Etiqueta iraniana
17/02/12 21:45Após meia hora num taxi ziguezagueando pelo caótico trânsito de Teerã, chego ao meu destino. Como não existem taxímetros por aqui, uso meu mísero farsi para perguntar ao motorista quanto devo pela corrida. “Seja meu convidado”, responde o sorridente velhinho. Finjo que não entendi. “Não precisa pagar”, insiste o senhor. Eu poderia ter dito “muito bem, obrigado” e descido do carro. Mas já havia sido alertado sobre os exageros pró-forma dos bons modos iranianos. Quando deixo claro que tenho pressa e quero pagar logo, outra surpresa. O tiozinho agora quer 10 tománs, o dobro do que eu já paguei pelo mesmo trajeto. Tento dizer que o preço é absurdo, mas meu farsi é insuficiente. Repito em voz cada vez mais alta a única frase que sei dizer numa situação como esta: “khub nist, khêili bad”, algo como “isto não é legal, isto é muito mal”. Consigo baixar para 8 tománs, que arranco da minha carteira e jogo em cima do painel, mas saio do táxi possuído de raiva. Como alguém é capaz de passar da gentileza à patifaria em segundos?
Malandragens à parte, é preciso tempo e paciência para decifrar os códigos sociais no Irã. Todas as condutas interpessoais, na rua, entre amigos ou no escritório, são norteadas pelo taaruf, a etiqueta da hospitalidade e amabilidade. Às vezes, é só conversinha. Noutras, generosidade sincera. O difícil é identificar cada caso. O taaruf determina que um comerciante recusará várias vezes o pagamento da mercadoria antes de aceitá-lo. É um acordo implícito entendido por todos: “eu digo que não precisa pagar até você me forçar a aceitar o dinheiro”. No restaurante japonês mais badalado de Teerã, o garçom também disse que o jantar era por conta da casa.
O taaruf geralmente vem com uma carga de poesia que soa estranho para qualquer ouvido ocidental. Ao recusar o dinheiro, o dono da loja dirá coisas como “sou pequeno diante de sua presença” ou “você está me honrando”. Mas vai ter que pagar. No trabalho é comum um funcionário novato trabalhar sem receber por semanas antes de tratar de salário com o patrão. E se eu elogio o novo relógio de um amigo iraniano, ele provavelmente o tirará do pulso para oferecê-lo. É evidente que não posso aceitar.
Isso dito, existe aqui uma verdadeira cultura de hospitalidade e delicadeza no trato. Ao saber que eu hospedava visitas do Brasil, a proprietária do apartamento onde moro apareceu com um delicioso prato de arroz e frango com açafrão que ela mesmo, médica atarefada, cozinhou por horas. Nos meus primeiros dias em Teerã, me perdi na rua quando ia a um compromisso. Só me achei graças a um iraniano que, sem cobrar um centavo, ligou do próprio celular para a pessoa que me esperava para conferir o endereço. Nas famílias mais humildes, é comum o anfitrião dormir na sala para ceder o próprio quarto ao convidado. Não se chega na casa de alguém de mãos vazias.
Morei no Iran por 2 anos. Sem sobra de duvida foi uma das piores experiência de vida que uma pessoa possa passar, principalmente para a mulher. Acho que devemos respeitar todas as culturas mas essa iraniana essa religião islâmica e quase que intragável. Os governates e os homens tranta nos mulheres como lixo, e pelo fato de ser estrangeira e de nao usarmos thiador ou véu somos todas Pu… Durante o tempo que viver lá eu tinha medo de tudo e de todos , eu nao tinha paz espiritual, fui abordada 2 vezes na rua porque as policia de custume acharam que eu estava com o manto curto só nao fui presa porque eu estava com o passaporte brasileiro. Mais conheço uma croata que morava no inteiros que foi levada pela policia que foi agredida com tampas na cara. Eu também morrei no interior e os regime e bem mais rigoroso e as pessoas são bem mais fanáticas na religião, uma mulher que se veste so de preto falou que ia corta meu cabelo. Por causa dessas e de outras eu ficava em prisão domiciliar ate 20 dias sem sair de casa. Concordo plenamente com o comentário do Eduardo o Iran vive uma DITADURA onde as pessoas nao podem nem pronunciar insones dos governantes, onde a vida da mulher tem menos valor no caso de assidente. E caso de julgamente e preciso 2 mulheres pra valer por o testemunho de um homem. E essas tais gentileza chega ate me dar vontade de vomitar quantas vezes fizeram isso comigo nao precisa nao e nada. E me cobravem o triplo porque sabia que eu turista. São um dando de fofoqueiros e interesseiros eles tinha a cara de pau de a primeira vez que me viram na vida perguntar quanto meu marido ganhava. Só pensan no dinheiro meu marido teve todos os problemas do mundo na quele pra pais pra poder receber, e vinhemos embora deixando muito dinheiro pra taz porque eles nao cumpli com
a palavra deles. Ficou o dinheiro pra trás mais viemos pro nosso pais e lá nunca mais queremos voltar.conviver com algumas mulheres Brasileiras que são casadas com iranianos essas realmente eu tenho muito do.Quase todas apanha deles nao são feliz e a impressão que tenho que são quase todas perturbadas. Infelizmente o convívio com o marido com a família deles e com a cultura deixa elas assim. Vive muitas coisas ruim lá nesses 2 anos, mais graças a deus nao sou iraniano foi só uma temporada fico pensado nas mulheres que vivem lá que nao podem sair, que são oprimidas e nao podem reagir se nao vão ser mortas msm. Lá vc só tem uma única opção fazer o que os loucos dos iatolas querem. Ou então vão ser enforcados, torturados, apedrejados, chicoteados. Resumo da cultura no meu ponto de vista a pior ipocrisia que eu já vir na minha vida. Nada pode. Mais tudo tem . Tem dogras,prostitutas, homossexuais, bebidas, e altas festas. Tudo isso detro das casas ou nas piscinas subiteramias pra nao fazer muito barulho. Ah e muitos ladroes inclusive deixei 4 mil dólares em um cheque para um iraniano que se dizia muito meu amigo e amigo da minha família.pra ele mandar pra mim. Eu liguei pra ele por favor quero o dinheiro ele falou gastei kkkkk. Pra mim todos pobres em todos os sentidos os iranianos em 2 anos que vivi lá nao conhecir nenhum que tivesse realmente caracter.
Samy, achei super interessante seu blog, gostaria também de dar algumas sugestões, afinal de contas, são 23 anos de convivência com o povo Iraniano.
auhsuhauhsuhaushuas!
Bah! Que me desculpe a ignorância, mas se um taxista me diz isso, eu saio sem pagar.
Não sabia que cultura iraniana era assim… Diferente.
Caro Samy, 1ªvez que leio seu blog… achei muito bom. Ja viajei a vários lugares e sempre tive curiosidade em saber como seria conhecer um país no oriente médio. Para o Irã, por exemplo,,,nós brasileiros precisamos de visto? Falando inglês, seria possível “se virar”?
parabens pelo blog, como disseram nos comentários, serei mais um leitos assíduo do blog agora.
abs
Hudson, brasileiros precisam de visto, sim. Entre em contato com a Embaixada do Irã em Brasília.
Evidente que os persas e árabes têm uma cultura riquíssima, relativamente abafada e controlada artificialmente pela religião dominante. Se por um lado as normas e costumes antiquados da idade média os obrigam a agir estranhamente, no trato social discreto do interior das casas é onde se mostram sem receio – quando se parecem mais conosco – e externam seus descontentamentos com a opressão dominante. Pelo menos é a impressão que tenho, posso estar enganado. Excelente a iniciativa de seu blog, desejo muito sucesso.
Totalmente de acordo, você disse tudo, André.
Olá Samy,
Sou Michele, que trabalha na Embaixada.Fiquei feliz de ver seu blog, relatando um pouco de como tem sido sua vida aí no Irã.
Continue postando, seu blog é bem legal!:) Khodahafez!
O pessoa adepto do relativismo cultural que me desculpe mas não é por acaso que o ocidente está anos à frente em matéria de civilidade do que o Irã.
É claramente injusto e anti-transparente um sistema que deixa ao poder de barganha das pessoas definir o preço das coisas. Sem falar na inútil perda de tempo.
Alexandre, cada cultura tem maneiras diferentes de abordar a vida e as relações humanas. Num Ocidente dominado pela cultura da eficiência e da produtividade, às vezes há uma impaciência com modos mais disseminados no Oriente. Sim, no Irã e em vários outros lugares, a barganha existe, e a relação com o tempo é diferente. Isso não faz uma cultura ser melhor ou pior do que a outra. Alguns orientais quando viajam ficam chocados com alguns aspectos da vida social em cidades ocidentais, como o individualismo, a obsessão pelo dinheiro, a falta de solidariedade com os mais velhos e os necessitados, a agressividade das pessoas nas ruas, o racismo etc. No Irã e em vários outros lugares tudo isso é tido como desumano. Se você leu meu post, terá entendido a generosidade e a doçura nos modos que predominam aqui. O que você chama de “civilidade” tem sentido diferente em cada lugar.
Samy, parabéns pelos posts. Muito bons. Ótimo sair do clichê, e espero que nenhum louco invada o Irã, porque isso destruiria a nascente ou crescente sociedade civil. Bem, no caso em questão: não é mais fácil, simplesmente, sabendo quanto “vale” essa corrida, estender a ele os 5 tomans e despedir-se com um obrigado? Bom sucesso na coluna e no Irã.
Que bonito seu relato. Parabéns pelo blog, Samy. Abraço.
O Ira fascina mesmo e tem uma cultura milinar e um povo agradavel e simpatico. E muito bom esse trabalho e estas materias que voce escreve Samy, porem a Folha nao vai sussegar enquanto voce nao escreve o que encomoda os governantes do Ira, isso faz parte da politica da Folha e do compromisso profissional de transmitir a verdade. Digo mais, a Folha vai querer encomodar um governo inimigo dos Estados Unidos…Espero que este jornal aguente a minha verdade sobre a sua politica….
Voce e um bom profissional, Samy e nao preciso falar sobre teu compromisso em contar a verdade, goste quem gosta ou nao….
Boa tarde Samy, Muito bom o teu blog, penso que será muito interresante,estar no Irã, vou acompanha-lo, aqui do Rio Grande do Sul.
Fascinante !
Adoro seu Blog. Gostaria de passar férias no Irã, incluindo o Mar Cáspio. Como devo fazer?
Jose Henrique, a única possível dificuldade é conseguir o visto. Entre em contato com a Embaixada do Irã em Brasília. Uma dica: visitar o mar Cáspio no inverno não é uma boa, prefira o período entre março e outubro.
Não conheço o Irã nem gostaria de conhecer, mas certamente lá deve ser o país do faz-de-conta.
Antes de mais nada parabenizar a folha e o jornalista Samy pela excelente iniciativa.
Dentre muitas coisas que poderiam ser ditas às 4:15 da manha eu destaco que de certo o Irã foi a primeira grande potencia do planeta, bem antes de Alexandre e Roma.
Inclusive se levarmos em conta o critério romano, o estranho critério romano que conta o tempo do império a partir da fundação da cidade(que levou 500 anos para conquistar a penísula) teríamos um império persa com mais de 1.500 anos de existência.
Para enfeite cumpre também somar as áreas dos respectivos impérios e suas importâncias estratégicas já que a Pérsia era a dona da rota com a China e Índia coisa que Roma almejou e nunca alcançou.
Ideologias à parte, tenho muita simpatia pelo povo Iraniano. tenho comigo trata-se de um povo moderno e inteligente. Quero deixar claro tratar-se da impressão de um sujeito que conheçe muito pouco dos iranianos. É impressão que me dá: um povo muito simpático… (seu blog está no meus favoritos, quero muito partilhar de seus comentarios). Hoje assisti ao filme “A Separação” que fora premiado em Cannes, acredito eu e que me impressionou muito, muito mesmo. Durante todo o filme pensava em duas coisas: na covardia de lançar à guerra milhoes de pessoas tão generosas. Familias inteiras sendo diuturnamente bombardeadas pelas nações do ocidente… meu Deus, toda guerra é um horror, mas esta, particularmente, me dá uma sensação muito ruim. Gostaria muito de ver o fim dessa crise que parece – segundo as noticias que nos chegam -cada dia mais grave. Por mais que tentam nos convenser trata-se de uma nação de oprimidos e que a mão amiga do ocidente, a custa de muita dor, irá libeta-los, essa seria uma guerra que gostaria muito de evitar. A outra coisa é que, depois deste filme, quero ficar um bom tempo longe deste tipo de cinema. Me vi no lugar daquelas pessoas, daquelas duas familias. A criança, o desempregado, o homem honrado, sua mulher… aquela estudante. Tudo tão real. Nossa! Que Deus os protejam, e que mal algum acontece ao povo de lá.
Parabens Samy, vou ser sua leitora assídua. Cuide-se.
Muito interessante, Samy! Carecemos de uma visão da cultura Iraniana.
O “tomán” não é mais a moeda do Irã, mas eles continuam a utilizar a palavra ? Quanto valeria em real “10 tománs” ?
Victor, a moeda iraniana, cujo nome oficial é rial, é complicadíssima. Para se ter uma ideia, uma nota de 10.000 rials equivale a 1.000 tomans (nome informal) mas que na prática é usada como 1 tomán. Ou seja, a moeda tem um nome, os iranianos a chamam por outro nome e a quantidade de zeros nas notas não diz nada. A corrida de táxi que me custou 10 tománs (na verdade 100.000 rials) equivale a cerca de R$ 15.
Me fez lembrar a nota de Cr$ 1000,00 que nós chamávamos de 1 barão. Parabéns pela reportagem. Na minha humilde compreensão do mundo árabe e adjacências acreditava que o Irã não recebia turistas e nem correspondentes internacionais, muito menos que se comunicam via blog, com baixa possibilidade de censura.
Gostei muito de seu texto e da sua sinceridade. Espero que você consiga manter essa imparcialidade e esse bom humor por aí e que o Irã não agrida ninguém e nem seja agredido. Ótimo e instrutivo blog, ficarei aguardando novos posts.
Execelente os artigos.
Amigo SAMY,
nos conhecemos o IRÂ e os iranianos ,um povo amigavel ,gentil ,e longe dos iranianos de serem contro qualquer religiâo ,na verdade o que a midia e principalmente a ocidental levam ao conhecimento do mundo uma imagem totalmente errada a respeito do povo iraniano,a guerra psicologica e contra a republica ISLAMICA e seus principios ,vale a pena divolgar a verdadeira imagem e a cultura do povo iraniano ,para que o mundo nâo acredite em todo o que falado de mal sobre o IRÂ,continui divolgando seu trabalho para conhecemos a verdadeira hitoria do IRÂ.
Os iranianos pagam um alto preço pelo erros de seus governantes em sua insana ditadura . Mas é um povo maravilhoso e que fascina qualquer turista.
Com todo o respeito por sua opinião : como assim insana ditadura? Porque você considera uma ditadura? Tente escapar da “verdade” inquestionável disseminada pela mídia ocidental(incluída a brasileira – também a Folha)sobre o regime iraniano.Não se deixe iludir com uma propalada isenção do noticiário.Não há.Só para exemplificar : o Irã(que resiste ao Império) é uma ditadura,segundo a mídia.E a Arábia Saudita(que é assim,ó,com o “Império”),é o quê?Procure textos nos nossos jornais e revistas sobre o regime saudita e veja você mesmo como o tratamento,a escolha das palavras,os adjetivos são bem diferentes. Mais uma : “supostamente” o Irã(que assinou acordos internacionais e aceita inspeções) desenvolve armas nucleares e merece sanções(quem sabe um ataque militar).E Israel(o grande aliado e protegido dos EUA no Oriente Médio) que não assinou,não recebe inspeções e (não é suposição!)tem ogivas nucleares,o que merece? Veja,também neste caso,como é muito diferente a abordagem dos dois países pela mídia ocidental.Uma sugestão minha: procure na internet blogs e sites(é facil achar)que estão rompendo o oligopólio da “informação” que ainda há na mão dos grandes grupos da imprensa.
esqueceu de dizer que a grande imprensa americana e de outras partes do mundo (rede globo brasil – Roberto Marinho – judeu) é dominada pelos judeus Grande parte de hollywood é dominada pelo capital dos judeus e por ai vai
Evandro, agradeço a atenção e o comentário, mas abstenha-se por favor de ataques racistas e generalizações.
O Irã não é uma ditadura. Não é uma ditadura, mas tem um líder supremo que não foi eleito pelo povo. Esse líder supremo tem poder total sobre as instituições iranianas, mas não é ditador. O país é uma democracia, com liberdade de expressão, de religião, igualdade entre sexos e liberdade para os homossexuais. A mídia é mentirosa! Não acredite nela! Eu cito alguns nomes, para os interessados pesquisarem no Google sobre o destinos desses cidadãos. Esse governo islâmico que tortura cidadãos nas suas prisões onde além de espancamentos (Srs. Fasih Yasamani, Ehsan Fattahian, Shirin Alamhouli, Farzad Kamangar, Ali HeidarianHeshmatollah Tabarzadie, Mohammad Amin Valian, Mohammad Raza Ali Zamani, Arash Rahmanipoor, Kian Tajbakhsh, Mohammad Sadiq Kaboudvand, Amir Javadifar http://www.youtube.com/watch?v=4TVpm6Uiugo&feature=related, e centenas de outros), também se tolera o estupro em massa mulheres presas e sodomização os presos para humilhá-los (Sr. Mehdi Mahmoudian, sra. Azar Ale Kanaan e centenas de outras) http://www.youtube.com/watch?v=_vTM3MyzcsM&feature=player_embedded#! E http://revolucioniran.blogspot.com/2010/04/graphic-alleged-raped-prisoners-in.html (imagens adultas) , cujas milicias Basij atacam a tiros e barras de ferro centenas de milhares de cidadãos pacíficos e desarmados em passeata. Esse governo, cujo chefe Khamenei era insultado aos gritos de “Ditador” pela população que se escondia em seus apartamentos em Teerã, executou de forma desumana (por enforcamento lento, o preso demora 15 minutos sufocando até morrer) entre 5 mil a 30 mil políticos em 1986, só por que um líder – Khomeini – assim mandou. As execuções públicas de adúlteras e homossexuais (Mohamand Asgari, Ayaz Marhoni) são um crime contra a humanidade http://www.youtube.com/watch?v=cHUDdSHDTic&feature=related . Como a lei Sharia proíbe a execução de mulheres virgens, resolve-se isso nas prisões ao estuprar as prisioneiras que depois então podem ser executadas sem ferir a lei. Contra isso se levantou o então sucessor de Khomeini, o aiatolá Hossein Ali-Montazeri que escreveu para Khomeini: “A negação dos direitos do povo, a injustiça e o desrespeito pelos reais valores da revolução (islâmica) resultaram nos mais graves golpes contra a revolução…tem que haver uma reconstrução política e ideológica. Isso é o que o povo espera de um líder (de Khomeini)”. Montazeri não era qualquer um. Ele era considerado o maior conhecedor do isla no Irã, era um Marji. Montazeri estava defendendo os direitos humanos dos presos de esquerda que haviam matado seu filho num atentado à bomba. Aí vemos como os ideais de humanidade de Montazeri se opuseram corajosamente ao ódio de um outro aiatolá. Veja este vídeo, as centenas de milhares de pessoas em passeata em Teerã, são todas agentes da CIA http://www.youtube.com/watch?v=px9tCJPj0wg&feature=related e os policiais e milicias sangrando os cidadãos na rua são pagos pelas multinacionais dos países democráticos ou quem sabe são golpistas da mídia! No entanto, como o governo do Irã é anti-americano, alguns tentam defender esse regime assassino só porque é anti-americano. Dizem: oras os EUA fazem a mesma coisa. Esse argumento, nem nossos avós aceitavam, e nos diziam: “um erro não justifica o outro”., lembram? É assim que ensinamos aos nossos filhos. A meu ver, é errada tanto a política americana que apoia regimes como o da Arábia Saudita como é errado apoiar um regime assassino e fascista como o iraniano. Se o regime americano é errado, não justifica apoiar um outro regime assassino só por que é anti-americano seja ele o Irã, Cuba ou Coréia do Norte. É correto apoiar a democracia, a liberdade e os direitos humanos e que isso de desenvolva cada vez mais em todos os países.