente? Ensinamos o que é certo e o que é errado? Pelo que vemos no nosso país, falhamos nisso. Tirar diploma de MBA não significa que o diplomado saiba seus limites de ética e comportamento adequado. A cadeia está cheia de diplomados universitários. Educação e formação podem ou não ser de berço. Todos sabemos de casos onde os pais são primorosos na educaçãoe formação de seus filhos, mas estes infelizmente se desviam para os malfeitos, a corrupção, a ladroagem e bandidagem. Pais e escolas e governo devem agir juntos num programa integrado com educação e formação dos filhos (e dos pais também). Estamos há 10 anos sob um governo que até o momento não implementou nada disso e o resultado é a degradação do tecido social no Brasil, com consequências nefastas para todos: famílias destruídas, adultos sem qualificação educacional, total falta de ética na política e outros. Isso tudo, repito, não se resolve com polícia e pancada. Se resolve com educação e formação. Em 20 anos podemos mudar este país. Se este governo teve 10 anos e não fez nada, está na hora de votar em outro partido.
A falta de educação não é responsabilidade somente das escolas! Mas dos pais, também!
Mas devemos voltar pro planeta Terra e parar de ‘viajar’ na maionese! Com os salários que ganhamos e os péssimos empregos que temos, quem tem disposição pra educar seus filhos com jornadas de trabalho extensas
O problema está na ganância nossa! Quanto mais, melhor! E esquecemos dos nossos filhos e filhas, mães, esposas,etc!
Temos que mudar a nós mesmos! Todos os grandes homens e mulheres da História fizeram isso: conheceram a eles mesmos! Autocontrole, autoconsciência…autonomia!
Salaam!
Parece que o Hafiz (que cancelou resposta a seus comentários) não leu o comentário do Eduardo, que foi claro quando disse que os pais também deveriam participar de um programa de educação e formação. Aliás, o Eduardo foi muitíssimo claro em em tudo em seu comentário.
Muito bom o comentário. A diversidade de culturas é muito grande. A vontade de mudança está sempre presente. Tenho vontade de visitar o Irã mas confesso que tenho receio dessa grande repressão.
País vagabundo, com um povo atrasado. O meu medo é de que o Brasil, com esse monte de evangélico, vá pelo mesmo caminho obscuro.
O Irã é famoso pela arbitrariedade e perseguição aos direitos humanos. Israel, a qualquer momento, irá por um freio ao ímpeto ameaçador belicosos dos persas.
espero q nao
Parece cabível a idéia de que o sr. Luiz comprou o diploma de sociólogo!!
Sr. Luiz Henrique, não posso ostentar o belo e respeitável título que o senhor, mas cá na minha condição de leigo defendo que o pessimismo é um estado de alma que não merece lá muita atenção. A verdade absoluta é que cada povo tem sua própria e distinta trajetória na busca de seu destino. O distinto e dinâmico povo de Israel, com vivência e experiências milenares, segue na vanguarda em múltiplos setores da experiência humana, entretanto o povo persa também tem uma longa e gloriosa história que não se pode desprezar jamais, e no tempo presente apenas passa por uma experiência que não será eterna e que certamente lhe será de grande utilidade na maturação e fortificação de suas convicções sobre o valor da liberdade e dos valores democráticos. Quanto a governos, são apenas governos, vêm e se vão. O povo fica sempre.
Abaixo está a letra traduzida do rap “Naghi”*, do cantor iraniano Shahin Najafi, que foi condenado à morte esta semana por um religioso muçulmano de 92 anos de idade. Deve um clérigo de qualquer religião ter o poder de decretar a morte de outra pessoa, sem julgamento e direito à defesa? Creio que não. O Brasil não pode ser amigo de tal tipo de regime ditatorial. Viva a democracia, a liberdade, o respeito aos direitos humanos, à vida humana.
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*Naghi é o nome do imã muçulmano Ali al-Naghi, que viveu por volta do ano 830AD. Naghi era tido como muito virtuoso, amigo dos pobres e inteligente. Isso causou a inveja do califa muçulmano de Bagdá, Al-Mutamid que mandou matar Naghi por envenenamento.
Vídeo: 527 mil visualizações em poucos dias http://www.youtube.com/watch?v=4rDXhjIN030
Download gratuito do rap Naghi, link embaixo do desenho da mesquita com bandeira gay: http://www.bargmusic.com/1704-Shahin-Najafi-Naghi
Facebook de Shahin Najafi http://www.facebook.com/shahinnajafi666
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Letra do rap “Naghi”, do cantor iraniano Shahin Najafi
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Naghi! Eu juro pelo seu senso de humor;
Por este exilado que está aqui para criticar;
Por causa do grande pênis que dá a vida;
Que fica atrás de nós e nos ameaça;
Naghi! Por causa da amplitude das sanções;
E da alta do dólar e do senso de humilhação;
Naghi! Eu juro pelo Imã de papelão (Khomeini);
Por causa da criança que dizia “Ali” mesmo dentro do útero (1);
Por causa do Líder Khamenei, do terço (muçulmano) e do tapete (muçulmano de orações) made in China;
Naghi! Eu juro pelo dedo de Sheis Rezaei(2);
Por causa da religião perdida e do futebol religioso;
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(Coro)
Ei Naghi! Já que o Imã Mahdi (3) dormiu, nós estamos chamando você: ei Naghi!
Nós estamos prontos, vestindo nossos véus (mortuários), ei Naghi! Acorde!
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Naghi! Eu juro pelo amor e pelo Viagra;
Por causa das pernas para cima e do chakra;
Por causa o pão, frango, carne e peixe;
E dos seios de silicone e a virgindade listrada (4);
Naghi! Eu Juro pelos seios da Golshifte (5);
Por causa do nosso prestígio perdido que nunca tivemos(6);
Naghi! Por causa da raça ariana (7);
E as placas penduradas no pescoço (8);
Naghi! Por favor, por causa do pinto de Farnood;
E dos 3 trilhões de dólares, logo esquecidos pelo povo (9);
O Golfo Pérsico e o Lago Uromieh são mentiras;
E por falar nisso! Qual era o nome do líder do Movimento Verde? (10);
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(Coro)
Ei Naghi, ei Naghi, ei Naghi!
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Por causa do aniversário do velho peido Imã da nação (11, Khomeini);
Por causa dos comentaristas políticos fossilizados, longe da pátria;
Por causa das viúvas da classe alta que vagam pelas danceterias;
Por causa das discussões intelectuais nas salas de chat;
Por causa dos homens dissolutos com falso senso de honra (12);
Por causa das mulheres que defendem os direitos dos homens (13);
Por causa da revolução colorida na TV;
Por causa dos 3% da população que lêem livros (no Irã, existe tanta censura que o povo se desinteressou de ler livros);
Por causa dos poetas falsos e vazios;
Naghi, eu juro por essa gente inconstante;
Que diz “viva” de manhã e “abaixo” de noite(14);
Por causa dos heróis de mentira;
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(Coro)
Ei Naghi, ei Naghi, ei Naghi!
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Notas:
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(1) Lenda sobre Khomeini, que ele é mais santo que outros por que ainda dentro da barriga da mãe Khomeini já teria chamado o nome do Imã Ali;
(2) Referência ao jogador de futebol iraniano que deu um tapa na bunda de outro jogador, durante um jogo ao vivo na TV, e foi banido do time por esse comportamento https://www.youtube.com/watch?v=zWoresMpHTA.
(3) Muhammad al-Mahdi é um homem da família de Maomé que retornará à Terra pouco antes de Jesus voltar, segundo a religião muçulmana variante xiita. Mahdi teria se escondido num poço aos 9 anos de idade e ninguém nunca mais o viu com vida. Ele é considerado um ser puro e perfeito. Centenas de milhares de peregrinos vão até esse poço hoje no terreno da mesquita de Jamqaran, para beijar a tampa de metal que fecha o poço e pedir perdão pelos pecados. Aparentemente existem planos para construir uma estrada, para facilitar a caminhada do Mahdi quando ele voltar no final dos tempos. O Mahdi retornará, levará Jesus Cristo até Meca, ensinará Jesus a orar pelo Alcorão e fará com que o mundo todo seja convertido à religião muçulmana. Aqui, parece que o cantor está pedindo: acorda Naghi, por que Mahdi dormiu, algém tem que nos salvar das mãos desse desgoverno clerical. Ou pode ser uma simples gozação contra os que acreditam que o Mahdi vai voltar. É um direito dele se expressar assim, sem que venha a ser ameaçado de morte por governos ou pessoas.
(4) Alguns muçulmanos conservadores acreditam que as mulheres virgens vão para o céu. Assim sendo, é prática em certas prisões que as mulheres encarceiradas sejam estupradas pelos guardas antes de serem executadas. Segundo essa lógica, já que a condenada não é mais virgem, irá para o inferno depois de ser morta.Daí a menção “virgindade listrada”, ou sejam mulheres virgens em uniforme de prisão.
(5) Goldshifte Fahrahani, corajosa atriz iraniana que posou nua numa sessão de fotos da revista Le Figaro Madame, para protestar contra a falta de liberdade das mulheres muçulmanas iranianas que são obrigadas a cobrir o corpo.http://www.youtube.com/watch?v=ZMOLdDd1ri4. Quando voltou ao Irã, ficou presa por 7 meses e o governo iraniano a expulsão e lhe proibiu exercer o direito humano inalienável de todo cidadão que é de retornar ao país onde vivia. Está exilada fora do Irã e disse: “Olhe para nós, todos que nascemos depois da revolução. O mundo muçulmano olha para o Irã como um exemplo, um sonho, mas eles não sabem o que acontece lá”.http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1036302-atriz-iraniana-e-banida-do-pais-apos-foto-nua.shtml
(6) Por que a moeda iraniana não vale mais nada nem é mais aceita na compra de bens de luxo, só o dólar.
(7) Não tem conotação racista que teve para os nazistas. É que os iranianos são orgulhosos de suas origens, inclusive o nome Irã é originário da palavra sânscrita Arya, que são os povos arianos antigos que originaram vários outros povos em vários continentes. É uma referência à raiz original do povo iraniano, contra a dominação estrangeira muçulmana-árabe que com seus conceitos tribais atrasados da época invadiu o Irã no ano 644AD. Como o Samy bem notou em outro artigo: a classe dirigente usa bastante nomes árabes enquanto que o povo usa mesmo são nomes iranianos, da gema.
(8) Referência às placas portadas por condenados à morte em execuções públicas, onde uma das penas que vai contra os direitos humanos é enforcar o condenado em guindastes nas praças para que todo o povo possa ver. http://www.youtube.com/watch?v=MpnuF0jN7GE (cenas adultas).
(9) O valor de dinheiro que teria sido supostamente desviado em 2011 por Amir Mansour Khosravi, ministro do governo Ahmadinejad e mais 31 comparsas (quase igual ao ali-babá e os 40 ladrões), através do banco iraniano Saderat Bank.Onze deputados iranianos pediram por escrito que Ahmadinejad seja investigado por envolvimento no roubo. Aparentemente, “ele não sabia de nada”.
(10) Os protestos pela democracia no Irã em 2009 que todos vimos na TV, selvagemente massacrados pela milícia Basij, fortalecida por elementos terroristas importados do Hamas e Hezbollah do Líbano, já que nem os violentos Basij iranianos quando saiam em bandos das mesquitas onde se reuniam, tinham coragem de bater em seus concidadãos mulheres e jovens indefesos nas ruas de Teerã com barras de ferro e a tiros de armas)
(11) Referência a um apresentador da TV iraniana que usou o termo “jān-sooz” – destruir a peidos, em vez de “jān-gooz” – trágico, ao se referir ao falecimento de Khomeini.
(12) Ataque contra o machismo religioso, que dá aos homens o direito de condenar e mesmo matar as mulheres se eles se sentirem ofendidos em sua “honra”, enquanto esses mesmos homens frequentam prostitutas.
(13) E depois do item acima, ainda existem mulheres que defendem essa supremacia dos homens sobre as mulheres.
(14) Refere-se à metade do país que apoia esse regime muçulmano e a outra metade que quer liberdade para a nação iraniana. Graças a essa divisão entre o povo, os mulás conseguem se manter no poder.
Que sorte que Shain Najafi vive na Alemanha! Caso contrário já teria findo seus dias na ponta de uma corda. Vida longa ao corajoso rapper e aos revolucionários do Irã!
Bom mesmo é viver na Árabia Saudita do ditador Abdullah.
De acordo, André. Esse é outro regime atrasado, medieval e totalitário que não vai durar para sempre. Vai para a lata de lixo da história junto com o regime dos aiatolás. Nada dura para sempre, você verá.
O Islã não agrada ao Eduardo! O regime pseudoislâmico iraniano terá um fim!
Os judeus aguardam o Messias deles; nós esperamos Issa (Jesus) e o Imam Mahdi!
O que é ‘avançado’ pra você Eduardo…! hehehe!!!
Junto com os regimes ‘islâmicos’ da Arábia Saudita e do Irã, irá o governo pseudosecular israelense pra lata do lixão da História!!! hehehehehe!!!
Salaam!!!
No ultimo parágrafo Mohammad Bagher Khoramshad sintetiza o problema, a confusão entre moralismo e espiritualidade.