Iranianos e americanos, tudo a ver
04/03/12 12:59Iranianos e americanos são muito mais próximos do que se imagina e compartilham inclusive uma maneira muito parecida de enxergar o mundo e a si próprios.
A tese, que pode soar esdrúxula, é defendida pelo veterano repórter e escritor Scott Peterson no “Christian Science Monitor”, uma das mais respeitadas e tradicionais publicações do jornalismo americano.
Peterson sustenta que os dois países têm tudo para voltar a ser “aliados naturais”, como foram até a Revolução Islâmica de 1979. O autor lembra que o Irã foi um dos únicos países do Oriente Médio onde as pessoas acenderam velas em massa em apoio aos EUA após o 11 de Setembro.
O artigo, divulgado dias atrás no site do jornal (link abaixo), argumenta que as semelhanças entre as duas populações podem ser organizadas em torno de cinco características comuns, aqui resumidas, em tradução livre:
1. Excepcionalismo
Os dois países tendem a se achar nações de primeira grandeza no rol da história. Por isso, se sentem incumbidos de uma missão nobre que permeia suas políticas interna e externa.
2. Combate à tirania
Para muitos iranianos, derrubar a ditadura do xá pró-Ocidente Mohamed Reza Pahlavi era uma obrigação moral da mesma maneira que os americanos buscam liberdade e democracia. O então presidente iraniano Mohammad Khatami disse em 1998: “O que nós buscamos é o que os fundadores [dos EUA] buscavam séculos atrás. Por isso temos uma afinidade intelectual com a essência da civilização americana”.
3. Orgulho nacional
Governos de EUA e Irã adoram falar de paz, mas também estão entre os que mais ameaçam recorrer à força. Cada um dos dois países sente que o mundo gira ao seu redor e só consegue enxergar a história através da lente nacionalista.
4. Individualismo
As culturais sociais no Irã e nos EUA compartilham a mesma obsessão pelo sucesso e pelo individualismo extremo. Por isso iranianos se adaptam tão facilmente à vida nos EUA, segundo o historiador iraniano Reza Alavi, formado em Harvard e Oxford.
5. Espiritualidade
No Irã, o governo se diz a serviço de Deus, e a fé está em toda parte. Nos EUA, a Declaração de Independência diz que “todos os homens são fortalecidos por Deus”, a população se vê como “nação sob Deus” e cada nota de dólar é estampada com um “em Deus nós confiamos”.
Scott Peterson enxerga sintonias naturais entre Irã e EUA, mas também deixa claro que essas mesmas características comuns, indissociáveis de orgulho e teimosia, hoje tornam mais difícil uma reaproximação.
O link para a versão integral do artigo:
http://www.csmonitor.com/World/Middle-East/2012/0201/Iran-US-tensions-5-ways-Americans-and-Iranians-are-actually-similar/Exceptionalism
A argumentação foi tirada de seu livro sobre o Irã publicado em 2010: “Let the Swords Encircle Me: Iran A Journey Behind the Headlines” (em tradução livre, Deixe as espadas me cercarem – uma jornada por trás das manchetes)
Samy
Lamento que você tenha que ler comentários tão simplistas e binários como os que vi aqui.
Mas você já deve estar acostumado.
Parabéns pelos textos.
Quanta gente ofendida aqui, por favor!
Ta faltando as pessoas interpretar os textos.
Gostei sim do texto, e pessoas, pasmem, o Irã já foi aliado dos EUA e não faz muito tempo não, por favor parem de endeusar EUA (não nego que seja muito desenvolvido, rico, bla bla bla). Mas a política externa americana é uma das hipócritas na minha opinião.
Olá Samy. Acredito que 98% das críticas vistas aqui são de pessoas que conhecem o Irã por jornais e revistas e nunca estiveram por lá. Essas pessoas deveriam agradecer por ter aqui a oportunidade de obter informações que talvez jamais teriam em toda sua vida. Poupem o correspondente de seus fascínios por conspirações e problemas insolúveis. Sentem-se, apreciem as informações e agradeçam mais ainda pelo Samy e a equipe da Folha permitirem a liberdade de expressão e opinião aqui, algo muito raro dentro de outros espaços na intenet.
Amigo, boa sorte desejo tudo de bom na sua carreira e espero ansioso por mais informações, pois já assinei o feed. Abraços!
Opa, eu estou adorando o blog, e daí que seja “superficial” como alguns estão atacando, qual o problema? eu quero isso mesmo, um olhar humano, leve, sobre o cotidiano da população iraniana.
Desde que fiz meu intercâmbio na Turquia, me apaixonei pela cultura e tudo mais o que se refere ao Oriente Médio. Sinto imensa curiosidade em viajar e conhecer melhor toda a região.
Continue falando do trivial, sem esquecer, claro, das questões políticas, quando estas se fizerem mais relevantes no cenário mundial, enfim, estarei por aqui acompanhando.
Eu particularmente discordo de meu amigo samy,ocidente e oriente ,olhos azuis e olhos escuros .imperialistas e pacifistas ,agressores e pacificadores ,na historia moderna o imperialismo norte americano se envolveu em varias guerras ,a pior deles foi contra o japâo ,testando a arma mais fatal da epoca ,onde milhares de vidas inocentes foram sacrificadas em nome da liberdade ,e as guerras mais recete ,apoiaram o estado sionista contra os arabes e continuam ate hoje ,a guerra do golfo,a invasâo do iraque ,a guerra no afeganistâo ,isto sem contar o fornecimento de armas para grupos aliados do governo norte americano ,e hoje ameaçam a estabilidade e a segurança do povo iraniano ,este e o lado do povo americano ,para nâo falar do racismo ,dessem que cada povo tem o governo que merece ,
vamos para outro lado ,que o irâ e o povo iraniano ,a revoluçâo islamica de 1979 erà necesaria e justa ,o irâ erà governado por um homem que erà totalmente contra a vonta de seu povo ,vivia em palacios e no maior luxo da historia ,servindo a vontade de seus protetores,a revuloçâo islamica aconteceu no momento que o povo iranianoja nâo suportava mais aquela situaçâo SADAM HUSSEIN,invadiu o irâ foi com o apoio e armamento norte americano,vidas perdidas dos dois lados colocaram um pais islamico contra outro pais islamico ,o irâ apoia a causa arabe e palestina ,porque tem uma ligaçâo historica entre eles ,o pais persa,o irâ e ainda a republica islamica tem todo o direito de progredir cientificamente ,moralmente e militarmente depois de todo nâo podemos fazer nehuma comparaçâo entre um povo ameaçador a segurança mundial ,e um povo romantico pacifico e urgolhoso de seu passado ,presente e futuro.
Olá Samy, com todo respeito também não gostei dessa matéria, e esses argumentos mesmo apontados por estudiosos ficam pairando na visão americana. Gostaria de ouvir a opinião do povo iraniano? O que eles pensam sobre essa comparação? Sinceramente, estou sentindo falta de ouvir vozes iranianas!!!
concordo com vc Janaina,,,talvez algo mais local. o que a populção do Irã de forma geral,, os extremistas, os moderados ou os neutros pensam sobre esse assunto de forma geral.
É incrível como os Americanistas (ou Sionistas) não tem argumentos contra textos ou citações que mostram o oposto daquilo que eles adoram usar nas argumentações contra os países islâmicos.
Só resta rir. Porque contra-argumentos, é sempre o mesmo besteirol enlatado de quem só sabe ler o que convêm.
E tem mais o irã é atrasado tecnológicamente, os EUA tem poder para acabar com o Irã em poucas semanas e levarem esse país a idade da pedra. Agora a pergunta é se fosse o contrário? o que aconteceria com Israel, EUA se o irã tivesse realmente poder de fogo.
o que dizer do pastor iraniano que está preso e pode ser enforcado a qualquer momento por ter se convertido ao cristianismo. O irã pode ter milhares de anos de história, mas hoje não passa de um povo bárbaro.
Esses comentaristas não leem ou não sabem interpretar texto ou o quê? As semelhanças se referem ao modo como os povos de cada um daqueles países SE VEEM, e não como eles SÃO de verdade ou como seus países AGEM de verdade. Todo país tem em sua cultura uma autoimagem que influencia o modo de seu povo enxergar o mundo e a si próprios, e os iranianos e os americanos realmente compartilham, até onde já li sobre o assunto, alguns traços como o nacionalismo, a ênfase num “destino manifesto” do país, o orgulho da cultura nacional e a ideia de bravura e de resistência contra a tirania (apesar de ser óbvio que tanto o Irã quanto, mais ainda, os EUA já deram e dão apoio a regimes tirânicos). Os mais exagerados não vão nunca admitir, mas a verdade é que o momento mais democrático (do ponto de vista político, mas não do da democracia social) do Irã se deu após a Revolução de 1979. O país, com todos os seus problemas, tem instituições mais abertas à decisão popular do que todos os países do Golfo e ainda a Jordânia, Síria e outros.
Agora, se os “orgulhos” são verdade ou não, não é o assunto do tópico ou da reportagem citada, pois o que é digno de nota é que iranianos e americanos se enxergam – hipocritamente ou não – de forma quase igual – talvez por isso mesmo briguem tanto, já que cada um vê a si próprio como excepcional e único.
1. Excepcionalismo:
Os EUA são um país jovem e poderoso. Seu poder está projetado pelo mundo todo.
O Irã é antigo, atrasado e só projeta terrorismo.
2. Combate à tirania:
Os EUA, democráticos, derrubaram o Japão imperial e a Alemanha nazista. Salvaram metade da Coréia. Derrubaram o Saddam.
O Irã, tirania teocrática, financia terroristas no Líbano, nos territórios palestinos, no Iraque…
3. Orgulho nacional:
Os EUA têm muitas conquistas culturais, legais, militares, tecnológicas e etc. para exibir. E o mundo realmente precisa levar suas posições em consideração.
O Irã é um atraso só. Um anão encrenqueiro no cenário internacional.
4. Individualismo:
Talvez, talvez!, haja convergência aqui.
5. Espiritualidade:
Os EUA são uma democracia laica (não atéia, laica) onde o exercício da religião é livre.
O Irã é uma teocracia islâmica onde o exercício da religião não é livre.
Só posso dizer uma coisa: sem comentários !!!
2. é irônico que se discuta o Irã, país cujo programa nuclear é controverso, quando os EUA tacaram duas bombas nuclearas na cabeça de milhares de civis japoneses. E ainda falam de terrorismo…
3. novamente, é irônico se falar em orgulho nacional quando você cita a alemanha nazista e o japão imperial.
5. Muitos norte-americanos nao concordam com você, inclusive aqueles que sabem o absurdo que é ensinar criacionismo nas escolas.
Mas melhor nem continuar, vai que seu post é uma, …, ironia.
Jovem, faça as pazes com a língua portuguesa e informe-se sobre a história e os regimes de Irã e EUA.
E procure, com urgência, descobrir o significado da palavra ironia.
Os itens 2 e 3 são de um cinismo atroz.
2. Combate à tirania, pelos americanos ? E o que dizer do apoio americano a tudo quanto é tipo de tirania, exemplificada hoje pela A. Saudita ? E o que dizer do ditador Mohamed Reza Pahlavi, que foi colocado no poder pelos americanos ??? É muita cara de pau mesmo…
3. Governos de EUA e Irã adoram falar de paz, mas também estão entre os que mais ameaçam recorrer à força.
Quando foi a última vez que os americanos invadiram um país ? Ops, o Afeganistão HOJE está sob invasão americana…Em comparação, quando foi a última vez que o Irã invadiu alum outro país ??? Alguém aí pode dizer ???
É muita canalhice do autor (americano, obviamente) fazer essa comparação.
José X, agradeço o comentário, mas insultos não serão permitidos.
Samy Adghirni. Você é mesmo (sinceramente) um democrata. Espalhe esse espírito por aí…. uma semente, quem sabe. Meus parabéns, de novo…
O artigo é ridículo e sem embasamento, mas merece atenção porque publicado num jornal respeitável. São duas culturas e dois estados totalmente distintos: O Irã nunca invadiu outro país (se você incluir a antiga Pérsia… talvez no terceiro século de nossa era), já os EUA a invasão é rotina (aliás, agora me lembro da invasão na pequena nação caribenha Ilha de Granada). Outro ponto importante, o IRÃ nunco jogou bomba atômica em outro País, os EUA jogaram sobre civis em Hiroshia e Nagasaki…
Podemos concordar ou não com o artigo no seu todo ou em parte. Durante milhares de anos o imperio egipcio fez da Palestina e Israel um territorio de guerras contra os reinos mesopotâmicos (Assíria, Babilônia, etc.). O Brasil vivia em guerra contra a Argentina pela chamada provincia Cisplatina que hoje é o Uruguai, e hoje o este país disputa com o Brasil a posse de uma ilha do meio do rio Uruguai. O Brasil impôs um acordo leonino contra a indefesa Bolívia roubando o Acre num estilo similar ao confisco do Texas pelos EUA por que imigrantes brasileiros alí se haviam estabelecido. Aliás, todos aprendemos na escola de primeiro grau que o Brasil só tem o tamanho que tem por que invadimos o que seria por acordos internacionais o territorio espanhol na América do Sul. O Brasil era para terminar no paralelo que passa por Santa Catarina, depois era tudo espanhol até o océano Pacífico. Chile conquistou territorio boliviano e peruano e Paraguai conquistou territorio boliviano na sangrenta Guerra do Chaco. A “progressista” Nicarágua, invadiu territorio da Costa Rica em 2010, sabemos que a Costa Rica não tem exército é um país não militarista, mas foi invadido pelos guevaristas amantes da paz “hay que ser duro pero sin perder la ternura”. A Rússia Soviética do doente psicótico Stálin e a atual Rússia do califa Putin, nem precisamos falar sobre as anexações, invasões, guerras, chantagens e os 20 milhões de mortos que tal regime causou no mercado doméstico e em países grandes e ameaçadores como Letônia, Estônia e Lituânia. China, invadiu o Tibete, um país pacífico, indefeso, regido por monges budistas de etnia diferente da Han e alí está implantando o maior programa de destruição de uma cultura milenar que se tem noticia. China também está impondo pela força a revisão de fronteiras com países vizinhos a tal ponto que mesmo o socialista Vietnã assinou um acordo de cooperação militar com os EUA para se proteger do apetite do país progressista e amante da paz vermelho. O imperio persa, viveu 700 anos de guerras com o imperio romano e depois bizantino, invadindo países como Egito, e Síria. Todos os países de algum poderio na história da humanidade invadiram outros países. Certamente em tempos recuados, bandos de homens das cavernas partiam em excursões para invadir a caverna do vizinho em busca de botim. Todos sabem que os bois acham a grama do outro lado da cerca mais verde e gostosa e tentam pular a cerca (no sentido culinário e não sexual). Crucificar só os EUA por causa de um comportamento humano típico que independe de país, regime político e tempo histórico, é muita ingenuidade ou desinformação.
Além das inescusáveis bombas atômicas, os yanki despejaram milhares de bombas de urânio empobrecido (depleted uranium) no Afeganistão e no Iraque, matando e condenando milhares de civis (a guerra dos eeuu e da otan no Afeganistão já dura mais que as duas guerras mundiais juntas e, pior, agora montaram um escritório para o Talibã no Qatar para negociar a paz. Outro dia pediram mais proteção da polícia afegã…). E os ataques com drones estadunidenses que vêem matando milhares de pessoas inocentes na Ásia e na África, os tais “collateral damage”? É triste saber que a alienação possuiu as pessoas ao ponto de justificarem esse rol infindável de assassinatos.
O que é mais grave? Exterminar 20 milhões de cidadãos como fez a Rússia Soviética ou matar centenas de milhares de japoneses com bombas atômicas como fez os EUA? O que é mais condenável: o genocídio turco contra os armênios (2 milhões de mortos) ou os fuzilamentos de Castro na sua moderníssima ilha canavial (10 mil fuzilados no paredón)? O que é mais inumano: matar gente que promove o terror e a guerra por meio da religião ou matar 600 passageiros de avião e 5 mil trabalhadores inocentes no World Trade Center? Avisão tipica da vitima latinoamericana nas garras do imperialismo yankee é fácil. Somos vítimas dos EUA. Fomos roubados por Portugal e Espanha. Epa… só que deixamos de ser colônia há 189 anos atrás… perai…deixa achar outro culpad. Já sei: a Inglaterra, o imperador D. Pedro I, o atrasado caudilho paraguaio Solano Lopez! Eles são culpados pela nossa desgraça! Peraí… mas Inglaterra não é mais potencia mundial. Quem é o culpado então? Claro, os EUA! E quando os EUA desaparecerem como potencia, eu logo acharei um culpado! Todos são culpados, menos eu. Todo esse lixo ético, essa corrupção política (nunca antes vista na história deste país), o desprezo com que os governantes tratam o cidadão, o roubo descarado do dinheiro do povo, a compra de votos cesta básica, a manipulação do povo simples e desinformado, os 140 milhões de brasileiros que vivem com menos de um salário mínimo (dados IBGE 2010), tudo é culpa dos EUA! Não fomos nós que os elegemos. Não fomos nós que calamos. Não fomos nós que consentimos. Não fomos nós que compactuamos com a malandragem, o roubo ou fechamos os olhos enquanto a mentalidade gersoniana do “quero levar vantagem em tudo, certo” tomou conta do país, do povo e de nossos filhos. Afinal, a gente estava mais ocupado vendo novela na TV e tomando cerveja com os amigos depois da pelada de fim de semana. Por isso, nós somos vítimas. O mundo é vitima, e a culpa é… é… é do vizinho!
Help!!! sera que a Folha nao tem nada melhor para ocupar esse espaço!!
Depois do ‘individualismo’ iraniano, a Folha vai publicar uma matéria sobre a democracia do Putin, e os modos suavaes e delicados do Assad lidar com a oposição síria ha ha ha…. Chama o Macaco Simão !!!
Se vcs nao se interssam pelas matérias; por favor, se abstenham de comentá-las ou nem passem por aqui. Eu eu muitos outro leitores gostamos e temos o direito de vê-las. Os comentários de pessoas que fazem ataques pessoais e sem fundamento, atrapalham esse espaço.
No Irã, o regime islamo-fascista tomou o poder ao enganar o povo iraniano em 1978. Basta procurar no youtube, a entrevista com o Khomeini então exilado na França, na qual ele afirmava que implantaria um regime democrático no seu país. O povo iraniano, cansado da ditadura do xá, o derrubou. Khomeini ao voltar, desrespeitou suas promessas de democracia e implantou um regime terrorista-totalitário-muçulmano. Terrorista por que impôs seu governo aterrorizando a oposição, inclusive os partidos de esquerda que o haviam apoiado. Numa demonstração que o que lhes interessava era o poder pelo poder e contra o povo, o regime khomeinista passou a utilizar os mesmos torturadores da polícia secreta do xá (Savak) para torturar os opositores do regime desses mulas e aqueles que defendiam as liberdades democráticas. Coisa similar aconteceu no Brasil onde um partido que dizia defender o povo, ao tomar o poder usou de todos os modos inclusive a corrupção e roubo do dinheiro público para se manter no poder, causando um declínio ético e moral nunca antes visto na história do nosso país. Talvez por essa afinidade de se manter no poder pelo poder, alguns governantes nossos andavam de mãos dadas com os representantes desse regime iraniano islamo-fascista. No Irá, espetáculos públicos condizentes com a mentalidade medieval desses governantes, logo começaram a circular em vídeos na Internet, como por exemplo os enforcamentos de homossexuais ou adúlteras, que não bastasse a injustiça do seu assassínio, eram enforcados lentamente em guindastes (gruas) colocados na praça da cidade para que o povo todo visse ou apedrejados em praça pública. Basta procurar no Youtube e encontrarão vários exemplos. O povo iraniano tem milhares de anos de história e tem afinidades conosco, pois seus ancestrais são os indo-arianos, os mesmos que originaram os povos europeus que depois colonizaram vários outros países inclusive o Brasil. O idioma farsi (pronúncia árabe, na verdade se chama “parsi”), não é aparentado com o árabe embora utilize a escrita árabe. Ele é um idioma cujas raízes são as mesmas dos idiomas europeus, inclusive o latim e depois o português. Quando as ignorantes tribos do deserto da península arábica, lideradas pelo califa Omar que era analfabeto, conquistaram o império Persa se beneficiando do enfraquecimento deste por causa das guerras sem fim com o império Bizantino, foram os estudiosos persas que compilaram a primeira gramática do idioma árabe. Essa afinidade, se manifestou quando – conforme descrito no artigo – alguns cidadãos iranianos por iniciativa própria se reuniram numa praça e acenderam velas em homenagem aos mortos assassinados pelos terroristas muçulmanos no em setembro de 2001. Logo a polícia islâmica apareceu e bateu e prendeu quem estava na praça. Depois, todos vimos a luta pacífica dos milhões de cidadãos que saíram às ruas contra a ditadura em 2009 no Irã. É um povo valente, lutador e que um dia conquistará sua liberdade de viver, de expressão e a igualdade entre os sexos. Parabéns ao povo iraniano e que sirva de exemplo ao apático povo brasileiro, que leva tapas na cara de alguns governantes e fica sem reagir – ou pior, acha que tudo está indo bem. Acorda Brasil!
Também recomendo uma matéria sobre Fitness e saúde perfeita assinada pelo Fidel e pelo Chavez ! Combina com a ênfase ao ‘individualismo’ iraniano….
A propósito caro Samy, se possível, escreva algo sobre a condição das minorias (religiosas e sexuais) e nos ajude a entender melhor as eleições e organização política por aí…grato e avante!
É… eu apóio. Gostaria de saber mais sobre a democracia iraniana ! E também sobre a liberdade religiosa ampla daquela ivilização avançadíssima !
Simplesmente ridículo,havia tempos que eu não lia algo tão ridiculo como essa matéria
Gosto do seu blog, gosto da História Persa (do pouquinho que sei como historiador), concordo que a luta contra a tirania é intrínseca a própria condição dos iranianos, pois essa é inclusive uma das bases do xiismo (apesar dos caminhos que a revolução tomou) e diria mesmo que vem desde antes, com a tolerância dos Aquemênidas e do zoroastrismo, porém confesse, sua colocação provocadora d’associar o individualismo e o combate as tiranias persa e ianques foi uma ironia, né?
O que me chamou a atenção no artigo foi o conceito de individualismo, o qual seria assemelhado nas duas culturas. É algo que se precisa conhecer no quotidiano do país, pois eu tinha uma imagem diversa do povo persa, em vista de sua História. Em certa medida, o individualismo é benéfico à sociedade. No entanto, como tudo, necessita de equilíbrio.
Isso mesmo… o individualismo no Irã é extremo porque se você faz qualquer coisa diferente você é enforcado ha ha ha ha Isso é que é individualismo EX-TRE-MO !!!
O Camacho? deixa de ser Camacho?rsrsrsrs
Evandro, obrigado por participar do debate, mas abstenha-se por favor de ataques pessoais.
Combate à tirania ? Você deve estar brincando, não é meu caro Adghirni ? Não tenho notícia de que os EEUU enforque opositores lentamente em praça pública; apedreje ‘adúlteras’; financie islamo-facistas; proclame a necessidade de destruir algum país, mesmo que inimigo; declare a inexistência de homossexuais; enforque pastores ou sheiks. Deve ser uma piada, com certeza.
De fato, os EUA são mesmo um país excepcional em matéria de direitos humanos. Até meados da década de 60, negros e brancos não tinham os mesmos direitos. Osama bin Landen, independentemente da sua culpa, foi morto sumariamente. Sem esquecer que ele havia sido armado e treinado anteriormente pelos EUA (fato notório). Querido colega, todo mundo tem teto de vidro: Brasil, EUA, Irã etc. É tudo um questão de regimes a favor ou contra os EUA. Árabia Saudita é uma das piores ditaduras e ninguém fala nada porque eles, assim como os chineses, dominam o mercado financeiro americano.
Todo mundo tem teto de vidro. Adolf Hitler era vegetariano, não era ? Então, se tudo éigual, não há bem nem mal, tudo é carnaval… deixemos que Assad massacre livremente !!!! Aliás, já que vc tocou na questão racial nos Estados Unidos, é lá que o Presidente é um brancão do meio-oeste, não é ?
Camacho, na verdade, condeno bin Laden pelos ataques do 11/9, mas isso não dá o direito a ninguém de matá-lo sumariamente, ele não teve direito a um julgamento justo. Uma ditadura é ruim, sempre é. O Irã é, sim, um ditadura e ninguém nunca negará isso (qualquer tentativa de negar é burra), mas é preciso defender os direitos humanos em qualquer lugar no Irã, na Arábia Saudita, no Congo, na Síria etc. A verdade é:as ditaduras são atacadas apenas quando os regimes não são pró-ocidente. Isso é um fato. Os EUA apoiaram um regime autoritário no Brasil, em que milhares foram assassinados e mortos. E por que a Otan não intervém na Síria como fez na Líbia? Por que não intervieram em Ruanda? Porque não é tão interessante economicamente. E bomba nuclear, por bomba nuclear, Israel já tem a sua e o Paquistão também e ninguém diz nada. Não se trata de uma defesa do regime iraniano, mas, sim, de uma ponderação dos fatos. Porque, ao que me parece, o senhor apenas ataca os iranianos com uma visão bastante estereotipada.
Marta …um erro não justifica outro…Trata-se de um regime que não é laico (por ser religiosos fanáticos no poder) e cruel … não existe direitos humanos , etc… Se obtiverem a bomba nuclear , será o start para todos os países se armarem na região , aumentando mais o risco de conflito nuclear na região e se propagar pelo planeta…O problema na região é mais profundo do que você imagina…
Hnn,décio, é melhor você ler o texto da Marta novamente, e interpretá-lo.
Marta concordo em partes com você, não que eu seja a favor de execuções sumarias etc… mais uma “liberdade” que também não respeitem as tradições mais conservadoras no caso de muitas pessoas que defendem princípios religiosos, que é contra a depravação moral a sensualidade no caso do Brasil por exemplo, como vão ficar essas pessoas que temos não só no Irã e EUA mais também em todo mundo? será que elas não vão ser discriminadas nu futuro não muito próximo? fica a pergunta? todos seres humanos devem ser respeitados, inclusive temos o direito criticar sem ter que ser multado ou até mesmo preso se for aprovada a Pl 122 que tramita no Congresso Nacional, seremos perseguidos por sermos contra! absurdo isso! temos sim, que ter o equilíbrio.
Agora, a morte de Bin Laden, ‘independente de sua culpa’, sinceramente… Vou te mandar uns vídeos dele rindo do 11/09. Você é algum tipo de comediante, não é ?! Ou andou por marte nos últimos anos ??Colega do “Rafinha” ? Olha, conta outra, que essa foi muito sem graça !
Camacho, o blog é um espaço de debate, mas abstenha-se por favor de ataques pessoais.
Devidamente moderado…
Meu caro Samy. Não sei se você já ouviu alguma iraniana te contar como foi colocada de olhos vendados num paredão enquanto um decreto sumário de morte (de ‘brincadeirinha’) era verbalizado, antes do matraquear das armas. Ou de como uma amiga dela foi presa pelos guardas revolucionários porque estava sem meias e sozinha em um táxi e jogada amarrada em um saco de baratas. Eu já ouvi… ao vivo e à cores. Mas quero aqui dar um testemunho do CARÁTER DEMOCRÁTICO VERDADEIRO DO SEU BLOG. Em outros setores da Folha, publicam o que agrada o moderador…. Parabéns (sinceros) Samy !!!!!
Pensando bem… você andou bebendo daquele chá da sua amiga ‘espiritualista’ ???
Arábia Saudita é um lixo !! Mas não me consta que andou trabalhando para obter armamento nuclear enquanto fazia milhares de ameaças de fazer outros países desaparecerem…
É certo que o Irã fez ameaças absurdas, e acredito que o programa nuclear iraniano de certo modo é questionável. Contudo, isso não tira a sua legitimidade, como de qualquer outro, para desenvolver a tecnologia nuclear com fins pacíficos.
Aproveito para responder o teu comentário abaixo.
Pouco importa se o imperialismo é chinês, norte-americano, britânico ou romano, qualquer um deles é ruim.
Quanto aos chineses, quando e se se tornarem uma nação hegemônica, sentiremos muuuuiiita saudade dos EEUU…
Até aí, também podemos nos colocar nesse rol!
1 – Também somos excepcionais, mas no sentido de deficientes mentais;
2 – combatemos a tirania, por isso o carnaval, a cervejinha depois do trabalho, o churras no final de semana…
3 – somos orgulhosos dos nossos feitos; quem mais é Penta campeão ?
4 – somos individualistas ao extremo, cada um na sua, não faz marola p não respingar nos outros!!!!
5 – Candomblé, Umbanda, Espiritismo, Evangélicos, Católicos, Budistas, Judeus, Mulçumanos vivendo juntos e sem se matarem… quer mais paz espiritual que essa?
Mandou bem pra caramba !!!
Grande comentário. Criatividade 10. No item 3, eu responderia o Zagalo, que das 5 que possui, duas ele deve ao Garrincha, a quem, aliás, ele jamais cita!
persas abram o olho
o cerco a vcs esta se fechando…
e ele nada tem a ver com armas nucleares, liberdade e/ou democracia
se trata tão somente de $$$$$$$$
basta pesquisar por “peak oil” no google
p/ entender pq do cerco ao irã
É-nos dito que o petróleo é um combustível fóssil, que apareceu na pré-história geológica há 500 milhões de anos, originário da decomposição de plantas e animais mortos. Pequenos organismos foram enclausurados no fundo dos oceanos numa camada de lama e encobertos por outras camadas de solo, formando ao longo do tempo o petróleo.
É-nos dito que a energia do sol seria captada pelos seres vivos e nós podemos liberar novamente esta energia armazenada há centenas de milhões de anos através da queima do petróleo.
As reservas dos combustíveis fósseis, especialmente o petróleo, duram no máximo até aproximadamente o ano 2060, é-nos dito.
[…]
Tudo isso é-nos dito!
Mas o que acontece se toda esta história não tiver fundamento e tudo se tratar de uma lenda? Sim, o que seria se o combustível fóssil petróleo não fosse fóssil , não provém de organismos mortos marítimos, mas sim fosse de outra natureza?
http://inacreditavel.com.br/wp/qual-crise-energetica/
O Peterson assumiu a arrogância estadunidense ao querer comparar os 7 mil anos de História Persa com a sua jovem nação de 500 anos repleta de destruição e assassinatos ao redor do mundo, a começar pela doutrina monroe de submissão e destruição da América Latina. Venho lendo seu blog e tenho me decepcionado pela ‘linha yanki/européia ultrapassada’ nele adotada que deixa de aproveitar a oportunidade de refletir sobre o que há de melhor no Irã.
o que existe de melhor no Ira, e seu povo…que infelizmente foi calado pelos islamo-fscistas no poder
“aliados”? a CIA deu um golpe de estado no Irã em 1953 para recolocar um sha no poder e manter o monopólio da British Petroleum sobre as reservas iranianas de oleo cru, aliás o melhor do mundo. A Revolução Islamica de 1979 é uma das três mais importantes da História junto com a Francesa e a Bolchevique. Fascistas são os governos das potências ocidentais!
Isso que um bloqueiro faz?
Copia matéria?
Ainda esdrúxula como essa?
Visão muito interessante. Nunca tinha parado pra pensar nisso e, no entanto, agora me parece extremamente lógico.
…muito interessante, seria a Folha publicar um blogueiro da Siria, relatando a carnificina que os civis estao sendo vitimas.
A Folha esqueceu o sofrimento dos Sirios para brincar desse blog ridiculo?
JotaTe, não tenha dúvidas de que teríamos um correspondente na Síria se o regime de Bashar Assad permitisse a presença de jornalistas estrangeiros em seu país. Além disso, a situação na guerra síria é relatada diariamente nas páginas do jornal impresso e na parte do site reservada ao noticiário internacional. Fica a dica: http://www.folha.com/mundo/
A finalidade deste blog é tratar de temas originais que fujam do noticiário factual disponível em muitos outros lugares. Aqui a ideia é tratar de temas diferentes e expandir o foco das conversas sobre o Irã para além das já notórias questões relacionadas ao governo de Teerã.